"Quando se fala no fair play financeiro da UEFA, há, muitas vezes, tendência a desvalorizar os méritos destes instrumento que visa combater um outro tipo de doping, altamente perigoso para os equilíbrios naturais do futebol. Tomando por boa a decisão de salvaguardar os clubes de investidores ocasionais, susceptíveis de criar espirais despesistas sem sustentabilidade, que possam resultar na falência, logo que os sugar daddies partam para outros negócios fica por vezes a sensação de que não se vai tão longe quanto se deveria ir, para impor limites a quem tem bolsos sem fundo. Assim, há emblemas de dimensão média, do ponto de vista financeiro, para os quais há dedo rápido no gatilho da penalização, e outros, gastadores compulsivos, que têm escapado entre os pingos da chuva, salvaguardados por complexas engenharias de contas.
De qualquer forma, percebe-se, nestas semanas iniciais de mercado, que clubes como o Man. City, o Chelsea e o PSG, estão com dificuldades face à fiscalização da UEFA, o que funciona como um elemento proporcionador de equilíbrio, essencial à competição.
Mas tem tudo, na big picture, são boas notícias. Embora o futebol esteja a criar mecanismos, mais ou menos eficazes, contra a eucaliptalização levada a cabo pelos clubes-estados, o futuro aponta para um cenário em que o fosso entre ricos e pobres será cada vez mais fundo e largo. Por exemplo, a entrada em campo da Amazon TV, que comprou vinte jogos da próxima edição da Premier League, é uma pista que deve ser seguida com atenção...
PS - Parabéns ao andebol português. Grande jornada na Roménia!"
José Manuel Delgado, in A Bola
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