quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

O futebol são onze contra onze e no final o Carlos Xistra dá cabo de tudo, ajudado pela marcação cerrada do Veríssimo

"Mile Svilar
Grande defesa logo aos 45 segundos a remate de Marega. Pouco depois, aos 19’, voltou a deter com class um remate de André Pereira, mas já não foi a tempo de evitar a recarga de Carlos Xistra.

André Almeida
Corriam apenas 2 minutos e o rei das assistências já aparecia na área pronto para dar o golo a João Félix, que infelizmente atirou à malha lateral e assim estragou a média de André Almeida esta época. O lateral integrou bem o ataque e até tirou alguns bons cruzamentos, mas estes não foram correspondidos. Preso por ter cão, preso por não ter.

Jardel
Esta noite dedicou-se à tauromaquia, fazendo os possíveis para conter o ímpeto de Marega. Não foi fácil. Rúben Dias Quase sempre no sítio certo, incluindo quando apareceu na flash interview para falar sobre futebol. Gesto generoso de Rúben Dias, que assim abre alas para que pessoas como eu se queixem desta arbitragem miserável.

Álex Grimaldo
Fez os possíveis por adaptar-se a uma nova modalidade, sem sucesso. Quando Grimaldo percebeu que hoje valia tudo, já tinha sofrido uma falta de Marega no segundo golo do Porto e tentado participar numa jogada de ataque com duas bolas em campo. Só faltou uma atração musical, uma instalação artística e uma feijoada para batermos um recorde qualquer do Guiness.

Andreas Samaris
Bruno Lage conseguiu o impensável: fazer-me voltar a gostar de Samaris. O grego está feito patrão de meio campo, acrescentando opções de passe que nem sempre estão ao alcance de Fejsa. Aspectos a melhorar: entrada muito macia sobre Pepe aos 18 minutos. Emendou quando se dirigiu a Felipe aos 70’ com vontade de lhe arrancar a cabeça. O central brasileiro fingiu que regressou à sua posição no terreno, mas na verdade fugiu de Samaris. Ganhou o futebol, mas foi uma derrota copiosa para o hooligan em mim.

Pizzi 
O jogo ofensivo do Benfica passou maioritariamente por ele e por Rafa. Mostra níveis de entendimento muito interessantes com o nosso mister Bruno Lage, contrariando assim as vigílias que têm exigido a sua despromoção para o banco de suplentes. Não parece estar para breve.

Gabriel
Ele bem tentou desenvolver o seu jogo cada vez mais convincente de bola colada ao pé, boas decisões de passe e vistas largas ao longo do relvado, mas o que interessa isso? Desculpa, Gabriel. Na verdade o futebol são onze contra onze e no final o Carlos Xistra dá cabo de tudo.

João Félix
Aos 4 minutos já tinha rematado duas vezes à baliza e levado uma pancada do Felipe, mostrando claramente o que podíamos esperar da sua noite na Pedreira. João Félix fugiu como pôde ao ajuntamento de gunas a que o Porto chama o seu sector mais recuado, mas acabou por não ter a melhor noite. Teve nos pés a oportunidade de colocar o Benfica a vencer por 2-0 aos 53’ e desperdiçou como se fosse Castillo. Foi estranho, mas terá mais clássicos para se redimir até final da época.

Rafa Silva
Diabólico desde o primeiro segundo com e sem bola. No essencial, pode dizer-se que Rafa fez tudo para merecer o seu golo e a assistência para Pizzi, mas a marcação cerrada de Fábio Veríssimo não lhe permitiu mais.

Haris Seferović
Como costumava dizer a minha primeira namorada, uma exibição plena de sacrifício que pecou na finalização.

Gedson
É comum dizer-se que os jogadores devem encarar cada partida como se fosse uma final. O que nem sempre acontece é alguém encarar um jogo como se fosse a primeira mão dos dezasseis avos de final da liga inter-turmas. Acorda, miúdo. Contamos contigo.

Salvio
Entrou para o lugar de André Almeida e isso notou-se. Salvio acusou a pressão de ter que substituir o melhor jogador do plantel e acabou a ver passar um tipo qualquer de azul e branco que marcaria finalmente o primeiro golo legal do Porto.

Castillo
Um calhau na pedreira. Faz sentido."


PS: Tinha prometido não colocar aqui mais crónicas do Um Azar do Kralj, mas hoje faço uma excepção!

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