sábado, 13 de janeiro de 2018

Benfiquismo

"Não me apetece escrever sobre iníquos cuja vontade de ganhar serve de pretexto suficiente para perpetrar uma campanha vergonhosa e atentatória do bom-nome do Benfica, muito menos sobre incompetentes que se deixam coagir por trogloditas ou difamadores. Pelo contrário, referirei exemplos, ocorridos nesta semana, do que me motiva enquanto benfiquista e amante do desporto. A cadência goleadora de Jonas é tal, que, por vezes, ofusca o brilhantismo das suas acções em campo. A inteligência apurada e a técnica requintada empregadas pelo nosso avançado em campo são raras, ainda mais se agrupadas. Acresce a águia ao peito, e os golos, imensos, para todos os gostos e feitios, além dos títulos, perfazendo a simbiose perfeita que me leva, não a invejá-lo, mas a admirá-lo profundamente por ser o homem que personifica a fantasia mais arreigada na minha existência, a de ser o melhor futebolista do Benfica.
Na basket, um minuto, que prometia arrastar-se por ser o último de um jogo decidido, tornou-se no mais interessante da partida. Imprevisivelmente, um jovem da equipa B concretizou três triplos consecutivos. Acontece que esse miúdo carrega o apelido pesado do seu pai, Lisboa. Não sei se o Rafael atingirá o estrelato na modalidade, mas os genes estão lá. E sobretudo tem a capacidade de trabalho que lhe permite sonhar e, para já, ter protagonizado um momento inesquecível.
Por fim, o falecimento de Gaspar Silva, aos 94 anos, votado ao esquecimento - talvez seja este o maior problema da velhice - cujo contributo incomensurável para a causa benfiquista nunca deverá ser olvidado. Viver o Benfica é também reconhecer e agradecer o contributo de quem tanto o ajudou a crescer. Obrigado!"

João Tomaz, in O Benfica

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