quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Expert's !!!

"Do que me tenho apercebido, nos últimos dois dias, nas televisões e sobre o assunto E-Toupeira, tem sido assim. Os mais reputados advogados e penalistas deste país a desmontar a acusação do Ministério Público e do outro lado, os mais reputados especialistas em violações de segredos de justiça, como Ricardo Costa, Tânia Laranjo ou Carlos Rodrigues Lima, que assim contribuem para a prática de um crime e, ao mesmo tempo, servem o interesse do MP de se fazer um julgamento público.
Se há coisa que este processo tem de bom é o facto de se começarem a conhecer melhor os contornos da gigantesca perseguição clubística que visa o maior clube português. E o alinhamento entre as fantasias do Ministério Público e os jornalistas que as difundem como contrapartida do acesso ilegítimo à informação que devia estar em segredo de justiça."


PS: Aqui está um bom exemplo, entre aqueles que de facto sabem do que falam, e dos papagaios!

Perguntas...

"Não deixa de ser preocupante para qualquer benfiquista o manto de suspeição que se abateu sobre a estrutura organizativa no caso apelidado de «e-toupeira», cuja acusação veio a público no dia de ontem (5 de Setembro de 2018).
Ao contrário de muitos sócios ou simpatizantes de outros clubes de futebol (maioritariamente os dos chamados 3 grandes), parece claro que o benfiquista comum fica profundamente decepcionado e abalado com o teor da acusação e dos actos e factos lá descritos.
Mas não deve ser só essa a única preocupação. É que nesta embrulhada de enorme gravidade para o Sport Lisboa e Benfica ressaltam imediatamente à vista desarmada questões que, não sendo respondidas com urgência, fazem crer numa actuação gelatinosa do sistema judicial:
- Por que razão a Benfica SAD só é constituída arguida em 27/08/2018, e imediatamente depois (mais precisamente 8 dias depois) é deduzida acusação contra a mesma por 30 crimes? Qual a razão que esteve por detrás do MP para não constituir arguida a SAD muito antes, por forma a proporcionar à arguida o direito (basilar do processo penal e constitucionalmente consagrado) de carrear aos autos os elementos de prova que considerasse fundamentais para consolidar a sua verdade no processo? Qual foi a pressa?
- Ou seja: por que razão aguardou o MP para constituir arguida a SAD tão perto do limite do prazo tomar uma decisão, sabido que era que existia um arguido preso preventivamente, e que obrigava a que o titular do inquérito acusasse ou arquivasse os autos no final da primeira semana de Setembro? 
- Como pode o MP considerar que existem provas suficientes de que Luís Filipe Vieira sabia e havia autorizado e ordenado o pagamento de incentivos aos oficiais de justiça para daí retirar dividendo desportivos (base única dos crimes imputados à pessoa colectiva), e não o constitui (LFV), nem qualquer outro elemento da administração da SAD como arguidos? Qual a razão da desconsideração da pessoa singular em abono da pessoa colectiva? Qual o intuito em procurar a censura penal só à pessoa colectiva, se alegadamente os actos desvaliosos foram praticados pela administração?
- Qual o motivo para que, em 240 artigos da acusação, só dois deles aflorem responsabilidade directa penal da SAD, sem uma remissão expressa ou tácita para os apensos probatórios dos autos, quando é tão cuidadosa e profusa essa técnica jurídica na redacção da acusação em relação aos restantes arguidos?
Parece-me claro que ou a investigação e a procuradoria não têm prova alguma contra a SAD, e deduz-se acusação por motivos justiceiros da estrutura hierárquica do próprio MP, ou estaremos perante um processo que esvaziará em parte quando for presente ao crivo do Juiz de Instrução Criminal, se lá chegar. Devemos, contudo, ter a certeza de que a honra nos obriga a dizer que deve ser punido quem prevaricou, honra essa que nos impede de apelidar clubes e adeptos de corruptos quando nas suas próprias casas desportivas só não existiram condenações exemplares por motivos puramente formais do processo. A honra traz consigo a moral, e essa não é dispensada por ninguém que sente o manto sagrado."

Credibilidade...

"E no final de contas, parece que a grande teoria resume-se a isto. O Benfica ganha mais do que os outros, é mais competente do que os outros, cria mais riqueza que os outros, tem mais sócios do que os outros, é maior do que os outros, porque viola o segredo de justiça.
Note-se que não deposita dinheiro na conta dos árbitros, não lhes paga com prostitutas ou viagens ao Brasil. Nem tão pouco é acusado de lhe encontrarem 60 mil euros no gabinete de um seu funcionário para despesas, vamos chamar-lhe não documentadas. Nem tão pouco o Benfica é acusado de expor a vida privada dos árbitros, nem de os ameaçar ou perseguir. Não é acusado de liderar e pagar um esquema fraudulento e criminoso de segurança privada com ligações a crimes de sangue. Não.
O Benfica é terrível, é demoníaco e é a origem de todos os males porque violou o mesmo segredo de justiça que todos violam, todos os dias. O mesmo crime que é cometido pelos mesmos que agora o perseguem, desde o Ministério Publico até a uma certa comunicação social que faz parte de uma das maiores organizações criminosas de que há memória em Portugal. Uma violação do segredo de justiça que, é bom lembrar, se seguiu a meses e meses de crimes cometidos contra si e contra a sua privacidade e reputação.
Mas esses crimes são tolerados em Portugal por quem devia investiga-los. Ou seja, neste país pune-se a vítima que age em legítima defesa e premeia-se o criminoso que rouba, que manipula, que mente e que, por fim comete o crime de divulgação de correspondência privada.
Curiosamente um crime cometido por agente desportivo contra agente desportivo. Isto diz-vos alguma coisa? Exacto, é o argumento que agora se utiliza para constituir a SAD do Benfica em arguida e acusá-la de forma a pedir a suspensão da sua actividade desportiva.
É o cúmulo da hipocrisia e da forma como alguns magistrados aceitaram rasgar as vestes da independência e fazer parte de uma monstruosa perseguição clubística.
Ao contrário da ideia que se generalizou não é exactamente a reputação do Benfica que está em causa. Já não é apenas isso. É também a credibilidade do Ministério Publico como entidade independente e investigativa. Essa credibilidade levará anos a ser restaurada, devido ao diletantismo clubístico de alguns dos seus magistrados."

Missões cumpridas

"Agosto 'disse' isso do Benfica (equipa de futebol...) - contesto críticas a Rui Vitória... - e de quem conseguiu tirar o Sporting do caos

Agosto era, à partida, mês terrível para o Benfica. Potencialmente decisivo na projecção para toda a temporada. Duas eliminatórias a ultrapassar rumo à Champions, quatro jornadas do campeonato - com deslocações ao Bessa e ao Funchal e dérbi pelo meio -, soma de 8 confrontos em 27 dias, sempre ao ritmo de 3 jogos por semana, e sob enorme pressão (dando de barato que amigável com o Lyon - única derrota: 2-3 - 1 de Agosto, foi apenas mais um treino...). Muito duro arranque de época, física e animicamente (ai se falhassem!).
Desta vez, o Benfica soube preparar-se para o tiro de partida - tão longo quando crucial. Ao invés do que acontecera na estreia de Rui Vitória (disparatadíssima digressão americana e sob tremendo peso da sucessão de Jorge Jesus!) e também, noutros moldes, há um ano: transferências de Ederson, Semedo, Lindelof, Mitrolgou, sem qualquer compra com idêntica valia (Krovinovic, não direto substituto, chegou para ser operado...). Agora, fasquia colocada, como primeira prioridade, nos €43 milhões de entrada na Champions, boa preparação expressa em dois moldes:
1 - Manter todos os jogadores nucleares e reforçar o plantel (sobretudo, guarda-redes, dois defesas centrais - destes, ainda não se percebeu o que podem valer - e puros dois avançados de grande área, característica que Jiménez, agora emprestado, não possui).
2 - Nível dos adversários na pré-época: Sevilha, Dortmund, Juventus, Lyon.
Evidentíssimos méritos de Rui Vitória e da sua equipa técnica: táctica e estratégia muito mais consolidadas; preparadas física de alto nível para aguentar tão infernal ritmo de jogos; capacidade de superar, sem queixumes, lesões de Jonas (!) e de Castillo, a par do decepcionante rendimento de Ferreyra. Mesmo no empate cedido ao Sporting -porque na Luz -, unanimidade de opiniões: à parte o pormaior de finalização, Benfica claramente superior. Balanço deste arranque, bem duro e... fundamental!: missão cumprida. Tal como, noutro contexto, o do Sporting (já lá irei).

Críticas e Rui Vitória (até neste vitorioso percurso voltaram a estar na moda...). Exemplo: insistiu no mesmo onze, apesar de possuir dito de luxo - e, nos jogos, fez sempre as mesmas substituições (que monotonia!). De facto, limitou-se a ir rendendo Salvio e Cervi por Zivkovic ou Rafa. E, em Istambul, preteriu Ferreyra, optando por Castillo (lesionado ao cabo de 20 minutos...). Por fim, na busca de ponta de lança mais pujante e eficaz, recuperou Seferovic. Pergunto: que mais deveria ter feito?
- Teve alternativa ao desgastadíssimo André Almeida? Zero!!! Eis como prossegue a espantosa saga dos defesas direitos: há um ano, contratação de 5 ou 6... - e nem um se aproveitou!; agora, aquisições de Ebuhei (imediata grave lesão) e de Corchia (ainda mais rápida baixa clínica).
- Ok, para render Grimaldo, tem Yuri Ribeiro, regressado de empréstimo ao Rio Ave. Falta ver se já  com pedalada para um grande.
- Vlachodimos e dupla Rúben-Jardel permanentemente. Para além da grande importância de sincronizar guarda-redes e defesas centrais, não são estas as posições com menor desgaste físico?
- Médios: aí, sim, máximo desgaste (como defesas laterais e extremos). Que opções a Gedson-Fejsa-Pizzi? Até agora, estando Samaris apostado na liberdade em Janeiro, Keaton Parks na equipa B e sendo Gabriel aquisição de última hora... quem? Apenas o menino Alfa Semedo que Vitória fez questão de recuperar do Moreirense - excelente estampa atlética, boa qualidade potencial e... muito para aprender, desde logo tacticamente. Tem sido chamado, passo a passo, para render Fejsa ou para segurar triunfo reforçando - mais vigor - o centro da linha média.
Então, que fartote de alterações/poupanças poderia o treinador ter feito? Ele há embirrações...

Vulcão. Registe-se, nadinha tendo de somenos, mérito extra do líder técnico e do plantel: resistência à vulcânica torrente de problemões com casos judiciais em que o Benfica se envolveu! Não parecendo ser vítima...

Sporting: bicudíssimas tarefas cumpridas por Comissão de Gestão, Sousa Cintra, José Peseiro e jogadores, recuperando de cataclismo - e aguentando permanente manobras de desestabilização das quais o máximo destituído tem a suprema/irracional lata de não abdicar! Egocentrismo para o Guinness! Depois de amanhã, previsivelmente num renhido despique, será eleito novo comando directivo para enfrentar o que, bem árduo, irá seguir-se. Boa sorte!"

Santos Neves, in A Bola

Uma mensagem a quem adora Salvio e outra a quem o odeia

"Agora, imaginem o jogador que Salvio poderia ser.
Salvio é, talvez descontando o sempre mal-amado André Almeida, o jogador que mais discordância provoca entre a opinião pública, apesar do excelente início de temporada que está a ter. E há razões para isso. Salvio é o Óscar Cardozo do Benfica actual. Já lá vamos à comparação.
No último fim de semana, frente ao Nacional, Salvio voltou a marcar um golo. Mais um dia no escritório, para o ala argentino. E é por isso – e também pelas discordâncias na redacção do Bancada – que trago uma reflexão sobre Salvio. Vamos dividi-la.

Para quem odeia Salvio:
Salvio é, de longe, o extremo com mais golo da Liga Portuguesa e, por extensão, do Benfica. Estaria capaz de apostar que Zivkovic – que, para mim, não é um ala – ou Rafa nunca apareciam naquele segundo poste a finalizar o cruzamento de Seferovic. E, se aparecessem, teriam dificuldades em finalizar. Digo-o porque Salvio é isto: é baliza, é golo, é capacidade de finalização e, acima disto, é faro de golo (convém lembrar que Salvio começou a carreira, na Argentina, como segundo avançado, mais pelo centro e em zonas de finalização). Uma equipa que tem Salvio está sempre perto de, num cruzamento mal medido, numa bola perdida ou numa jogada atabalhoada, lá vir o pequeno argentino. E não há disto aos pontapés por aí.
Além disto, Salvio é outra coisa: é, também de longe, o extremo da Liga com maior capacidade de “ir para cima”. Não tem medo do 1 contra 1 e, sozinho, permite à equipa esticar-se no terreno, conduzindo e protegendo bem a bola, ora pelo corredor, ora em movimentos interiores. Dá largura, dá profundidade, ganha faltas e dá as soluções técnicas que, muitas vezes, faltam a André Almeida (do lado contrário, Cervi tem Grimaldo para ajudar a desbloquear no 1 contra 1). E isto é importante, porque Salvio combina muito melhor com Almeida do que combinaria com Grimaldo, por exemplo. O excesso de 1 contra 1 de Salvio é compensado por Almeida, enquanto o excesso de 1 contra 1 de Grimaldo é compensado por Cervi, um jogador que prefere temporizar e, sobretudo, combinar em tabelas (a sociedade Grimaldo-Cervi-Zivkovic - uma das poucas rotinas colectivas consolidadas em 2017/18 - não se percebe bem porquê, foi destruída).
Um plus: Salvio tem raça – é impressionante a quantidade de ressaltos que ganha em bolas divididas – e, defensivamente, compromete-se bastante. É por isso que tantos dizem que poderia dar um grande lateral.

Para quem adora Salvio:
O problema de Salvio é – e perdoe-nos o argentino a falta de elegância na definição – o QI futebolístico (ou falta dele). Salvio é, provavelmente, o extremo do Benfica com pior capacidade de decisão, quer em zonas de definição, quer mesmo quando baixa para zonas de criação. Opta quase sempre pela finta e não olha à volta. Opta pelo remate e não pensa em mais ninguém. Opta pelo passe longo e não vê quem tem disponível lá perto. Opta pelo passe difícil quando tem um passe fácil. Zivkovic - repito: não é um ala - é muito mais criterioso na forma de pensar o jogo e escolher a melhor opção. Até Rafa, com os seus problemas de finalização, é um jogador que, na decisão, é forte.
Salvio decide quase sempre mal e é sobretudo por isso que provoca tanta ira nos adeptos encarnados. Nisto, faz lembrar Óscar Cardozo, que, pela parca mobilidade, conseguia ter os adeptos a “mandar vir” durante 80 minutos e, de repente, dava o golo da vitória. Salvio é igual: consegue perder 10 bolas e tomar 10 más decisões, mas, depois, é ele quem não desperdiça a boa oportunidade de golo.
Agora, imaginem o jogador que seria Salvio, caso fosse mais forte na decisão."

O resto é silêncio...

"Há certamente para lá do espelho de Alice tantos mistérios como na vã filosofia de Horácio. Por isso é que ela perguntava: «Qual a importância de um nome?» E, como muitas das suas perguntas, esta também ficou sem resposta.
Há nomes para a literatura e há nomes para ficarem para lá dos nomes. Lewis Carroll podia esconder Charles Lutwidge Dogdson. Já Coutinho escondia Antônio Wilson Vieira Honório, o que tem muito que se lhe diga. Nelson Rodrigues, por exemplo, queixou-se: «Lembro-me que ao ouvir falar em Coutinho, pela primeira vez, tomei um susto. Comentei, então, de mim para mim: ‘Coutinho não é nome de jogador de futebol!’. De facto, o nome influi muito para o êxito ou para o infortúnio. Napoleão, se tivesse outro nome, já seria muito menos napoleónico. Outro exemplo: por que é que Domingos da Guia foi o que foi? Porque esse ‘da Guia’ dava-lhe um halo de fidalgo espanhol, italiano, sei lá. Ainda hoje, o sujeito treme quando ouve falar em ‘da Guia’. Mas o Coutinho tem contra si o nome. O sujeito que se chama apenas Coutinho dá logo a ideia de pai de família, de Aldeia Campista, Vila Isabel, Engenho Novo, com oito filhos nas costas e a simpatia pungente de um barnabé. Pois bem. Apesar de chamar-se liricamente Coutinho, o meu personagem da semana é um monstro, um Drácula, um ‘Vampiro da Noite’ de futebol. Eu não sei se me entendem a imagem. Mas o Coutinho não sugere outra coisa, senão o sujeito que come a bola de uma maneira, por assim dizer, material, física. Ao sair de campo, parece-lhe escorrer dos lábios o sangue, ainda vivo, ainda efervescente da bola recém-vampirizada».
Coutinho fazia parte da letra de um dos sambas mais bonitos da história do futebol. Ia assim: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Toda a gente o sabia de cor. Não era Vieira, não era Wilson, não era Honório: era Coutinho. Pelé e Coutinho, na frente de ataque do Santos, foram aquilo que, mais tarde, Pelé e Tostão representaram na selecção brasileira: os reis da tabelinhas. Por isso o seu nome por extenso não teve a importância de uma pergunta feita no País das Maravilhas, ele que também foi o Príncipe da Vila e o Pé de Vidro. Pelé pode ter aparecido na equipa principal de Vila Belmiro aos 16 anos, mas Coutinho surgiu aos 14. Era um menino, mas não em inho...
Em 1957, o ano em que Coutinho vestiu pela primeira vez a camisola do Santos, havia um comentador de rádio muito famoso no Brasil chamado Ernani Franco. Os brasileiros brincam um bocado com os acentos circunflexos. Metem-no no Antônio de Coutinho e tiram-no do Ernâni de Franco. Enfim, manias... Ernani, sem agá e sem acento, embirrou com o nome de Coutinho tanto como Nelson Rodrigues. Tentou convencê-lo a chamar-se Toninho. Honório não esteve pelos ajustes: qual Toninho?; seria Coutinho, com u, acrescentando uma letra à sua alcunha de infância, Coutinho, ele que ainda nem conseguira ver-se livre da infância. Ficou Coutinho. E não tardou a ficar para sempre ao lado de Pelé na parede branca da memória de todos os que os puderam ver juntos, gémeos do golo, como aconteceu numa noite abracadabrante no Estádio da Luz, em 1963, arrasando o Benfica campeão da Europa.
Pelé e Coutinho eram retintos e ás vezes confundiam-nos: «Quando eu fazia uma jogada linda, falavam que era o Pelé. Quando eu errava um passe ou chute, era o Coutinho». Nunca suportou a injustiça. Por isso, quando acabou a carreira calou-se. Nem jornais, nem rádios, nem televisões. Abandonou as palavras e fechou-se dentro da sua concha de ressentimento.
Coutinho talvez tivesse escondida dentro de si a simpatia pungente de um barnabé mas, em campo e frente às balizas, não tinha nada de humilde pai de família. Era invejoso dos seus golos na medida em que era generoso nos que oferecia a Pelé. Um dia, Tostão escreveu sobre ele: «As tabelinhas entre Coutinho e Pelé, foram as mais bonitas do mundo. Coutinho se movimentava em um ou dois metros, recebia a bola e, antes do zagueiro antecipar, tocava de primeira para Pelé, que voltava para Coutinho, que voltava para Pelé, até um dos dois fazer o gol. Coutinho era um centroavante fino e que, raramente, fazia um gol de longe ou com um chute forte. Seus toques eram curtos e precisos. Às vezes, a bola nem balançava as redes. Coutinho tratava a bola com tanto carinho, o que é raro no centroavante, que ela, agradecida e seduzida, parecia beijar seus pés».
Irritado com as confusões, Coutinho passou a jogar com um lenço branco amarrado ao pulso direito. Não voltaria a ser Pelé. Nem Honório, nem Toninho. E esfumou-se como Hamlet: «O resto é silêncio»."

Os penáltis também são notícia mesmo quando não aparecem

"Fonte privilegiada de discussão entre os amantes do futebol, os penáltis são notícia quando (bem ou mal) assinalados, mas igualmente quando os árbitros (correta ou incorrectamente) não os vislumbram. Esta época, depois de terem sido sancionados 14 durante as três primeiras jornadas, a quarta ronda não trouxe nenhum. Com efeito, nas nove partidas realizadas os juízes em campo – aqui e ali acolitados pelos seus pares presentes na Cidade do Futebol, na função de VAR – não encontraram razão para marcar qualquer penálti. Não foi, claro, a primeira vez que tal sucedeu no futebol nacional mas, consultadas as listas, facilmente se percebe que não é algo que aconteça com muita regularidade. Nem por cá, nem lá fora, independentemente do país ou do escalão em análise. 
Desde a 12.ª da época passada que não havia uma jornada sem penáltis. Durante longas 25 rondas foi sempre assinalada pelo menos uma falta defensiva dentro da grande área. Mas as excepções, apesar de diminutas, surgem todas as temporadas. Pelo menos tem sido assim na última década, com o registo de jornadas sem castigos máximos a oscilar entre 1 e 3. Será diferente esta época? Ainda é cedo para perceber. Nas três temporadas anteriores surgiu sempre uma ronda ‘a zeros’ até à jornada 6 e nem por isso, no final, o total estava fora da bitola habitual.
Vejamos, por outro lado, o actual aproveitamento dos penáltis: 78,57% de eficácia, resultado de 11 conversões em 14 tentativas. Tabata (Portimonense) e Arabidze (Nacional) já falharam, o mesmo sucedendo com o benfiquista Ferreyra que, logo na ronda inaugural, desperdiçou com o V. Guimarães. Neste último caso, porém, o erro do argentino ficou directamente ligado à defesa de Douglas. O guardião brasileiro dos minhotos é o único que, até este momento, logrou parar um castigo devido à sua intervenção. Quem será o próximo? Talvez na próxima ronda se saiba, isto admitindo que na jornada 5 haverá penáltis...

Sabia que...
- O Portimonense sofreu sempre dois golos? Há sete equipas (Nacional, Aves, Santa Clara, Moreirense, Rio Ave e Tondela são as outras) que encaixaram golos nas quatro rondas, mas os algarvios são os únicos com tal ‘regularidade’.
- O Tondela teve expulsões em três das quatro rondas? Ricardo Costa, Tomané e Arango foram as ‘vítimas’ dos vermelhos. Curiosamente, isto não impede os beirões de serem (a par do FC Porto) os líderes do ranking dos pontapés de canto, com 32.
- Há duas equipas ‘alérgicas’ aos foras-de-jogo? O Rio Ave é a única formação que ainda não foi apanhada em situação de adiantamento, enquanto o Boavista não colocou os adversários nessa ‘ratoeira’ uma só vez.
- Os três grandes já estão no topo da lista de remates efectuados? O Benfica segue na frente com 65 ‘disparos’, enquanto FC Porto e Sporting são segundo e terceiro, com 62 e 61, respectivamente. No fundo estão V. Guimarães e Boavista (ambos com 34)."

Provedores da RTP e futebol profissional

"Será que o Governo vai mudar de política, no que toca à propaganda do futebol e toda a alienação que ela provoca no povo?

Dia 20 de Julho de 2018, foi para nós um dia feliz, já que, finalmente, após 50 anos a dizer o mesmo, encontrámos nos Provedores da RTP, Estação Pública, “Almas Gémeas”, no que toca ao comunicado no qual defendem que o Serviço Público deve “reduzir o número de notícias sobre futebol” e “abster-se de dar voz às figuras conhecidas por fomentarem o estilo incendiário”.
Para já gostaríamos de enaltecer a personalidade e o carácter destes Provedores, que não conhecemos, de todo, nem sequer os seus nomes, pois é preciso fibra para tomar tal decisão, embora 100% correcta mas que certamente desagradará ao Governo, porque assim os cidadãos ficam menos “alienados” e começam a ficar mais atentos à dívida pública, que não para de aumentar, à gasolina, que é a mais cara da Europa, no País mais pobre da mesma Europa, aos impostos, que nunca foram tantos e tão altos (carga máxima) e sobre tudo à “doutrina da mentira plausível” (desinformação), que é aflitivamente usada em muitas matérias, como o assalto a Tancos, a morte de  Comandos, o número de Desempregados, o total das Cativações, etc., etc....
E diremos mais, arriscam ser despedidos ou “Promovidos” para um lugar criado à pressa, de grande necessidade e urgência, na Ilha do Pico, pois, nos Açores.
“É que quem se mete com o “PS”, leva!”. Não podemos esquecer esta frase que foi proferida por um sociólogo (?), que de político democrata nada tem, pois tal frase é o exemplo vivo de uma atitude anti-democrática e que pode ser interpretada como uma ameaça.
No Governo do Dr. Mário Soares, esse cidadão do Norte não teria qualquer lugar disponível, pois poria em causa a Doutrina do Diálogo, da Concórdia, da Convivência Pacífica e Civilizada e, do Espírito Agregador da Social Democracia, que sempre caracterizou o “PS” do Dr. Mário Soares.
Mas de facto, perguntamos a nós próprios, o que mudou na nossa “RTP”, paga e subsidiada com os nossos impostos, com taxas e tudo o que vão inventando para nos espoliarem, por que, na realidade, é uma medida tão acertada, tão urgente e esclarecida, que nunca poderia ter vindo deste Governo, daí a nossa surpresa e, ao mesmo tempo, agrado. Mas, diz o Povo: “quando a esmola é grande, o pobre desconfia...”.
Será que o Governo vai mudar de política, no que toca à propaganda do Futebol e de toda a Alienação, que ela provoca no Povo, com as consequências, dramáticas, que estão à vista de todos? 
Será que a Remodelação vem aí devido aos “Mirtilos”, na Secretaria da Juventude, e a outras incompatibilidades investigadas pelo Ministério Público?
De qualquer forma fica aqui o registo da tal decisão dos Provedores da “RTP”, que, esses sim, demonstram ser espíritos esclarecidos, pós-modernos, com responsabilidade cívica, com sentido da cidadania, e que estão a actuar protegendo e defendendo a Democracia, daquela lavagem, aos cérebros dos cidadãos, que é feita a todas as horas, de todos os dias, levando à alienação total dos cidadãos e ao desinteresse pelos problemas da Grei, e, sobre tudo, ajudando os portugueses a serem mais esclarecidos, de modo a poderem votar, mais nos interesses do País, e não de grupos ou de pessoas individuais. Isso é de tal maneira importante, e urgente, que fomos ultrapassados nas nossas expectativas, e por isso queremos agradecer em nome do interesse de todos, mas, acima de tudo, da Democracia e da Cidadania, a lucidez, a coragem e a independência, desses Provedores da “RTP”. 
Bem hajam..."

Está dito...

"Não actuamos em defesa de ninguém, apenas clarificamos o que não é claro à partida. A Comunicação Social na nossa opinião faz um mau serviço, a diferença entre nós e a Comunicação Social é que esta tem o objectivo de vendas e audiências, enquanto que nós só temos o objectivo de apurar a verdade, clarificar ou fazer chegar a informação correta aos nossos seguidores.
Dito isto, vamos apresentar aqui alguns factos que estão a ser omitidos por parte da comunicação social e que podem induzir em erro todas as pessoas que seguem com atenção o caso E-Toupeira. 
Primeiro, é importante percebermos que é um dever do Ministério Público criar uma tese para que exista uma acusação formal. A tese não é um julgamento mas sim uma acusação da qual o arguido se irá defender. Dito isto, a tese é tão importante para a acusação como para o próprio arguido porque a defesa será baseada na tese do Ministério Público. Como o caso envolve suspeitas de manipulação do sistema judicial, é até normal que o Ministério Público queira fazer deste caso um exemplo.
Em segundo lugar, algumas noticias de hoje dão conta que o Benfica tinha acesso a dados de "árbitros" e "observadores". Mais uma vez vamos clarificar a situação porque é o nosso dever enquanto página imparcial e transparente. Não defendemos nenhuma das partes envolvidas mas importa que se saiba que desta lista os nomes mencionados são todos de ex-árbitros, maioria ligados ao apito dourado e que o observador Júlio Loureiro envolvido no caso também não era observador à data dos factos imputados. Mais uma vez reafirmamos (ver também últimas publicações com vídeo) que não existe qualquer tipo de ligação deste caso com resultados desportivos e este é provavelmente o ponto com mais interesse para os adeptos do Benfica e dos seus rivais e também será por aqui que o Ministério Público irá enfrentar mais dificuldades relativamente ao que propôs com a sua tese. Este é um facto que deve ser mencionado, embora parte da Comunicação Social naturalmente prefira optar pelo "suspense" desportivo para alimentar os debates televisivos.
Finalmente, em terceiro lugar queremos clarificar a situação das alegadas contrapartidas para José Silva e Júlio Loureiro, os dois funcionários envolvidos no caso. A acusação fala em ofertas de merchandising e bilhetes para os jogos do Benfica. Sabemos que a defesa do Benfica irá sublinhar que a acusação é baseada em deduções ao invés de provas concretas, tal como nós havíamos referido. Parece-nos a nós que da parte do Benfica tem sido normal este tipo de conduta, por vezes evitável. O caso dos vouchers foi exemplo disso, o que estará em causa neste caso é o mesmo tipo de supostas contrapartidas que Paulo Gonçalves terá oferecido. Neste contexto não existe até agora uma ligação óbvia à SAD, sabemos que é uma conduta normal dentro do Benfica fazer este tipo de ofertas através dos seus directores ou funcionários com acesso ao merchandising e bilhetes para jogos da equipa profissional. Por este motivo é importante as pessoas perceberem que isto não é um caso isolado, é prática comum dentro do Benfica. Assim sendo terá de ser provado que as supostas ofertas serviram de facto como contrapartidas como também terá de ser provado que dentro de centenas ou milhares estas em especifico eram conhecidas pela SAD.
A fechar, e porque só nos temos baseado em factos e em informação prestada por quem tem conhecimento de causa, achamos que podemos também dar a nossa opinião. Há uns tempos atrás falámos de Paulo Gonçalves como alguém que conhece bem o futebol português e que passou por vários clubes, incluindo o Futebol Clube do Porto. É um homem da confiança de Luis Filipe Vieira e por isso acreditamos que não trairia a sua confiança. Não julgamos já Paulo Gonçalves porque não entendemos que existam provas concretas que Paulo Gonçalves corrompeu algum dos funcionários judiciais. Temos conhecimento que é prática comum dos clubes portugueses oferecerem diversos bilhetes à elite da sociedade e a pessoas com ligações aos clubes, incluindo juízes/procuradores, políticos, ex árbitros, ex atletas entre outros. É por isso para nós difícil ser provado que os funcionários judiciais se tenham corrompido por bilhetes para jogos de futebol e merchandising do clube. É até para nós mais convincente a teoria de que os funcionários por pura falta de profissionalismo e por clubismo teriam cedido informações a Paulo Gonçalves. Repudiamos qualquer tipo de conduta que meta em causa o sistema judicial e por isso mesmo achamos que é importante investigar Paulo Gonçalves em pormenor, porque é de facto a personagem principal deste caso. Temos também a opinião de que, será impossível relacionar este caso com resultados desportivos quando não existe qualquer tipo de ligação a agentes desportivos que pudessem ter influência e desvirtuassem a competição desportiva. O caso como temos vindo a referir é sobretudo do âmbito social. Quando a Comunicação Social fala mais uma vez em árbitros e observadores, esquece-se ou encobre propositadamente o resto da informação porque é do interesse dos media alimentarem o assunto. É precisamente por isto que criámos esta página, para a informação correta chegar a todos. Voltando ao que referimos anteriormente, é prática comum os clubes convidarem pessoas da elite da sociedade para os seus jogos. Não nos podemos por isso esquecer do facto mais importante, todas as pessoas podem ter simpatia por um clube e por isso a suspeita é facilmente criada e alimentada. Podemos dar o exemplo de Centeno que foi criticado por ter acesso a convites para ver jogos no estádio da luz, um caso que foi imensamente debatido e entretanto foi arquivado por falta de provas concretas. Lembramos por exemplo que o árbitro Manuel Oliveira foi visto no camarote do Dragão num jogo do FC Porto e foram levantadas na altura algumas suspeitas. Também podemos mencionar o facto de Frederico Varandas ter na sua lista (confirmado pelo próprio há poucos dias) juízes e vários procuradores. Concluindo, é para nós claro que há um problema de clubismo em Portugal, possivelmente haverá de quem comete crimes para beneficiar o seu clube, mas por outro lado há com toda a certeza clubismo da parte de quem levanta tantas suspeitas não fundamentadas em torno de simples profissionais que têm todo o direito em ter a sua simpatia por clube X ou Y. Esperamos por isso que este não seja mais um caso que caia por falta de provas concretas.
(...)"

E-Toupeira. A acusação do Ministério Público que acusa a Benfica SAD de corrupção desportiva

"O Ministério Público sabe que não poderia acusar o Benfica no caso E-Toupeira por actos destinados a alterar ou falsear o resultado de uma competição desportiva (crime esse que prevê a suspensão de participação em competições desportivas por um período de seis meses a três anos) sem que houvesse uma ligação directa entre actos de corrupção administrativa e a vertente desportiva.
Sendo suborno a funcionários judiciais para obter acesso indevido a processos e informação que deveria de estar em segredo de justiça um acto de corrupção, ela não é suficiente para que seja aplicada a pena acessória prevista no Artigo 4º da Lei n.º 13/2017 e Lei n.º 50/2007 que leva à suspensão de participação em competições desportivas sem que se confirme que a informação obtida ilegalmente pelo Benfica se destinava “a alterar ou falsear o resultado de uma competição desportiva”.
Para fazer a ligação entre corrupção administrativa e corrupção desportiva o Ministério Público público acha importante revelar que um dos dois funcionários judiciais que foi constituído arguído é “observador de arbitragem”. O funcionário em questão é Júlio Manuel Loureiro, que para além de ser observador de arbitragem também é funcionário judicial do Tribunal de Guimarães. Acontece porém que Júlio Loureiro, natural de Fafe, foi árbitro e observador de árbitros da Primeira Liga até 2015/2016, mas desde 2016/17 que é observador de arbitragem no campeonato nacional de séniores e não da Primeira Liga.
Curiosamente, o Ministério Público alega no seu comunicado que “tais condutas ocorreram designadamente, durante as épocas desportivas 2016/2017 e 2017/2018” , mais propriamente, “desde Março de 2017”. Isto é, como pode então o Ministério Público alegar corrupção desportiva sendo que Júlio Loureiro já não era observador de árbitros da Primeira Liga desde 2016/17?
Mais, quando o caso E-Toupeira veio a público em Março de 2018, eram sete os arguídos e não quatro, sendo que um deles era empresário de jogadores. Mas este empresário de jogadores não foi afinal agora constituído arguído, o que torna ainda mais difícil fazer a ligação entre corrupção administrativa e corrupção desportiva."

Uma acusação descodificada...

"As Procuradorias Gerais Distritais do Ministério Público devem comunicar com o Povo, explicar o que fazem e porque o fazem. Ontem, a Procuradoria Geral Distrital de Lisboa anunciou o fim da fase de inquérito no processo denominado “e-toupeira”, divulgando a acusação de Paulo Gonçalves e da Sport Lisboa e Benfica SAD por um conjunto de crimes.
Não são todos os processos que merecem este tratamento, divulgação do encerramento da fase de inquérito antes da notificação aos arguidos. Mas este é um processo especial, envolve o Universo Benfica. Nem o titular da Acção Penal lhe resistiu. Pela manhã já sabíamos mais qualquer coisa: existiam sanções acessórias ou de coação promovidas pelo Ministério Público, que afastariam o Benfica das competições e que o Benfica era acusado de 2 crimes.
Tudo falso, garanto-vos. Quem divulgou isto não sabe ler os documentos até ao fim, ou confunde um férreo desejo com a verdade. Interessa-me, sobretudo, o Benfica. Ao resto aplica-se a lei que tem garantias processuais que são completamente ignoradas na animação que se segue.
Vamos, então, ao que interessa:
a) As presunções servem para construir raciocínios lógicos não substituem factos incriminadores;
b) Apesar de se presumir que os arguidos pessoas singulares agiram no interesse e para benefício da Sport Lisboa e Benfica SAD e seus elementos, ficamos sem saber que elementos são esses porque nenhum membro de órgão social foi acusado; ora, não sendo o advogado um dirigente da SAD, fica por demonstrar como chega o Ministério Público à SAD;
c) Se a actuação do advogado foi preparada e executada a mando de alguém, a quem reportava, ficamos a saber que por email não era, e por outra forma escrita também não, nem mesmo por conversas telefónicas, se assim fosse esses elementos já estariam cá fora há muito tempo; se não estão é porque não existem;
d) Os benefícios e donativos, alegadamente, entregues consistiam em bilhetes para jogos, casacos desportivos, camisolas; não serão uma pechincha para uma SAD com volume de negócios a rondar 200.000M€? São milhares as ofertas dessas se fazem numa época, incluindo os famosos vouchers, cuja legalidade já foi reconhecida pela justiça desportiva. Ninguém garante que tais ofertas não foram diluídas noutras e que são, no conjunto, efectuadas à custa do património da SL Benfica SAD;
e) Não existem regras de controlo e monitorização destas ofertas? Não são ilícitas estas ofertas de diminuto valor, nem ilícita é a ausência de normas escritas sobre a sua atribuição. O Benfica é como o que fica para lá do Marão: mandam os que lá estão! E o que tem o Ministério Público com isso!? 
Chegando à corrupção, estranhamos que a acusação da SL Benfica SAD não seja acompanhada de qualquer administrador, ou mesmo do seu Presidente. Sempre tinham razão no que diziam! Não há nada – de concreto - que os relacione com as práticas investigadas, caso contrário estariam constituídos arguidos e acusados. Ai do Procurador que omitisse este dever funcional! Olha, olha…! Estava feito com a SIC e a CM TV. Eu sei que queriam que o Paulo Gonçalves fosse o Benfica e o Benfica fosse o Paulo Gonçalves. Mas não é, garante-nos a divulgada acusação e temos milhões de testemunhas! Temos pena!
Portanto, imputação de corrupção é uma razão “Freudiana”.
Quanto ao crime de oferta ou recebimento indevido de vantagem (artigo 10.º-A da Lei n.º 50/2007, de 31 de Agosto), é matéria para especialistas, alguns dos quais fui ouvindo ao longo do dia! Atirando a moeda ao ar, atrevo-me a dizer que nunca lá chegarão. Essa lei visa prevenir a prática de ilícitos anti-desportivos, nas relações entre “agentes desportivos”. No caso, a malta da bola (jogadores, árbitros, delegados, observadores, clubes, SAD). Entre um advogado de um clube, um funcionário judicial e um trabalhador do IGFPJ não se estabelece uma relação desportiva, puxem por onde quiserem e se a corda partir, beneficia-se o arguido! Podem até dizer que um deles tinha sido observador, árbitro, ou lá o que seja. Mas descansem os benfiquistas que não foi nessa função, foi na outra, pública, que se exerce em exclusividade, que se viu envolvido nesta história. O Dr. Ricardo Costa (um dos cardeais deste País) e a tropa que comanda, não querem saber destas minudências, mas eu também não quero saber deles. Não lhes comprava um carro em segunda mão, depois de os ouvir falar sobre estes assuntos. Querem é vender!
E assim vai “ao ar” a lenga-lenga das sanções acessórias desportivas que tantas alegrias tem dado.
E a sanção desportiva regulamentada também será para entreter o pensamento da Comissão de Instrutores e do Conselho de Disciplinar. Têm de se entreter a pensar nisto e a escrever algo que se aplique para a próxima época a quem viola segredos vários às terças.
E se passarmos à punição da SAD pela lei penal geral também, não temos muito com que nos preocupar. Interdição de exercício de actividade só se fossem cometidos crimes na actividade que se pretende interditar. Era preciso que a Benfica SAD treinasse e jogasse com computadores portáteis, em vez de bolas. E os golos fossem emails enviados. Escusado será dizer que o Benfica não tentou contratar, para o plantel 2018/2019, nenhuma toupeira. Para estragar relvados, por essa liga fora, já bastam os métodos do costume.
Quanto à privação do direito a subsídios, subvenções ou incentivos… Sem problema! O FC Porto que fique com eles todos. Têm anos na experiência de bem sacar!
Por fim, sobre a dissolução… perguntem à Joana Amaral Dias!
Termino, com seriedade. Enfrentamos um processo que será complicado, mas acredito na justiça portuguesa. Acredito que estamos perante uma acusação nula, desprovida de factos e com um errado enquadramento jurídico e, acima de tudo, que o Benfica ganhou justamente, muitas vezes contra as arbitragens e os poderes ocultos do futebol português, que também voltaremos a enfrentar na acção disciplinar. Deve ser esta a causa maior dos benfiquistas, depois de ganhar tudo esta época."

Contra factos não existem argumentos

"Se o Benfica continuar a ganhar por mais 3 anos seguidos vai liquidar a totalidade da dívida, e vai transformar-se num clube que vai gerar dinheiro de tal forma a poder lutar com os maiores clubes do Mundo de igual para igual. Aí sim vai tornar se num clube sem concorrência em Portugal, o que realmente está a assustar os poderes com clubismo.
Tudo isto, porque os que sabem da matéria, também sabem que vem agora uma fornada de jogadores da academia que pode valer no prazo de 3/6 anos cerca de mil milhões de euros, e a acrescentar a essa fornada da qual começam a aparecer os primeiros formados na equipa A, que já são chamados de meninos 120M, outras vem atrás com o mesmo nível!
Qual o motivo? Por ser a melhor escola formadora da actualidade na Europa, os próprios miúdos preferem ir para o Seixal mesmo ganhando menos, porque sabem que de lá vão sair com futuro garantido.
Meus caros, é isto que está a assustar muita gente, e é isto que querem travar a toda a força, mas é isto que dá cada dia mais força e união para que se caminhe sempre na direcção certa e com prestígio. 
“Reforços vejo todos os dias no Seixal” LFV"