segunda-feira, 15 de julho de 2019

Quem são os padrinhos dos 'hooligans'?

"«Já chega, temos de começar a prender esta malta», disse Bruno Lage após os incidentes de Coimbra. Haja coragem...

O Académica - Benfica do último sábado ficou ensombrado por incidentes na bancada, que levaram à interrupção do jogo durante sete minutos e tiveram, como consequência, um ferido grave. Perante este cenário, ninguém tem  direito de dizer que «foi chato» e que «estas cosias acontecem», para isso «é que serve a polícia». Há muitos anos que uso o argumento a que a seguir vou voltar, que tem como ponto de partida uma conversa, no auge do hoologanismo, entre a senhora Thatcher e o presidente da Football Association. Disse o dirigente à primeira ministra de Inglaterra: «Tire o seus hooligans dos meus estádios». E foi o que Margaret Thatcher fez, ainda antes de a Inglaterra ter minorado o problema social que estava na base do hoolinganismo. Entre 1985, ano da tragédia de Heysel, e 1996, quando os ingleses organizaram o Euro-96, os estádios ingleses foram limpos de extremistas, que não queriam saber do futebol, visto por eles apenas como meio para os actos violentos que pretendiam praticar. Com muita coragem, o governo de Sua Majestade e os clubes, como parte muito interessada, já que o projecto da Premier League que arrancou em 1992 nunca seria viável sem estádios seguros, promoveram uma revolução e transformaram um círculo vicioso num circulo virtuoso.
Portugal, nesta matéria, tem em mãos um problema infinitamente mais fácil de resolver do que aquele com que se confrontaram os ingleses na década de oitenta do século passado. Mas nunca houve coragem (que sobrou a Thatcher) para pegar o touro pelos cornos e a permissividade perante os bandidos que provocam desacatos, ofendendo física e verbalmente quem vai aos estádios, tem sido confrangedora.
Está à espera de votação, no Parlamento, legislação que pode ajudar muito na luta contra a violência no desporto. Não sei quanto tempo mais demorará a aprovação, nem compreendo as reservas colocadas por alguns clubes, que deveriam ser os principais interessados na resolução deste problema. Porque a solução é simples: quem prevarica, como aconteceu em Coimbra, no sábado, deverá, acrescendo às outras sanções, ser impedido de entrar nos estádios. Se este princípio for aplicado para além do faz de conta em que vivemos, não tardará e a minoria de adeptos violentos que polui os nossos estádios e torna o futebol português pior, será erradicada.

(...)
Ás
Djokovic/Federer
Final esplendorosa em Wimbledon, entre os dois melhores jogadores do mundo (e da história?). Até o resultado, que por detalhes sorriu a Novak Dkokovic, ajudou a que a lenda destes monstros-sagrados do desporto se tornasse ainda maior. Num mundo à procura de heróis, o desporto tem estes para oferecer.

Ás
Lewis Hamilton
O piloto inglês acelerou para o sexto título mundial da carreira na F1 - e para ficar mais perto do hepta de Schumacher - ao vencer, desta feira em Silverstone, pela sétima vez em dez  grandes prémios disputados em 2019. São dias de superioridade flagrante da dupla Lewis Hamilton/Mercedes sobre a concorrência no circo da F1.

Maior só se for no orçamento e nos salários
«Queria jogar num grande, num clube histórico como o Atlético de Madrid o que, futebolisticamente falando, me fez deixar o FC Porto»
Héctor Herrera, jogador do Atlético de Madrid
Herrera representou um clube que conquistou duas Champions e venceu 28 campeonatos nacionais. Transferiu-se para outro que nunca ganhou a Champions e tem dez Ligas de Espanha no palmarés. Quem é historicamente maior? A resposta é óbvia. Mas o Atlético de Madrid tem meios financeiros para ser, ao dia de hoje mais forte dentro do campo que o FC Porto. Por aí se explica Herrera...

Jorge Jesus arrasou (e sem recurso a milagre...)
A capa de ontem do 'Ataque', suplemento de desporto do jornal 'O Dia', do Rio de Janeiro, era a mostra perfeita da expectativa no Brasil pela estreia de Jorge Jesus. No fim do dia, depois do Flamengo, 6 - Goiás, 1, os créditos do técnico português estavam em alta. Mas como se trata do Brasil, é preciso ir jogo a jogo...
(...)"

José Manuel Delgado, in A Bola

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