sábado, 29 de setembro de 2018

À porta fechada, fechadíssima, por favor, IPDJ!

"A melhor coisa que podia acontecer ao Benfica era o jogo com o Porto ser à porta fechada. Explicações, não sei dar. É só a intuição a falar. E, nestas como em outras matérias, a intuição é que sabe. Assim sendo, uma vez mais, cá vai: a melhor coisa que de longe poderia acontecer ao Benfica era ver-se condenado a disputar o seu jogo com o Porto à porta fechada. E é exactamente por esta razão, por ser a melhor coisa que podia acontecer ao Benfica, que tal coisa não vai acontecer. Não é porque não haja coragem política ou desportiva para fechar o Estádio da Luz ao público por um ou dois ou três jogos ou mesmo por uma década. Há. Dessa coragem há. Não há é da outra. E porquê? Olhem, porque, quer interna quer externamente, o que o Benfica se arriscava a ganhar no presente, no futuro imediato e no longínquo se o seu jogo com o Porto fosse à porta fechada, compensá-lo-ia com abundância de todos estes pequenos e tão transitórios incómodos.
O próprio presidente do Porto, que ainda saberá prestar atenção ao seu instinto, tem abordado a situação em modo tremeliques. Ouçam-no bem. "Ainda bem que o jogo não vai ser à porta fechada porque o futebol é um espectáculo para ser vivido pelos adeptos", disse aos jornalistas sem nada que se parecesse com a ironia do costume. Carrega, IPDJ! Coragem, IPDJ! Atrevam-se lá a desmentir o velhote!
Durou escassos 14 minutos o serviço inaugural de Jardel como 1.º capitão do Benfica. O serviço foi interrompido porque Jardel se magoou num pé e teve de ser substituído por um companheiro estreante nestas responsabilidades, muito estreante mesmo como se acabaria por constatar. Jardel era o sub-capitão do Benfica até ao dia, no princípio desta semana, em que Luisão anunciou a retirada. Agora o Benfica não tem Luisão, não tem Jardel e não tem Conti para o seu próximo compromisso caseiro. O soldado desconhecido Lema dará certamente conta do recado para espanto de toda a gente. E até Luisão, depois de gozar uma semana e meia de reforma, poderá voltar ao trabalho para fazer uma perninha no clássico. E que perninha.
Esta direcção da Liga de Clubes revela-se tal-qual uma nulidade. Ou talvez não. Talvez seja de uma benevolência descabida qualificar como nulidade um órgão que se demite das suas responsabilidades mais básicas. Por exemplo, as de velar pelo bom nome das competições profissionais organizadas sob a sua égide. Permanentemente e pelas vias oficiais, vai-se assistindo desde o arranque das provas da corrente temporada, que ainda vai no adro, a uma troca de insultos e de insinuações entre os dois emblemas que por cá costumam disputar os títulos principais. Como não podia deixar de ser, é a arbitragem o foco de todas acusações, denúncias e chorares lancinantes. A direcção da Liga faz ouvidos de mercador e, inquestionada, lá vai mantendo a pose de pechisbeque. É isto ou é má consciência? É má consciência.
E o que choveu em Chaves? Até parecia mentira."

Empate em Portimão

Portimonense 2 - 2 Benfica


Com o jogo em Inglaterra ontem, e com o jogo de Terça em Atenas, o Tralhão foi obrigado a fazer muitas alterações, mesmo assim a equipa portou-se bem...
Com um Juvenil e vários Juniores, quase não se notou a diferença de idades e as diferenças de caparro... Foi pena a distracção no 2.º golo sofrido... e foi pena aquele lance nos descontos, onde um defesa adversário 'tirou' a bola do golo!!! Empatar um jogo, quando se teve duas vezes emvantagem, acaba sempre por saber a pouco...

Quem será o destinatário?!

"Tenho pouco a dizer e vou retirar me de responder a Merda (Escroto) até daqui a uns dias... 
Luís Filipe Vieira! Um hino ao futebol e à  honestidade, ainda não fugiu para “Vigo”.
Paulo Gonçalves Homem que deu tudo ao Benfica.
E-Toupeira? Provem como apito dourado, Sem ser roubado!
Operação Lex..: O Tiago Vieira está a cagar para esse escumalha.
É Burro! - Francisco J. Marques... um triste
Ciau Mala? O Boaventura não é arguido e ainda goza com os fracos de cara tapada da SIC E CMTV 
E mais? Sexo? Só no quarto, pagas e levas nele também.
Parabéns ao Presidente Luís Filipe Vieira! É acusado de tanto mas ainda não fugiu para Vigo seus corruptos e vigaristas. Nos escritórios do Benfica, ainda ninguém se matou e escondeu a própria arma!!!
Agora mais uma, venham ameaçar-me, estão à distância de uma Bala ❤️"

Pactos de preferência

"1. É válido um pacto de preferência no âmbito de um contrato de trabalho desportivo?
Os pactos de preferência sucedem, por exemplo, no caso de um atleta celebrar com um clube um contrato de trabalho desportivo, por três temporadas, sendo inserida neste contrato uma cláusula nos termos da qual, findas essas três épocas, o jogador ficará obrigado a conceder uma preferência ao mesmo clube para efeitos de celebração de novo contrato.
De outro prisma, o atleta compromete-se a não se vincular com um terceiro clube, se o actual estiver disposto a contratar em "iguais condições".
Sucede que, todas as cláusulas inseridas neste tipo de contrato que visam condicionar ou limitar a liberdade de trabalho de um atleta, após o termo do vínculo contratual, são consideradas nulas, à luz do disposto no art. 19.º, n.º 1 da Lei n.º 54/ 2017, de 14 de Julho.
A ‘ratio’ desta norma tem como escopo a garantia da liberdade de trabalho do atleta, assegurando que este, após o termo do vínculo contratual, será livre para celebrar novo contrato de trabalho com outro clube.

2. E caso o contrato de trabalho do atleta seja mais vantajoso do ponto de vista patrimonial?
Para o atleta, o pacto de preferência não se projeta negativamente em sede remuneratória, pois a preferência só vale, e tem cabimento, se for concretizada em "iguais condições".
Ora, é indiscutível que o pacto de preferência condiciona a liberdade de contratar, na medida em que independentemente da circunstância de o atleta passar a auferir um melhor salário, as exigências ligadas à liberdade de trabalho afiguram-se muito mais profundas do que isso.
Desde logo, a liberdade de trabalho do atleta postula a liberdade de optar por um clube que, pese embora ofereça um salário menor, dispõe de melhores condições desportivas, humanas, sociais e de infraestruturas. E, por maioria de razão, pressupõe também a liberdade de em "iguais condições", o atleta eleger o clube que por bem entenda."

Arbitragens manhosas e tendenciosas

"João Capela poderá abandonar a arbitragem como o Carlos Calheiros do século XXI. Que consistência.

Sabor amargo de um empate em tempo de descontos. Sem tirar mérito ao Chaves, que fez um jogo interessante, o Benfica não pode ficar à mercê de arbitragens manhosas e tendenciosas. Vai ter muitas até ao fim do campeonato.
A superioridade do Benfica tem que ser sempre muito grande se quiser vencer. Contra o Aves, vencemos bem, mas só depois do 2-0 o campo deixou de estar inclinado. Contra o Chaves, depois de um dilúvio que encharcou o estádio, o árbitro cavou um livre na zona mais estragada do estádio para dar o primeiro golo flaviense e expulsou com um rigor cirúrgico Conti (que a somar à lesão de Jardel deixa o Benfica limitado na defesa frente ao FC Porto).
Este mesmo árbitro, que sentado no VAR conseguiu telefonar um penalty no Restelo, no Belenenses - FC Porto, contra todas as recomendações feitas aos árbitros para esta temporada, é o grande protagonista desta época. João Capela poderá abandonar a arbitragem como o Carlos Calheiros do século XXI. Que consistência.
Dito isto, importa ao Benfica centrar no que aí vem, pois perdemos dois pontos estúpidos, orientados de forma inteligente. Mas se formos inteligentes poderemos não cair tantas vezes nas armadilhas destes protagonistas. Temos categoria e valor para chegar ao fim de muitos destes jogos a vencer de forma tranquila e ficar a salvo destas manhosices.
Ficará a sensação de que ontem o resultado foi mau, vemos que outros fazem insípidas exibições mas gozam de outros critérios. Nesta fase interessa aumentar a exigência interna, jogar mais e melhor, aumentar e eficácia e voltar a vencer.
Já na próxima terça-feira vamos a Atenas para ganhar, para trazer pontos dinheiro e prestígio. Que este jogo seja o aviso que aumente a revolta interna rumo ao 37 e ambição europeia rumo aos oitavos de final da Liga dos Campeões.
Logo há uma Assembleia Geral do Benfica que se quer ordeira, livre e participada. Numa altura de estabilidade económica e financeira. Quando o passivo baixa, quando a SAD dá lucros não negligenciáveis, quando desportivamente se mantém toda a ambição, é importante participar nas reuniões mais importantes do clube. Até poque o rumo será de vitórias, o foco é nas vitórias e são essas vitórias que os adeptos anseiam."

Sílvio Cervan, in A Bola

Discurso do Presidente, na Assembleia Geral

"Somos milhares hoje aqui presentes. Isto é um enorme sinal de vitalidade. Todos sabemos que estamos a viver um momento especial na vida do nosso clube. Especial porque o Clube continua a crescer, extravasando hoje as fronteiras do nosso Portugal. Especial, porque temos hoje um projecto desportivo, económico e patrimonial só ao alcance dos melhores. Especial porque temos uma missão e uma visão para o futuro e temos as condições económicas, o talento e a determinação de tornar o sonho numa realidade.
Mas também especial porque vivemos um momento sem precedentes na nossa história, fruto de vários ataques, uns de origem criminosa e outros motivados pela necessidade de afirmação pessoal. Se as motivações são claras, a origem também o é. Hoje sabemos quem esteve por trás do roubo da nossa correspondência privada e quem a andou a exibir. E, continuando a confiar na Justiça, queremos acreditar que toda a tramóia, montada por aquela aliança, será posta a nu e os seus responsáveis, actuais ou passados, devidamente punidos.
Este é o tempo da Justiça. Não apenas para o Benfica, mas para todos. E quem tiver de cair, que caia. Limpemos o futebol daquilo que ele não precisa: lama, difamação e descrédito. Limpemos o futebol de mais campanhas negras como única forma de esconder descalabros financeiros e desportivos. Limpemos o futebol das velhas práticas de ameaças e pressões sobre tudo e todos, para condicionar quem está dentro do campo.
Tentaram criar a imagem falsa de que o Benfica dominava todas as estruturas do futebol português. Mas dominamos quem? A Federação ou seu Conselho de Disciplina que nos castigam por incidentes num jogo no António da Mota do Estoril e deixam passar impune a invasão de campo nesse mesmo estádio por um dos nossos adversários? Ou será a Liga e o seu Comité de Instrutores, cuja Direcção foi eleita com o voto contra do Benfica?
Serão os árbitros, cujo condicionamento teve o seu ponto mais alto na invasão do Centro de Treinos na Maia? Será o Conselho de Arbitragem cujos critérios de nomeação nos parecem pouco sensatos? 
Só falta concluírem que dominamos a tecnologia do VAR, mas até nesse ponto se enganam porque já se percebeu que esta tecnologia também parece ter vontade própria ao avariar-se em circunstâncias atípicas.
O sentimento que tenho é que temos de jogar o triplo dos outros para ganhar. Mas se for essa a exigência, estaremos à altura do desafio.
Fora dos relvados e das instâncias desportivas, temos enfrentado também desafios sérios, que nos obrigam a um dispêndio de energias sem precedentes. Senti, durante os últimos meses, que estávamos a perder o foco daquilo que são as nossas prioridades. Por isso, e com o apoio unânime da Direcção, entendi que era necessário implementar algumas alterações na nossa forma de actuar. Chegou a altura de reforçar a equipa jurídica com reputados especialistas do sector, passando a ser essa equipa que, de forma autónoma, gere e responde em nome do Clube e da SAD sobre esses processos.
Assim, asseguramos a defesa do Benfica e concentramo-nos no essencial, que é o projecto desportivo, o projecto financeiro e o reforço do património do Clube. Libertamo-nos, eu e toda a estrutura executiva do Benfica, destas questões processuais e jurídicas. Tanto a Direcção como a Administração da SAD voltarão a focar-se no nosso 'core business' e assegurarão que não haverá desvios à estratégia que definimos para o clube.
Reafirmo-vos o que disse em Junho passado. Nada foi feito de ilegal neste clube. E por isso, não tememos nenhuma investigação, inquérito ou julgamento agora ou no futuro próximo. Estamos de consciência absolutamente tranquila. Digo-vos isto com a serenidade de quem ganhou todos os processos nas decisões finais. Podem estar certos de que será feita justiça e se provará que não cometemos qualquer tipo de ilegalidade. Confiamos na Justiça! E por isso exigimos que se faça justiça!
Somos um clube honrado e respeitado. Somos a maior marca portuguesa. O Benfica é a grande instituição nacional. O Benfica sempre soube projectar o nome de Portugal. O Benfica é um elo de união dos portugueses nos quatro cantos do mundo. Seriedade e responsabilidade foi o que nos permitiu, nestes últimos 18 anos, reerguer a grandeza do nosso clube. Não apenas da minha parte, e dos membros das várias Direcções que me ajudaram, mas também daquele que será sempre o meu Presidente, o Manuel Vilarinho.
Hoje, o Benfica clube e a Benfica SAD são instituições sólidas e sustentáveis. Estamos absolutamente empenhados, todos os dias, para merecer a confiança dos nossos associados, simpatizantes, parceiros, patrocinadores e accionistas. E é por isso com orgulho que vemos todos os nossos parceiros, numa prova de confiança, a continuar connosco esta caminhada. E é por isso e com orgulho que dou aqui hoje a novidade de que ontem celebrámos o acordo de renovação por mais 3 anos com um dos nossos principais patrocinadores, a Emirates.
Ainda esta noite custou-me muito a adormecer. A mim e a todos vocês, não tenho dúvidas. Mas não é por um resultado menos positivo que nos vamos desviar do nosso principal objectivo. Este é, tem de ser e vai ser, o ano da Reconquista!
Em todas as modalidades, a nossa mensagem é muito clara. Foram criadas todas as condições para atingirmos as vitórias. O meu compromisso, a minha ambição e a minha exigência são de que temos de cumprir a nossa missão: ganhar! E é esse compromisso, essa ambição e essa exigência que exijo a todos, jogadores treinadores e colaboradores.
Começámos bem a época. Conseguimos o apuramento pelo nono ano consecutivo para a fase de grupos da Champions. Feito só obtido por mais 3 clubes na Europa: Real Madrid, Barcelona e Bayern. A Formação evidencia resultados inequívocos do trabalho realizado. Até ao momento estamos na liderança da Segunda Liga, Sub-23 e nos diversos escalões jovens. Há muitos anos que o Benfica não tinha tantos jogadores da sua formação na nossa Selecção principal, e vejam como nos escalões mais jovens a grande maioria dos convocados são do Benfica.
Vejam também a aposta que este ano estamos a fazer nas equipas femininas, com novas equipas no futebol, andebol e voleibol e no reforço de todas as equipas das modalidades de pavilhão. E vejam os títulos internacionais das modalidades do 'Benfica Olímpico' que temos conquistado com vitórias individuais, como os feitos raros e inéditos do Fernando Pimenta, da Telma ou do Pichardo. De igual forma, no plano colectivo sagrámo-nos Campeões Europeus de atletismo em Sub-20.
Quero também aproveitar para vos falar de alguém que ficará para sempre na nossa história. Companheiro de caminhada, um exemplo raro de dedicação e que resolveu dar início a uma nova etapa na sua vida: o Luisão. Esta semana fizemos um forte e simbólico evento onde o Luisão quis anunciar o fim da sua carreira de futebolista, juntando sobretudo os seus colegas e a sua família. Agora, a grande homenagem, claro que será feita, conforme vontade expressa pelo próprio Luisão, num grande jogo no Estádio da Luz, entre o Benfica e outra equipa constituída pelos principais jogadores que no passado foram companheiros de Luisão. Aí sim, será o momento dos milhares de Benfiquistas, prestarem a devida homenagem a mais um símbolo vivo do benfiquismo.
Em meu nome, e em nome de todos os Benfiquistas. Obrigado capitão!
Outro tema em que tenho também o dever de vos dar uma explicação é sobre uma 'pequena loucura' que pensei cometer há três meses. Loucura que abandonei. A explicação é simples. O contexto mudou entre o dia da última Assembleia Geral e o fecho do mercado. Quem, ali do outro lado, tinha definido o ataque ao Benfica como principal instrumento da sua promoção individual, foi corrido pelos que achava serem seus. Face à mudança de circunstâncias, e porque no Benfica não nos afirmamos pelo ódio aos nossos adversários, decidi alterar a minha vontade. Esta explicação é-vos devida.
Nem todos concordarão, mas também neste caso agi de acordo com a minha consciência. Espero que este gesto seja o princípio de uma regularização da vivência institucional que deve caracterizar os maiores clubes nacionais. Aproveito também para falar de alguns compromissos que assumi perante vós na última Assembleia Geral. Bilhética dos jogos fora: a partir de 7 de Outubro, para além das bilheteiras do Estádio, será possível adquirir bilhetes nas Casas e Lojas do Benfica. Primeiros jogos abrangidos serão já os do Ajax e Belenenses e até final de dezembro será também possível comprar online. Bilhética modalidades: o processo está concluído e a partir deste fim de semana, para além das bilheteiras do Estádio, será possível adquirir bilhetes nas Casas e Lojas do Benfica. Informar os Sócios, por SMS e email, da realização das Assembleias Gerais foi também cumprido.
Temos assistido nos últimos meses a uma deriva que está a afectar as próprias entidades que deveriam defender e representar a indústria do futebol português. Os clubes já começaram a perceber o absurdo de se penalizar com jogos à porta fechada o comportamento irresponsável cometido por um qualquer idiota que se acha superior ao clube que diz amar. Esses sim devem ser responsabilizados. Agora não aceitamos é este estigma que estão a criar sobre o registo de claques ou, como prefiro dizer, grupos organizados de sócios.
Nós, no Benfica, estamos certos da nossa razão. Temos grupos organizados de sócios, todos devidamente inscritos e com Red Pass no nosso Estádio, com quotas em dia e que pagam os seus bilhetes para os jogos fora. Não temos pretensas claques ditas legalizadas em que verificamos que só uma percentagem ínfima está registada e muitos deles nem sócios são dos seus clubes.
Se pretendemos melhorar a lei, façamo-lo de forma constitucional. E de acordo com um princípio fundamental de que é preferível grupos de sócios livremente organizados do que ditas claques legais desorganizadas. Ou será que essa legalização impediu arremessos de tochas sobre os seus atletas, invasões de centros de treino ou ameaças a árbitros? Não brinquem connosco!
Estamos sólidos e de boa saúde. Temos grandes projectos para o futuro tanto no alargamento do Caixa Futebol Campus, no novo Centro de Treino de Alto Rendimento, na expansão das Casas do Benfica, no aprofundamento dos projectos da nossa Fundação e internacionalização da nossa marca. E temos um projecto desportivo para ganharmos mais vezes, para sermos mais fortes, para formar e reter os nossos melhores talentos.
Estamos a dar um novo salto qualitativo. É aí que nos devemos concentrar e como sempre conto convosco. É tempo é para cerrar fileiras! É tempo de apoiar o Benfica! De todos, um!
Viva o Benfica!"

Os Sísifos

"Não se apoquente: “O Novo Banco cancelou uma conta caucionada de perto de 70 milhões de euros ao Benfica (...) que se encontra sob forte pressão de financiamento (...) e perde o seu parceiro financeiro predilecto numa altura especialmente difícil. (...) O Benfica enfrenta necessidades de refinanciamento ou de reembolso de créditos de quase 200 milhões de euros. (...) É com estes números na cabeça que se pode explicar a saída de jogadores. (...) Do susto ao pânico é um passo pequeno. (...) Os custos desportivos serão aferidos a partir de Setembro, altura em que a janela das transferências se fecha e quando se abrem as verdadeiras caixas de Pandora”.
Este artigo de opinião alarmista, embora trasvestido de notícia, foi publicado no Expresso, em Agosto de 2014. Desde então, o Benfica venceu três campeonatos e outros títulos e troféus e apresentou as melhores contas da história da Benfica, SAD. Abriu-se, de facto, uma verdadeira caixa de Pandora: Se esta peça atesta a qualidade jornalística da grande referência do jornalismo em Portugal, imagine-se a de outras publicações...
Mas os gregos, que eram dados à tragédia, não se ficaram por Prometeu e Pandora. Hermes, por seu turno, ocupou-se de Sísifo, condenando-o perpetuamente a empurrar uma pedra até ao cume de uma montanha, a qual resvalaria sempre que o pobre Sísifo alcançasse o destino. Hoje, em tempos de maior civismo e urbanidade, talvez fosse condenado a desempenhar as funções de jornalista, tendo que, ciclicamente, escrever um artigo premonitório, nas parangonas, de caos benfiquista, mas desoladoramente (para ele) inócuo no conteúdo. Ou talvez não, que o que interessa é vender jornais hoje, amanhã sabe-se lá..."

João Tomaz, in O Benfica

Obrigado, Eterno Capitão

"A vida não me preparou para isso. Estudei durante 15 anos em três instituições diferentes, tive dezenas de professores, assisti a inúmeras palestras, imensas visitas de estudo, e ninguém me ensinou a lidar com o fim da carreira de uma lenda viva do Benfica. O sistema de ensino português ainda tem muito por onde melhorar. Aos 37 anos, o Luisão acabou a carreira. Pessoalmente, discordo da decisão: por mim, o Luisão continuava a jogar até aos 66, que é a idade da reforma em Portugal. Ainda assim, respeito a escolha. É pena, porque até estava a ser interessante este arranque de campeonato do Girafa: mesmo sem jogar, até ao momento contabiliza tantos golos como o Freddy Montero.
O momento mais marcante de Luisão no Benfica sucedeu em 14 de Maio de 2005, por volta das 21h25, no Estádio da Luz. Petit levantou, Luisão penteou, e Ricardo ajudou. Petit, era conhecido como Pitbull, Luisão tinha a alcunha de Girafa e, não querendo ficar de fora deste ciclo animal, Ricardo escolheu vestir a pele de peru. Não há um único Natal onde o peru me saiba tão bem como naquela noite. No dia em que Luisão se estreou pelo Benfica, o João Félix ainda mal sabia andar, o Gedson usava fralda, e o Rúben Dias não sabia ler nem escrever. Não havia Facebook, o PES era melhor do que o FIFA e ainda não existiam os Morangos com Açúcar. Luisão assistiu dentro de campo ao empate no Bessa em 2004, ao golo do Simão em Liverpool, às meias-finais com o Fenerbaçhe, com a Juventus, e ao jogo dos '11 Eusébios' frente ao FCP. É  futebolista mais titulado da história do Benfica, o segundo com mais jogos. O Eterno Capitão pendurou as botas e pendurou-as bem alto, num cacifo aonde mais ninguém há-de chegar."

Pedro Soares, in O Benfica

Obrigado, Luisão!

"14 de Maio de 2005. O Estádio da Luz rebentava pelas costuras. A ansiedade tomava conta dos espíritos. Depois de 11 anos de espera, o Benfica poderia voltar a ser campeão. Do outro lado estava o Sporting, a quem bastava um empate. Este era o jogo decisivo. Da época, da década, e, quem sabe?, até mais do que isso. A 6 minutos do fim, o resultado em branco ameaçava desiludir. Um livre perigoso sobre a esquerda fez renascer a esperança. Petit cruzou para entrada da pequena área, onde Luisão saltou mais alto do que o guarda-redes adversário, cabeceando para a baliza. Matematicamente só oito dias depois, no Bessa, o campeonato seria fechado. Mas aquele foi, na verdade, o golo do título.
Não sei como, apareci uns degraus abaixo do meu lugar na bancada, abraçado a não sei quem. Em mais de 40 anos de benfiquismo, terá sido esse o momento de maior euforia que vivi num estádio. Devo-o a Luisão.
Só por isso, já o central brasileiro ficaria na história. Mas, depois disso, e em mais de 500 jogos de águia ao peito, Luisão conquistou títulos e mais títulos, até se tornar no mais titulado jogador de sempre do Benfica. 6 Campeonatos, 3 Taças, 4 Supertaças e 7 Taças da Liga. 20 títulos no total, aos quais há que acrescentar a presença em duas finais europeias.
A importância de Luisão não se esgota nos números. O seu carisma, a sua autoridade e a capacidade de integrar os mais novos não podem dissociar-se do processo de recuperação do Benfica encetado no início deste século. Luisão é, de facto, um nome para a história, ao lado de outros centrais de sempre como Humberto ou Germano.
Obrigado, Luisão!"

Luís Fialho, in O Benfica

Luisão

"Luisão rima com ambição. Luisão rima com paixão. Luisão rima com dedicação. Luisão rima com devoção. Luisão rima com coração. Luisão rima com integração. Luisão rima com ilusão. Luisão rima com elevação. Luisão rima com abnegação. Luisão rima com aplicação. Luisão rima com missão. Luisão rima com formação. Luisão rima com sensação. Luisão rima com preparação. Luisão rima com compreensão. Luisão rima com intervenção. Luisão rima com convicção. Luisão rima com consolidação. Luisão rima com reputação. Luisão rima com perfeição. Luisão rima com emoção. Luisão rima com supervisão. Luisão rima com fiscalização. Luisão rima com internacionalização. Luisão rima com reestruturação. Luisão rima com inovação. Luisão rima com tradição. Luisão com transmissão. Luisão rima com superação. Luisão rima com inauguração. Luisão rima com alta competição. Luisão rima com criação. Luisão rima com expansão. Luisão rima com direcção. Luisão rima com actuação. Luisão rima com dignificação. Luisão rima com maximização. Luisão rima com organização. Luisão rima com determinação. Luisão rima com recuperação. Luisão rima com aspiração. Luisão rima com transpiração. Luisão rima com razão. Luisão rima com atenção. Luisão rima com concentração. Luisão rima com rectidão. Luisão rima com prestação. Luisão rima com evolução. Luisão rima com fundação. Luisão rima com visão. Luisão rima com maturação. Luisão rima com instituição. Luisão rima com gratidão. Luisão rima com acção. Luisão rima com capitão. Luisão rima, sobretudo, com... campeão!"

Pedro Guerra, in O Benfica

Sempre na Europa

"Em 2015 tive o privilégio de participar numa conferência integrada no lançamento da Semana europeia do Desporto, em Bruxelas, a convite da ISC Europe e Comissão Europeia, onde apresentei os nossos projectos, em reconhecimento do trabalho inovador e das boas práticas da Fundação Benfica.
Foi uma enorme honra esse destaque dado à Fundação Benfica, já que o único grande clube convidado, mas na verdade muito se passou desde então, e hoje a Fundação tem ainda mais e melhores projectos para mostrar. Por isso continua a colaborar com a Semana Europeia do Desporto promovendo iniciativas junto dos seus diferentes públicos e projectos. Talvez uma das alterações mais significativas desde então deseja na escala actual da nossa acção e no aprofundamento do trabalho junto de grupos específicos como, por exemplo, ao nível do Desporto Adaptado.
Mas se a Fundação tem levado os valores do desporto às escolas por todo o país, das grandes cidades ao interior mais remoto, também tem conseguido estender a sua acção a temas tão importantes como o envelhecimento activo.
É por isso que, apenas 4 anos volvidos sobre o lançamento da Semana Europeia do Desporto, o exercício de olhar para trás põe em evidência a evolução na quantidade e qualidade do trabalho feito pelo Benfica nesta matéria.
Em 2015 pudemos apresentar metodologias inovadoras e resultados que agradaram a uma Comissão Europeia a braços com a necessidade de envolver cada vez mais os jovens na actividade física e desportiva, não só pelos benefícios em matéria de saúde, mas também, crescentemente, pelos benefícios sociais de integração, tolerância e desradicalização.
Hoje, numa Europa envelhecida e sedentária, em que Portugal está no pelotão da frente, o tema do envelhecimento activo assume importância crescente. Por isso o projecto de Walking Football, que iniciámos experimentalmente há dois anos com financiamento comunitário, e que agora se espalha por todo o país, reveste-se da maior importância nacional e europeia.
Por tudo isto, orgulhamo-nos de que o nosso trabalho na Semana Europeia do Desporto vá muito para além da festa e da celebração da data e assumimos com sobriedade o muito e bom trabalho da Fundação Benfica em prol do desporto não competitivo.
Por isso continuaremos a celebrar e a participar anualmente nesta festa do desporto à escala da casa comum europeia, que é precisamente o nosso lugar: o do Portugal e do Benfica, está bem claro!"

Jorge Miranda, in O Benfica

Jogo grande

"Depois da 'surpresa negativa' chegou a 'surpresa positiva'. Duas enormes equipas.

Breve introdução
O jogo inicia-se com uma hora de atraso devido à surpresa negativa que assolou a cidade de Chaves, o que poderia prejudicar toda a preparação pré-jogo e jogo. Tudo isso não se verificou e de seguida chega a surpresa positiva, e que surpresa, grande jogo, duas enormes equipas a presentear um estádio praticamente repleto.
Logo aos 2' golo do Benfica, Seferovic sai em apoio frontal (arrastamento no espaço de Maras), recebe bola de Grimaldo e de seguida lança na verticalidade e profundidade Cervi (costas de Paulinho), que realiza um cruzamento perfeito para o movimento de fora para dentro de Rafa.
A resposta do Chaves é fantástica, 25' de enorme qualidade, destacando a relação Eustáquio, Ghazaryan e William e a profundidade dos dois laterais, Paulinho e Djavan. E é neste período que dispõe de três excelentes oportunidades de golo (Paulinho na cara de Odysseas e William e Ghazaryan através de lances de bola parada).
Nos últimos 10' o Benfica volta a equilibrar, mas o jogo continua intenso, acima de tudo com muita qualidade nos comportamentos ofensivos das duas equipas.
A segunda parte em termos qualitativos não é tão boa como a primeira, mas em termos de intensidade de duelos, agressividade e emoção, as duas equipas superam-se pelo positiva. O Benfica podia ter feito o segundo golo, num lance em que Seferovic aparece na cara de Ricardo, grande defesa, após uma excelente combinação em corredor, na perfeita relação André Almeida/Rafa. O Chaves chega ao empate num grande momento de Ghazaryan e os últimos 15' são de grande emotividade. Rui Vitória muda para 4x4x2, chega à vantagem através de mais um excelente momento ofensivo mas o Chaves ainda teve forças para chegar ao empate (realço a audácia de Daniel Ramos), num grande lance colectivo finalizado por Ghazaryan (aqui já o Benfica esava reduzido a 10 jogadores).

O momento ofensivo do Benfica
1. Destaco a forma como Seferovic se aproximava em apoio frontal, quer para receber e isolar (com foi o caso do primeiro golo), quer para aclarar espaço, lance do segundo golo de Rafa.
Outro comportamento ofensivo frequente baseava-se na variação longa de corredor, através dos dois médios interiores (Pizzi e Gabriel) para a profundidade de André Almeida e Grimaldo nas constas dos laterais flavienses.

O momento ofensivo do Chaves
2. A relação Eustáquio/Ghazaryan/William. Grande parte do jogo ofensivo do Chaves iniciava-se no pêndulo ofensivo (Eustáquio) com ligação interior nos dois avançados, pois Ghazaryan aproximava-se muito de William, e na profundidade dos dois laterais, Paulinho e Djavan. Frequentemente as jogadas colectivas do Chaves terminavam em jogo exterior (situações de cruzamento).

Destaques
3. Do lado do Chaves, Eustáquio, pelo que jogou e fez jogar, e Ghazaryan pelos dois grandes golos. Por parte do Benfica destaco Rafa, muita mobilidade, jogo interior e exterior e dois golos.
Quero terminar endereçando os parabéns ao Grupo Desportivo de Chaves pelo 69.º aniversário, realçando o desportivismo exemplar dos seus adeptos e do clube, e desejando o maior sucesso desportivo."

Ricardo Soares, in A Bola