segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Cadomblé do Vata (emissão especial!!!)

"Fechada a janela de transferências e com 8 jogos oficiais já no bucho, pode-se fazer uma primeira ligeira análise aos reforços:
Vlachodimos - ter um grego nascido na Alemanha, cuja função é evitar golos, torna-se um pouco contra-natura tendo em conta o nosso historial. Até agora tem sido um valente upgrade em relação ao Varela... o que não é bem aquele mega elogio que valha a pena meter numa carta de recomendação. 
Ebuehi - chegou, viu e esbardalhou-se. Direitinho do Mundial para a mesa de operações, que é só para ver como elas doem. As previsões dizem que vai ser o primeiro reforço de 19/20, portanto faço minhas as palavras de um peçonhento lateral direito... prognósticos só no fim... da próxima época. 
Corchia - chegou, nem teve tempo de ver e esbardalhou-se. O vírus Nossa Senhora de Almeida a fazer sangue no orçamento do SLBenfica. Dizem que quando recuperar vai ser o dono da lateral direita... o André riu-se e espetou mais um alfinete no boneco de trapos.
Conti - ponto prévio: não comas umas belas bifana que não é preciso, óh esquelético. Um jantar de Natal com a minha família em Castelo Branco é o que ele precisa para dar corpo aquelas canetas. É à prova de lesões musculares, porque simplesmente não tem músculos. E para os que já estão a pensar "ehh lá está ele a abusar outra vez"... O argentino tem a mesma altura que o Jardel e pesa menos 10kg.
Lema - regra número 1 do adepto já calejado nisto dos "reforços": quando te dizem que o gajo que aterrou agora no teu clube é um "central goleador" é porque não tem jeito nenhum para ser defesa. Envio já um abraço para o rapaz, antes que ele seja dispensado antes do final da temporada e eu nem tenho tempo de me despedir dele.
Yuri Ribeiro - belíssima época no Rio Ave premiada com regresso à base. Parece estar com azar porque o Grimaldo está apostado em fazer "a" época. Vai ter que aproveitar as sobras da Taça da Liga, Taça de Portugal e do Boneco de Voodo do Almeida.
Alfa Iate - forte fisicamente, tem pinta a correr, parece que é craque, mas depois... não é. Tem uma incrível tendência para simplificar o complicado e complicar o simples. É uma espécie de bloco de carvão, que o Rui Vitória acredita poder transformar em diamante. Cá estaremos para ver o produto final. Gabriel - nunca o vi jogar, mas se perdemos um Verão inteiro para o contratar, não espero nada menos do que craque... ou um Paulo Nunes... acreditem, já vi acontecer.
Gedson - o FC Porto faz centrais num abrir e piscar de olhos; o Sporting CP desencanta extremos debaixo de pedras: o SL Benfica licenciou-se na criação de "Sanches". Sendo ainda cedo para avaliações finais, este Sanches 2.0 dá a ideia de vir com a correcção de alguns bugs. João Félix - craque e não o escrevo por ter marcado ao Sporting... o Sousa e o Uribe também escarafuncharam no nariz lagarto e os dois juntos não faziam um jogador de jeito. É claro como água que antes do fim da temporada é titular, garante o campeonato para o SLB, vai fazer uma perninha à B e saca o título da Segunda Liga e ainda dá um salto a Nyon para levantar a Youth Cup nos sub-19.
Castillo - a musculatura que tem na perna esquerda, chegava para fazer do Conti um gajo com corpo de homem. É o Maior e se eu tiver outro filho vai-se chamar Castillo e ter uma tatuagem do chileno nas costas... na verdade, isto é tudo falso, mas tenho medo de levar porrada do Nicolás, se disser mal dele... quer dizer Do Maior!!!
Ferreyra - quando foi contratado disseram-me que era craque. Depois começou a jogar e via-se ali qualquer coisa, mas nunca saia da estaca zero, que é onde ainda está. Continuei a acreditar nele, até que li declarações do Paulo Fonseca a dizer que ele é um "jogador peculiar". Isto para mim é sinónimo de "tem bicho".
Krovimodric - regressa de nova meia época de empréstimo ao departamento médico. É esperar que desta vez o devolvam cheio de articulações biónicas, para durar mais do que 2 meses."

Jogar diferente, jogar melhor, aproveitar talento

"Escrevo com risco, num dia de estreia oficial que pode alterar os pressupostos, mas é justo dizer que foi não só positiva como prometedora a exibição de Portugal frente à Croácia, um vice-campeão mundial quase na máxima força. E não foi positiva apenas pelas razões óbvias – a ausência de Ronaldo, uma série de jovens em estreia ou perto disso, um jogo particular em início de época – mas pelo que se observou do jogo propriamente dito, que é sempre o que mais conta. Depois de dois anos numa lógica de segurança defensiva com espreita do contra-ataque e expectativa de pingos de génio, que para muitos foi a base do título de Campeão da Europa mas cuja receita apenas minimamente provou na Rússia, chegou a hora de mudar. E trata-se mais que mudar de jogadores, aproveitando inúmeros talentos emergentes, mas de buscar também um jogar que possa vir a dar conforto táctico a esses que serão fatalmente os principais nomes do futuro.
No Algarve, viu-se uma selecção competente no momento defensivo, naquilo que já é uma imagem de marca dos últimos anos mas que – com Rúben Dias ao lado de Pepe – se permitiu subir linhas, pressionar mais acima, dificultar mais cedo a construção do jogo do rival. A Croácia teve dificuldades em criar porque Portugal não deixou que o talento axadrezado respirasse nas imediações da área de Patrício. Ainda assim, os melhores sinais surgiram no momento ofensivo, sobretudo na primeira parte. Portugal manteve espaço para o ataque rápido, favorecido pelas acelerações de Bruma e nas desmarcações de André Silva, mas soube também associar-se, ter mais tempo a bola e rodá-la entre os três corredores, com uma qualidade superlativa à direita, onde Bernardo Silva e João Cancelo (que cresceram juntos) se podem complementar como poucos no mundo, tendo na inteligência de Pizzi (maturidade para definir ritmos mas também talento para criar) um complemento perfeito. Portugal pareceu resgatar, em alguns momentos, o futebol que é a sua identidade histórica, o de acarinhar a bola, de gostar de a trocar entre os seus, de procurara o caminho para as redes contrárias ora com vertigem ora com paciência.
Quanto ao talento disponível, a constatação do óbvio: não falta. Ver João Cancelo, Rúben Dias ou Rúben Neves entre as primeiras opções só pode fazer sentido e mais sentido fará juntar-lhes mais vezes uma série de outros talentos, como Bruma (bem lembrado e que bem apareceu!) Gelson Martins, Gonçalo Guedes, Bruno Fernandes ou Rony Lopes, e aproveitar, em função do momento que viva, tanta outra gente de qualidade indiscutível: Pizzi, Renato Sanches, Sérgio Oliveira, João Mário, André Gomes. E ainda há Nelson Semedo e Raphael Guerreiro, Cédric e Mário Rui, necessariamente o sábio Moutinho e o fiável Adrien, mais o que restar da arte de Quaresma e Nani, que para Fernando Santos (e muito bem) a idade não é critério.
Ainda assim, nunca em muitos anos foi tanta a fartura de talento nascente, que os João Félix, Dalot, Gedson, Xadas e Diogo Leite também já aí estão a bater à porta. E como se não bastasse, toda esta qualidade pode assentar sobre a base indiscutível dos últimos anos (numa expressão gasta, a “espinha dorsal”) que começa em Rui Patrício, se prolonga em Pepe e William e concretiza no talento único de Bernardo e na bandeira lendária que é Ronaldo. Nem de propósito, a Itália, adversário desta segunda-feira em Lisboa, vê o copo meio vazio. Ou vazio de vez. O Corriere dello Sport enchia a primeira página deste domingo com um editorial longo, decorrente de um título repleto de amargura: “Refundámo-nos ou afundámo-nos?”. No antetítulo, a frase certeira que também resume muito: “já não produzimos campeões, é preciso mudar o futebol italiano”. Mancini, hoje treinador, um desses velhos génios que não se repetem como outrora (como Baggio, Zola, Del Piero, Totti, só para lembrar os que a memória guarda frescos), tenta resgatar o talento louco de Balotelli, antecipar a explosão do Chiesa filho (que é craque), fazer despertar finalmente golos de azul escuro em Immobille, mas nada disso ilude o essencial: o futebol do país dos resultados – tantas vezes elogiado pelo que ganhava em função de um estilo defensivo, especulativo e cínico, como se fosse esse o caminho mais curto para as vitórias – vive a crise mais grave que há no futebol, a da falta de talentos verdadeiros. Não o desperdice quem os tem às resmas. Portugal, por exemplo."

Perdoa-os, Jorginho, eles não sabem o que dizem

"Sexta-feira, a Itália, não jogando grande coisa, empatou com a Polónia (1-1), na 1ª jornada da Liga das Nações. No final do jogo, Jorginho - o homem que marcou o penálti que deu o empate, aos 78 minutos - foi à flash interview, onde, em Itália, há ligação directa com os convidados em estúdio. Ora, no estúdio da televisão italiana RAI estava Marco Tardelli, ex-jogador e treinador italiano, e o diálogo que se seguiu foi mais ou menos o seguinte:
- Jorginho, não jogaste bem, não foste o jogador que eras em Nápoles ou em Manchester.
- Mas eu agora jogo no Chelsea.
- Ah, desculpa, Serginho, também é culpa dos teus colegas.
- Mas estou a falar com quem?
Silêncio constrangedor.
Aos 26 anos, é no Chelsea que o italo-brasileiro Jorginho está finalmente a granjear o reconhecimento que merece, depois de épocas fabulosas em Nápoles ao serviço de Maurizio Sarri. O problema é que, hoje em dia, no futebol moderno, vê-se pouco futebol e muitos resumos, e os resumos, vulgo highlights, nem sempre mostram a importância dos que não marcam golos. É, por isso, de certo modo, normal que se conheça pouco Jorginho, tal como como já é, de certa forma, normal ir para a televisão perorar sentenças sobre futebol sem perceber muito do mesmo.
É impossível que o Jorginho de Itália seja o mesmo de Nápoles ou do Chelsea (tal como Messi nunca poderá ser o mesmo no clube e na selecção, por lhe faltar o associativismo): tanto o Nápoles como o Chelsea de Sarri são verdadeiras equipas no sentido colectivo do termo - todos sabem onde e quando devem estar aqui e ali, com bola ou sem bola, todos sabem onde estarão todos, todos sabem tudo. Para chegar a um nível tão colectivo de funcionamento, é necessária uma equipa técnica com muito conhecimento, além, obviamente, de jogadores de altíssima qualidade, não só tecnicamente mas cognitivamente. Não quer dizer que isso também não seja possível numa selecção, mas, pelo tempo reduzido de treino, é mais difícil que tal aconteça - é por isso que as selecções vivem mais das acções individuais dos jogadores do que propriamente do entendimento colectivo. Tal como algumas equipas.
O maior problema é que nem todos os adeptos/comentadores/ex-jogadores/etc têm capacidade para percebê-lo.
Logo à noite há Portugal-Itália e, mesmo sendo este um outro Jorginho, vale a pena ver este Jorginho."

Boas notícias para o futebol

"Investigadores que estudaram as reacções cerebrais de um adepto fervoroso de futebol asseguram que o amor ao clube pode ser comparado ao amor romântico. O que acontece dentro das quatro linhas é um caso sério e nos últimos anos ganhou uma dimensão desmesurada, a reboque da imensa mediatização e globalização do fenómeno.
Meia dúzia de linhas não chegam para contar tudo, mas sintetiza-se o essencial. É estreita a linha que separa as paixões dos vícios, mais estreito ainda o caminho entre as máquinas milionárias dos clubes e os excessos de quem os dirige. Milhões despertam tentações. E quanto maior a ambição e a dimensão da máquina, maior o risco de esquemas, seduções e negócios pouco claros. Que os há, em abundância, em todos os níveis do futebol português.
O Sporting teve, este fim de semana, a maior participação de sempre na escolha do novo presidente, depois de meses traumáticos, iniciados com a inqualificável agressão a jogadores na Academia de Alcochete. O interesse de tantos sócios no processo não é apenas um sinal de vitalidade interna. É mais uma prova de que um clube não é dos dirigentes, nem dos que o usam à margem da lei. É de quem valoriza o jogo, o tal que tantas vezes se diz ser espectáculo mas se tornou drama de má qualidade.
Numa semana marcada por processos mediáticos, com a acusação ao Benfica e a punição ao Moreirense, quem gosta de futebol só pode confiar na Justiça e desejar que as investigações apurem tudo o que há a apurar. Seja em que clube for. Esperando que as provas sejam apresentadas onde têm de ser. Avaliando o que é legal ou ilegal, justo ou injusto, sem clubismos nem guerrilhas.
O amor pelo que se passa dentro do estádio existe. Está cientificamente provado. Quem o sente só pode exigir que ninguém o contamine com negócios fora de jogo."

Serena Williams e o vício da vitimização

"O discurso anti-racista de hoje é demasiado parecido com o discurso racista de antigamente.

O comportamento de Serena Williams na final do Open dos Estados Unidos está a dar muito que falar em todo o mundo e tem recebido especial atenção entre nós, devido ao envolvimento do árbitro português Carlos Ramos. Há questões que são para serem debatidas pelos especialistas da modalidade – deve ou não o coaching ser autorizado num jogo de ténis; foi ou não o árbitro português pouco tolerante na sua primeira admoestação –, mas há uma outra questão, bem mais funda e importante, que diz respeito a todos nós e àquilo que se está a tornar um terrível tique social do século XXI: o vício da vitimização.
De repente, a discussão não é simplesmente sobre se o comportamento desportivo de Serena Williams é aceitável ou não, ou se a decisão do árbitro português foi ou não a mais correcta. Aquilo que o mundo discute é até que ponto o comportamento de Serena se justifica por ela ter atrás de si uma história de sofrimento e humilhação por ser negra num desporto maioritariamente de brancos – e portanto aquele teria sido um grito compreensível de revolta racial –, e se as decisões de Carlos Ramos não foram especialmente duras por ela ser mulher – e portanto aquele teria sido um compreensível grito de revolta sexual. Fosse Serena Williams lésbica e alguém já teria com certeza denunciado Carlos Ramos por comportamento homofóbico, completando o bingo das políticas de identidade, que no seu desejo descontrolado – e totalitário – pela igualdade têm vindo a construir um mundo profundamente discriminatório, onde certas características biológicas recuperam uma proeminência contra a qual as correntes mais progressistas lutaram desde sempre.
Quando, em 1956, Althea Gibson (que ainda foi treinadora de Venus e Serena Williams) se tornou a primeira tenista negra a ganhar Roland Garros, ela certamente ambicionaria que a considerassem em primeiro lugar uma tenista como qualquer outra, independentemente da sua cor. Mas hoje em dia, mais de 60 anos depois, Serena Williams está condenada a ser em primeiro lugar uma mulher negra, e só depois tenista. É mesmo este o mundo em que queremos viver? Durante séculos, senão milénios, os negros lutaram para que a sua cor de pele não fosse relevante; as mulheres lutaram para que o seu sexo não fosse motivo de opressão; os gays lutaram para que as suas preferências sexuais dissessem respeito só a eles. E no momento em que vivemos no mundo mais igualitário de sempre – certamente não tão igualitário como gostaríamos, mas indiscutivelmente igualitário como nunca antes foi –, eis que os alegados progressistas do século XXI vêm garantir-nos que, afinal, a cor da pele, o género ou a preferência sexual são as principais características identitárias dos seres humanos. O discurso anti-racista de hoje é demasiado parecido com o discurso racista de antigamente.
Daí decorre o vício da vitimização. Serena Williams não é apenas uma tenista que não soube perder. Agora ela é uma vítima. Vítima por ser mulher. E vítima por ser negra. O valor da vitimização supera o valor do próprio desportivismo. Antigamente, desportivismo era sinónimo de saber perder (mesmo quando a derrota era injusta), aceitar a decisão de um árbitro (mesmo quando essa decisão estivesse errada), aprender a lidar em campo com a injustiça (por muito que isso nos custasse). Eu não sei quando é que aquilo que era sinónimo de força interior passou a ser um sintoma de fraqueza. Mas sei que antes estávamos certos, e agora estamos errados."

A verdadeira cartilha...



Devem ter lido o mesmo e-mail, enviado pela toupeira-mor !!!

Não sabem, nem querem saber... mas exigem a condenação!!!

"Ao fim de uns dias surge na arena um movimento que vale a pena ler e comentar. É um desabafo camiliano deste século; suspira-se uma inevitável queda. Da águia porque "Anjos" nem vê-los na família benfiquista. É um apelo intelectual e emocional de modernidade. Se aconteceu em França, se aconteceu em Itália, tem de acontecer aqui. Já devia ter acontecido neste canto desesperado de iliteracia e bola que chegue.
E o cenário apronta-se. Não vale negá-lo. Uma mentira, ou várias, perduram mais que as inocentes verdades. Nenhum dos espiados era agente desportivo? Podia ser! As ofertas são triviais? São provas! Não prestando a opereta acusatória, sobressaem tenores e sopranos. Corrupção, é corrupção... Desportiva, dessa mesmo. Daquela que nunca houve e que, finalmente, se revela nesse antro encarnado de milhões.
É uma réplica do inferno. Corrupção e milhões não vivem separados. Dispensam-se mais explicações. Os factos são pormenores não essenciais, fumos de ilusionistas, especialistas e abusadores. A ciência tem mais com que se ocupar; ao futebol tudo o que é mundano se associa, desde a opinião popular ao veredicto mais consagrado.
É neste supremo varejar que se chega à máfia, à política e ao futebol. Está descoberto este triângulo num cantar de novidade, por alguém que parece não conhecer o Porto onde nasceu. Alguém que dirigiu uma distrital de um grande partido político, sem se lhe conhecer um antibiótico contra a Corrupção; encontrou no popular Benfica o laboratório social de onde se extrai a fórmula regeneradora - o darwinismo processual. Basta argumentar que é no futebol que eles se encontram. Os poderosos. Não precisará de procurar nas vielas e nos balcões, no lusco fusco romântico dos encontros de jornalistas, polícias, magistrados e pensadores. A teia de cumplicidades está encontrada. Que páre a busca, que párem as trocas. A fórmula está aqui - a clubite judiciária - numa Lisboa useira que a acolhe como nunca imaginámos. Uma colina que bafeja tanta audácia: vale mais uma palavra escrita que gritos de indignação de milhões. Esses que agora serão vencidos pelo tempo da justiça mediática. O estertor, o vozeiral incómodo, não os pára. Calar o "ninguém pára o Benfica" é o seu lugar na história. Autênticos revolucionários e fundadores de uma nova república assente no anti-benfiquismo conceptual! Mais moralizados que nunca. Há um antes e um depois do pontapé na toupeira. Qual fogueira no crepúsculo, abeiram-se com todos os seres ao crepitar. Organiza-se um auto de fé e canta-se a verdade escrita em folhas de jornal que alimentam a combustão. Não há nada para guardar porque a reinvenção é identitária. Nesta obra colectiva, neste troar cadente e enciclopédico, estarão retóricas de futuras sentenças, acórdãos e marcos de justiça.
Dirão, fez-se justiça "em nome do Povo". Esse mesmo Povo que desprezam por se altercar com costumes primitivos, como o deslizar de uma bola para ultrapassar a linha entre dois postes. Esse Povo que pensam manipular a bel prazer. Esse Povo que desconsideram por ter direito a uma opinião afectiva. Esse Povo a educar com textos de Pacheco Pereira, pois já não se encanta com qualquer sumidade. Esse Povo ingrato, vermelho e de obstinadas aleivosias. Esse Povo que não merece ter ou acreditar numa presunção de inocência. Esse Povo que não presta porque não acredita na opinião publicada. Esse Povo que se reúne em redes virtuais de difícil censura. Esse Povo de "um por todos e todos por um", que tem na sua convicção, nos seus valores, na sua combatividade, no seu orgulho, o destino da criação mais transcendente deste lugar. Continue a tentar, Pacheco Pereira, a alma benfiquista não é de subservientes."


PS: Artigo de resposta a uma ode à ignorância assinada por Pacheco Pereira no Púbico.

Hóquei em Patins 2018/19

"A nossa equipa de Hóquei voltou ao trabalho, com muitas novidades... A época oficial só vai começar em Outubro, mas fica aqui a minha análise às movimentações do defeso...

Estamos mais fortes, com uma dúvida importante: os golos! A saída do João Rodrigues - que independentemente de tudo o resto é um dos melhores jogadores do Mundo, sendo quase sempre em todas as competições em que entra, um dos dos melhores marcadores - acabou por não ser 'debelada' com um jogador 'parecido'. Ficamos com o Adroher como 'matador', o reforço Ordoñez pode fazer esse papel, mas é muito mais um 'fantasista'!!!
Agora, estamos claramente mais fortes na defesa, um dos grandes problemas do plantel nas últimas épocas... A entrada do Casanovas e do Xavi dá mais opções, e assim o Valter terá 'ajuda', oferecendo ao Diogo menos responsabilidade defensivas!
Estamos também mais fortes nas 'bolas paradas', tanto o Ordoñez como o Casanovas marcam bem, desde que não seja o Nicolia a marcar todas!!!
Na baliza, não creio que vamos ter problemas o Pedrão tem tudo para evoluir e o Marco Barros é um dos melhores nacionais...
A questão dos 11 jogadores (1 vai ter que ficar de fora...), não me parece preocupante. Até porque existem sempre pequenos toques... mas em situação normal, será o Miguel Rocha ou o Vieirinha... sendo que no caso do Vieirinha, acho bastante injusto, até porque o ano passado entrou muito bem na equipa... e depois na recta final acabou por perder minutos, sem se perceber porquê!!!

Em relação às contratações, destaco como é óbvio o Ordoñez que é talvez o jogador mais 'parecido' com o Nicolia ao mais alto nível!!! Vamos ter dois fantasistas... Vamos ver como será a adaptação ao estilo de jogo do Benfica, mais de contra-ataque, já que no Barça jogava de outra forma...
O Casanovas é só o defesa titular na Espanha, Campeã de tudo...!!! Além dos aspectos de cobertura, creio que vai dar à equipa critério nos ataques organizados...
O Xavi é um jovem, um pouco à imagem do Vieirinha, mais defensivo... que poderá ter lugar no futuro do hóquei nacional...

Mas em Portugal, este tipo de expectativas, têm uma importância relativa, já que tudo continuará a ser decidido pelos apitadeiros do costume... Tudo na mesma na Federação, tudo na mesma nos apitos...!!!

Vamos à 'novela': não gostei nada do comportamento do João Rodrigues, para com o Benfica e para com os seus colegas de balneário, durante este tempo todo!!! O ano passado, após a roubalheira do Campeonato, colocou-se ao lado dos Ladrões, contra o Benfica, traindo aqueles que suaram ao lado dele... e depois ainda fez birra com a saída para o Barça: começou a época, com zero de empenho, a jogar nicles... até que finalmente o Benfica aceitou a transferência!!!´
Não se percebe... ao contrário de alguns, acho que pode ficar no Barça muitos anos, ou noutro clube qualquer...

Guarda-redes
Pedro Henriques
Marco Barros (ex-Turquel)

Defesas:
Valter Neves
Casanovas (ex-Reus)
Xavi Barroso (ex-Valongo)

Médios:
Diogo Rafael
Vieirinha
Miguel Rocha

Avançados:
Nicolia
Ordoñez (ex-Barcelona)
Adroher