"Os jogos particulares, que se vão sucedendo um pouco por toda a parte, têm o condão de manter os adeptos animados, aguçando-lhes o apetite para o que virá a seguir, quando o futebol a doer fizer a entrada em campo. É normal, perante expectativas altas - e nesta altura da época todos sonham com o título... - que haja tendência para valorizar os resultados para além do mérito que realmente lhes assiste. A verdade é que objectivo dos técnicos é testar jogadores, experimentar soluções e treinar automatismos, algo que envolve riscos que desconsideram, e bem, o placard final. Porque, e é bom que quem acompanha o futebol esteja ciente desta realidade, não há campeões no defeso e isto nunca é como começa, é sempre como acaba...
Do que tem sido possível perceber nas entrelinhas dos jogos-treino, torna-se premente, para Marcel Keizer, uma definição quanto a Bruno Fernandes. Uma coisa é formatar uma equipa a contar com o talentoso capitão, outra será preparar um conjunto sem ele, duas realidades demasiado diferentes para não serem consideradas. Já Bruno Lage ainda não terá visto compensadas as baixas de Jonas e João Félix, dois jogadores cujo nome do meio é golo. Num momento de alguma folga financeira (a UEFA acaba de confirmar que só por participar na fase de grupos da Champions o Benfica vai receber 43 milhões de euros), a palavra de ordem deve ser investimento, para não repetir os erros do ano do penta que não foi. No FC Porto, prevalece o pragmatismo, e só assim se compreende que tenham pago três milhões por Marcano, que saiu do Dragão a custo zero. Entrar na Champions é vital..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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