quarta-feira, 1 de maio de 2019

No limite da emoção

"O verdadeiro futebol joga-se dentro das quatro linhas e é mágico, mesmo que muitos andem a tentar-nos convencer do contrário. Sou obrigado a começar da mesma maneira que iniciei o artigo do mês anterior. Porque nunca é demais realçar e, sobretudo, porque entramos na recta final do nosso Campeonato e as emoções atingem o seu expoente máximo. O SL Benfica de Bruno Lage ganhou nove pontos ao FC Porto de Sérgio Conceição e está, por isso, sentado no cadeirão do primeiro lugar. Faltam três jornadas para o final e a polémica adensa-se sobre o nosso futebol. O ódio teima em não deixar a paixão deste desporto respirar. Porém, pode acreditar no que lhe vou dizer: a rivalidade histórica é necessária. E é preciosa. Já imaginou o Campeonato Português sem a presença do seu maior rival? Acha que teria a mesma emoção? Ir à confeitaria no dia a seguir ao jogo transformar-se-ia num processo bem mais simples. Pedia um café, um pastel de nata e virava costas. Talvez já nem houvesse espaço para aquele diálogo que, muitas vezes, dá outro ânimo ao seu dia. “Um homem sábio aprende muito mais com os seus inimigos do que um tolo com os seus amigos”, esta é uma das grandes afirmações de Niki Lauda no filme “Rush: No Limite da Emoção”. E é precisamente isto que os rivais permitem. Para o bem e para o mal. Nas vitórias e nas derrotas. Estar no limite da emoção. E, caso esse limite não seja ultrapassado, o futebol é maravilhoso.
(...)"

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