sábado, 13 de janeiro de 2018

Para ganhar...

Benfica 6 - 3 Braga

Bom jogo, boa dinâmica ofensiva... algumas distracções evitáveis, defensivamente!

Amanhã temos a Final com os Lagartos, que suaram muito hoje para vencer o Fundão... e nos segundos finais, a pressão habitual do banco Lagarto lá levou a água ao seu moinho!!!
O Fernandinho ainda não está completamente adaptado, o Ângelo não tem jogado (foi pai...), o Chaguinha ainda está longe do regresso, de resto parece que estamos num dos melhores momentos da época... vamos ver!!!



PS: Parabéns ao Samuel Barata, pela vitória no Nacional de Estrada de Atletismo...

Vitória, mesmo em inferioridade numérica...

Benfica B 3 - 2 Oliveirense


Bom jogo, com resultado demasiado apertado... que permitiu ao apitadeiro fazer tudo para o Benfica não ganhar o jogo: inacreditável a expulsão do Diogo Mendes!

Vitória em Esmoriz

Esmoriz 0 - 3 Benfica
15-25, 13-25, 15-25

Obrigação cumprida...

Derrota no Palau...

Barcelona 2 - 0 Benfica

Jogo bastante diferente da partida da Luz, desta vez, houve mais cautelas... dos dois lados, mas voltámos a ser menos eficazes... o Livre Directo desperdiçado, foi decisivo.

Agora é fácil: é ganhar na Suíça e depois ganhar aos Italianos na Luz...

Treinadores, escritores e imbecis morais

"Ouvi alguma gente do Benfica mostrar-se relativamente satisfeita com aquele tipo sensato de respostas fornecidas por Rui Vitória perante a curiosidade pueril da generalidade da imprensa a propósito da recente investida de Sérgio Conceição, um dos maiores desordeiros do futebol nacional, contra o carácter do treinador da equipa tetracampeã nacional.
A ideia que ficou entre os apaniguados do Benfica – e, não necessariamente, apaniguados de Rui Vitória porque depois de perder o comboio de três competições no espaço de um mês não há treinador a quem sobrem muitos amigos – é que Vitória foi, uma vez mais, igual a si próprio. Um sujeito basicamente cordato, avesso a provocações e que, por isso mesmo, se vai recusando a dar troco a rufias. Foi este o pequeno conforto – as boas maneiras – disponibilizado pelo treinador do Benfica aos benfiquistas no momento em que o mais popular entre todos os clubes portugueses vem sofrendo o maior ataque que alguma vez sofreu de modo tão concertado ao longo de cento e alguns anos da sua História.
Não tendo, de facto, nada a opor ou a corrigir à maneira como Rui Vitória vai lidando o gado bravo nas arenas da comunicação, permito-me, no entanto, sucumbir a um momento de nostalgia evocando a personalidade do treinador inglês Jimmy Hagan, que passou pelo Benfica na década de 70, nunca se dando ao trabalho de debitar mais do que duas palavras sempre que o vinham aborrecer com perguntas maçadoras: "No comments!" E mesmo quando as questões eram menos maçadoras, e até de algum modo interessantes, Hagan raramente se alargava em considerações que extravasassem o seu laconismo de marca e lá seguia distribuindo democraticamente os seus "no comments!" até que a multidão sedenta de manchetes desistisse de o importunar. Mas, para uma coisa destas, só um inglês do século passado.
O Benfica venceu no campo do Tondela e no campo do Moreirense porque os seus adversários fizeram o frete aos campeões nacionais. Entretanto, o Benfica joga esta noite em Braga para a discussão do 3.º lugar da tabela e se, eventualmente, conseguir vencer o seu adversário também se insinuará que o Sporting de Braga de Abel Ferreira lá fez o frete ao Benfica. É esta a sugestão maldosa que o presidente e a maltosa que gere a página do director de comunicação do Sporting e ainda a linha editorial do canal oficial de televisão do clube apostaram em fazer correr ao longo da semana. Um escritor escocês, John Buchan, definiu em 1924 num dos seus curiosos romances de aventuras exóticas um certo tipo de personagens lamentáveis a quem chamou de "imbecis morais", uma espécie de "fanáticos" que subsistem do "ódio selvagem contra qualquer coisa". De facto, para uma ficção destas, só um escocês do século passado."

Acreditar e escrever o nosso futuro

"É justo reconhecer o mérito do líder do campeonato. Sérgio Conceição tem mais jeito para treinar do que para dar conferência.

O Benfica cumpriu em Moreira de Cónegos as suas obrigações, mantendo viva a chama da luta pelo seu principal, objectivo. Gostei da primeira parte, onde o resultado podia ser mais dilatado. Os primeiros 20 minutos do segundo tempo, foram de menor rendimento, mas as substituições de Rui Vitória equilibraram a equipa que ganhou sem macula nem reparo.
O grego Samaris sistematicamente castigado à margem da lei, saiu lesionado num jogo onde o Moreirense podia (e devia) ter ficado reduzido a dez. Agressividade descontrolada coloca no estaleiro jogadores importantes, imagino as análises se os lances fossem ao contrário.
Jonas voltou a marcar, e acaba a primeira volta com números impressionantes, que só não são maiores porque em Moreira de Cónegos falhou dois ou três golos invulgares, e porque para se marcar um penalty a favor do Benfica é preciso haver no mínimo três em cada jogo.
Este fim-de-semana dobramos a primeira volta com cinco pontos de atraso, o que não seria muito não fosse o nosso Campeonato um dos mais desequilibrados e onde a perda de pontos é muito escassa. Os verdadeiros candidatos não vão perder muitos pontos até ao fim, e por esta razão a deslocação à Pedreira é crucial para o título. Só vejo dificuldades para sábado: o SC Braga é um excelente adversário, o estádio é tradicionalmente difícil e a posição na tabela obriga à conquista dos três pontos. Temos mesmo que fazer um jogo sem mácula para vencer em Braga e embalar para uma segunda volta que nos permita lutar pelo título de campeões nacionais, que, para desespero de alguns, ostentamos nas nossas camisolas há quatro anos.
Há no entanto mérito na liderança do campeonato. O líder apenas perdeu dois pontos em jogos extra-confortos dos candidatos e tem feito um óptimo percurso. Parece de elementar justiça reconhecer esse mérito. Diria até que Sérgio Conceição mostra mais talento para treinar do que para dar conferências de Imprensa, como se viu esta semana reconhecido pelo próprio.
Não antevejo tempos fáceis pelo estado da arte. Ambiente geral e predisposição direccionada, diria até que no futebol em Portugal, vamos ter um futuro cheio de passado. Ainda assim, temos que acreditar e tentar escrever o nosso como o desejamos."

Sílvio Cervan, in A Bola

Benfiquismo

"Não me apetece escrever sobre iníquos cuja vontade de ganhar serve de pretexto suficiente para perpetrar uma campanha vergonhosa e atentatória do bom-nome do Benfica, muito menos sobre incompetentes que se deixam coagir por trogloditas ou difamadores. Pelo contrário, referirei exemplos, ocorridos nesta semana, do que me motiva enquanto benfiquista e amante do desporto. A cadência goleadora de Jonas é tal, que, por vezes, ofusca o brilhantismo das suas acções em campo. A inteligência apurada e a técnica requintada empregadas pelo nosso avançado em campo são raras, ainda mais se agrupadas. Acresce a águia ao peito, e os golos, imensos, para todos os gostos e feitios, além dos títulos, perfazendo a simbiose perfeita que me leva, não a invejá-lo, mas a admirá-lo profundamente por ser o homem que personifica a fantasia mais arreigada na minha existência, a de ser o melhor futebolista do Benfica.
Na basket, um minuto, que prometia arrastar-se por ser o último de um jogo decidido, tornou-se no mais interessante da partida. Imprevisivelmente, um jovem da equipa B concretizou três triplos consecutivos. Acontece que esse miúdo carrega o apelido pesado do seu pai, Lisboa. Não sei se o Rafael atingirá o estrelato na modalidade, mas os genes estão lá. E sobretudo tem a capacidade de trabalho que lhe permite sonhar e, para já, ter protagonizado um momento inesquecível.
Por fim, o falecimento de Gaspar Silva, aos 94 anos, votado ao esquecimento - talvez seja este o maior problema da velhice - cujo contributo incomensurável para a causa benfiquista nunca deverá ser olvidado. Viver o Benfica é também reconhecer e agradecer o contributo de quem tanto o ajudou a crescer. Obrigado!"

João Tomaz, in O Benfica

O peso do nome

"Rafael Santos Lisboa é jogador de basquetebol do SL Benfica. Tem 18 anos e fez 15 pontos no jogo contra o Terceira Basket, três triplos num minuto. Sim, é filho de Carlos Lisboa, o melhor jogador português de todos os tempos. E a responsabilidade de trazer o apelido nas costas já é suficientemente grande. Não precisa de comparações nem do elevar de expectativas que quase sempre se fazem nestas situações. Não é caso único no desporto mundial haver pais e filhos a praticar a mesma modalidade. O que é mais complicado é encontrar duplas destas que tenham alcançado enorme sucesso nas suas profissões. Alguém se lembra de um título relevante de Jordi Cruyf? E uma conquista brilhante de Edinho, o filho de Pelé?
No basquetebol também não é caso único. Stephen Curry, por exemplo, estrela dos Golden State Warriors, é filho de Dell Curry, que jogou na NBA, nos Charlotte Hornets. E num exemplo que no diz mais respeito, Jean Jaques, campeão pelo SL Benfica e pela selecção de Angola, também tem um filho a seguir-lhe as pisadas, Jaques Conceição.
Rafael e Carlos são duas pessoas diferentes. E é isso que é preciso entender quando assistimos à chegada à equipa principal de Rafael. Sim, os genes estão lá - e o sonho dos adeptos também -, mas este é o culminar de um percurso nas camadas jovens do clube, após anos de trabalho e dedicação, por parte dele e da sua família. É o prémio para o talento e entrega de Rafael. E ele está a responder como tem feito ao longo de ainda curta carreira: jogando bem, marcando triplos e mantendo aquele sorriso de felicidade que demonstrou no jogo da semana passada. Deixem-no crescer e ser aquilo que ele tiver de ser. Em nome próprio."

Ricardo Santos, in O Benfica

De bonecos percebo eu

"Depois de uma semana em que tanto se falou de bonecos, não resisto em debruçar-me também sobre o tema - sendo ainda uma criança, a bonecada é uma ciência que domino com alguma perícia. Curiosamente, o indivíduo que trouxe a matéria para cima da mesa é quem mais personagens me suscita no imaginário sempre que o vejo.
Quando assumiu o leme do Olhanense fazia lembrar o Tintim - corajoso e perspicaz. Assinou pela Académica e demonstrava alguns traços de Sonic - engenhoso e carismático. No momento em que chegou ao SC Braga, transfigurou-se numa espécie de Capitão Gancho - impiedoso e emproado. Pode não ter acabado com um pontapé para o meio do mar na Terra do Nunca, mas acabou com um pontapé para o meio da mata no Estádio do Jamor.
No Vit. Guimarães, meio Calimero - choramingas e ardiloso - meio Sr. Cabeça de Batata - palerma e casmurro. No Nantes, primeiro Mickey - interessante e cativador - e depois  Scar - desonesto e desleal. Agora, ao leme do clube actual, vai-se assemelhando a diversas figuras. Ora a Randall Weems - sonso e dissimulado; ora a Cruella de Vil - narcisista e arrogante; ora a madrasta da Branca de Neve - 'Espelho meu, espelho meu, haverá alguém mais belo do que eu?' Dizia, há não muito tempo, esse jovem treinador da nossa praça: 'Os meus pais eram analfabetos, mas sempre me passaram princípios fantásticos. Esses princípios têm que ver com dignidade. Esta semana sofri com isso tudo, porque sou pai de cinco filhos, tenho irmãos e família. É só isto que quero dizer.' É alguém que se rege, como se percebe, por uma conduta nobre e distinta - mas só em anos bissextos.
Se este texto tem destinatário? Tem, é o Sérgio Conceição."

Pedro Soares, in O Benfica