quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Onde andava este Benfica?

"1. Intensidade. Esta é uma das palavras mais usadas no futebol moderno e o derby de ontem foi um exemplo claro dos tempos que vivemos: corre-se muito em distâncias e em cada pique, mas isso não significa que se pense assim tanto. Rui Vitória que se viu ontem teve uma voracidade tremenda, que permitiu às águias sufocarem, durante 90 minutos, um adversário que nesta época tem apresentado um futebol mais maduro e sem os erros que os encarnados têm cometido. É mesmo caso para perguntar onde andou este Benfica até agora: uma equipa em alta rotação, pressionando sempre o homem da bola, ganhando segundas bolas, linhas sempre juntas, baliza sempre, não teria feito a Liga dos Campeões vergonhosa que fez. Mas significa isto que as águias jogaram assim tão bem? É sempre subjectivo porque a definição no último passe ou no remate. E os grandes jogadores, algo que, diga-se, não abundam na Luz. Por isso deve dar-se o benefício da dúvida a Rui Vitória: individualmente, o onze do Sporting é melhor que o do Benfica, mas o Benfica foi, como equipa, muito melhor que o Sporting. Isto quer dizer alguma coisa.
2. Nenhum treinador gosta de admitir que a sua equipa foi interior. Mas fica mal a Jorge Jesus fazer a análise que fez após o derby de ontem, quer na análise do jogo quer nos lances de arbitragem. Se noutros anos viu os leões superiorizarem-se às águias de forma categórica, ontem viu-se o inverso. E no que toca a clássicos, foi a segunda vez que vimos o Sporting a ser amplamente dominado, como se verificou no Sporting - FC Porto de Alvalade. Por isso mantenho a minha aposta: dos três grandes, os dragões continuam a ser os favoritos ao título."

Fernando Urbano, in A Bola

O plano B que se consolida, mas um atraso que aumenta

"Exibição do Benfica no dérbi é afirmação de uma nova ideia na Luz. Ainda irá a tempo?

Antes de mais, belo dérbi!
Agressividade, pressão alta na saída, espaços reduzidos por culpa também das defesas subidas, e um ritmo forte do princípio ao fim.
Um Sporting mais de contenção, mais na expectativa, e que sustentou ainda mais essa estratégia na vantagem no marcador.
Um Benfica que-já-perdeu-tudo-o-resto fiel à posse de bola, à construção em apoios curtos e à envolvência pelos flancos, uma ideia consolidada num plano B com três homens no miolo.
O resultado penaliza os encarnados, ainda a três pontos do Sporting, mas a cinco do FC Porto, uma margem já considerável se bem que com mais de uma volta de campeonato pela frente.
A exibição conseguida na primeira parte no Dragão precisava de um segundo capítulo para consolidar a ideia, e acredito, por aí, que a equipa sentiu-se superior ao rival de Alvalade no final dos 90 minutos.
Isso significa que o conjunto da Luz voltou a ter uma ideia, na qual o técnico já acredita há muito tempo, embora tenha demorado a aplicá-la, em que os jogadores cada vez mais confiam e da qual os adeptos podem, aparentemente, deixar de desconfiar.
Claro que não é perfeita. O plantel tem desequilíbrios para sustentar na perfeição mesmo esse 4x3x3 e, com maior rigor, até necessitaria de jogadores com outro perfil para uma ou duas posições do próprio onze-base. Do ponto de vista dos encarnados o ideal seria corrigi-los neste mercado.
O problema para o Benfica não é já a sua ideia – o que significa que já recuperou alguma coisa desde o início de temporada, em que até os jogadores acumulavam jogos e jogos em cima da desconfiança –, mas a regularidade dos rivais, que têm vacilado muito pouco.
Seja qual for o resultado no final, é muito provável que o sistema tenha vindo para ficar por algum tempo."

Um campeão também aparece nestes jogos

"Segundo jogo com os rivais que não consegue dominar.

O Sporting conseguiu o resultado mais positivo do dérbi. Empatou na casa do rival, manteve-o à distância e, aqui sim menos bom, perdeu dois pontos para o FC Porto. Não é razão para haver drama na casa do leão.
A equipa de Jorge Jesus aparece neste desce porque a soma da produção nos dois jogos com os principais rivais é curta, escassa. Em ambos os clássicos, ficou aquém da expectativa. Faltou-lhe jogar à-campeão, dominar, impor o seu jogo.
É verdade que pode nem sequer precisar dos pontos não conquistados para festejar no fim. Já aconteceu antes, e até com o adversário de hoje. É apenas o constatar de um facto, que vale o que vale e que poderá de nada valer no final.
O Sporting foi pior do que o FC Porto em Alvalade, e voltou a ser pior, na Luz, perante um adversário em crise e à espera de um aparente golpe de misericórdia que lhe acabasse com a agonia. A diferença perante os encarnados até foi maior do que frente aos portistas, mas isso terá a ver com o factor casa, o momento e as circunstâncias de cada jogo. Não faz sentido compará-los em demasia. 
Reforço: não há drama. O Sporting pouco perdeu na Luz. Só os tais dois pontos para um líder extremamente confiante, e o facto de deixar um rival vivo, a poder transformar a exibição em combustível de confiança.
Veremos o que a segunda volta nos traz. Haverá mais duas oportunidades e, face à intensidade da corrida, dificilmente o campeão não aparecerá nestes jogos."


PS: Sporting?! Campeão quando?!!! Aonde...?!!!

Pizzi foi embora cedo mas Krovinovic jogou pelos dois

"Por que razão o Benfica foi capaz de ser tão superior e de forma permanente?
Porque esteve excelente na reacção à perda da bola e, recuperando-a quase sempre rapidamente e em zonas ainda altas, deixou o Sporting muito desconfortável. Mas também porque, do princípio ao fim, os jogadores do Benfica foram sempre mais fortes nos duelos individuais. E ainda, para finalizar, porque Rui Vitória foi mais audaz a corajoso do que Jorge Jesus neste dérbi.

É possível que esta exibição tenha sido a melhor desde que Rui Vitória está no Benfica?
Quase de certeza que sim. A superioridade do campeão acabou até por ser anormal. O volume de jogo ofensivo das águias não foi próprio de um jogo desta dimensão. Poucas vezes um dérbi ou um clássico em Portugal teve um desfecho tão injusto.

Se foi assim tão superior, o Benfica não ganhou porquê?
Porque a sorte e o azar também fazem parte do futebol. A barra, a cabeça de Piccini em cima da linha e ainda mais 7 ou 8 oportunidades claras justificaram, em boa parte, este desfecho. Não foi só isso, porém. O excesso de tensão competitiva que o Benfica levou para este jogo foi importante para essa supremacia no volume de jogo, mas também pode ter sido essa mesma tensão a retirar discernimento no momento da finalização.

Em que capítulo do jogo é que, ainda assim, o Sporting esteve a um nível mais alto?
Tem uma equipa muito experiente e fez uma gestão inteligente nalgumas fases do jogo. Ora adiantando a linha defensiva sempre que possível (1.ª parte), ora baixando-a (2.ª), em função, também, daquilo que o comportamento do Benfica pedia. Mas onde os leões tiveram um comportamento irrepreensível foi nas bolas paradas defensivas. Actuação perfeita na resolução dos cantos e dos livres laterais do Benfica. Concentração e posicionamento impecável de todos. Nota máxima neste aspecto.

O que pretendeu Jesus com as duas substituições que fez?
Lançou dois jogadores experientes (Bruno César e Bryan Ruiz) para tentar ‘meter gelo’ nos momentos (poucos) de posse de bola que os leões tiveram nos últimos 15 minutos. Os que saíram (Acuña e Gelson Martins) são jogadores mais explosivos e verticais e o jogo, na perspectiva do Sporting, pedia exatamente isso: mais pausa e menos aceleração.

Rui Vitória mudou do 4x3x3 para o 4x4x2 e o Benfica não só manteve como até acentuou o domínio. Como se explica?
Já estava por cima em 4x3x3 mas, aí, ainda faltava algum ‘peso’ nos últimos 30 metros. Jiménez trouxe isso e, no meio, não se sentiu a saída de Pizzi porque Krovinovic (o melhor em campo) pelos dois. Ligou a equipa com bola (praticamente sem perdas) e foi um gigante na reacção à perda.

Jorge Jesus não conseguiu vencer nenhum dos últimos 4 jogos que fez frente a Rui Vitória. O que está a faltar?
Venceu os 3 primeiros e, provavelmente, o treinador do Benfica percebeu onde estava a ‘tecla’ que era preciso ‘tocar’. Na realidade, Jesus já não venceu um dérbi desde 2015. É um facto."

O dérbi e a Liga

"O Benfica joga aqui cartada fundamental, direi mesmo quase decisiva se não vencer. Se ganhar, o penta ficará ali bem à mão.

O grande dérbi
A horas inusuais e injustificadas, a não ser pela imposição televisiva, joga-se hoje o sempre apetecido e imprevisível Benfica - Sporting.
Todas as doutas análises, que sempre precedem estas dérbis, foram já exaustivamente feitas, ditas e escritas. Este é um dos jogos onde qualquer resultado se pode esperar. Se apenas olharmos para o nível exibicional dos últimos tempos, os leões levam alguma vantagem, embora menos do que aquela que se vem apregoando. Se pensarmos no carácter mais decisivo do resultado para cada uma das equipas, é claro que é o Benfica quem mais arrisca neste encontro, o que até pode vir a ser um factor distintivo nos 90 minutos. E, por fim, a Luz sempre é luz.
Por ora, deixo de lado essa ignominiosa manobra mediática em ambiente patologicamente dito concorrencial de ver quem mais agita e manipula, logo acolitada por outros estômagos ainda aziados pelo tetra benfiquista de, nas vésperas deste importante jogo, lançarem atoardas sobre jogadores do Rio Ave num jogo contra o Benfica. Curioso é o facto de, dois jogadores visados, um estar previamente ausente do jogo por castigo, outro ainda nem sequer era jogador dos vila-condenses e o outro ter sido então considerado o melhor jogadores do Rio Ave neste encontro!
Não deixa de ser curiosa a circunstância de, pondo de lado cada um dos jogos dos três grandes no Bessa, onde o Benfica foi o único que perdeu numa partida com uma série de circunstâncias pouco comuns, Benfica, Sporting e Porto estariam exactamente com os mesmos pontos.
E se quanto ao Porto há que reconhecer que está a fazer o melhor campeonato de entre os três sempiternos candidatos à vitória final, poderemos ver que o Sporting tem uma pontuação que até poderia ser bastante inferior. Senão vejamos: 2.ª jornada, Vitória de Setúbal em casa, com um golo de penálti bastante duvidoso no fim do jogo; 5.ª jornada, Feirense (fora) com um golo de penálti escusado na última jogada; 10.ª jornada, Rio Ave (fora) e que o Sporting nem sabe como venceu; 11.ª jornada, Sp. Braga em casa, safando-se da derrota com um penálti tonto dos bracarenses no último lance. Ou seja, nestes jogos o Sporting somou 10 pontos, mas se os 'deuses' estivessem todos contra, poderia ter somado apenas 3 pontos.
Já o Benfica venceu o Chaves (fora) no derradeiro minuto da 2.ª jornada e na 5.ª jornada foi feliz contra o Portimonense na Luz, com uma vitória não merecida. Ou seja, somou 6 pontos, mas até poderia só ter ficado com 2. Comparando, os dois rivais poderiam estar com os mesmos pontos na classificação. Tudo isto excluindo os confrontos de ambas as equipas com o FCP.
Não que isto sirva de consolo aos benfiquistas até porque a equipa deve e pode fazer bem melhor, mesmo com algumas inoportunas contrariedades e uma displicente programação do plantel. Mas, o certo é que as sempre tão repetidas e encomiásticas apreciações da equipa leonina, se correspondem a uma boa classificação, têm algo de fortuna e de acaso em que os jogos são férteis.
O Benfica de Rui Vitória joga aqui cartada fundamental, direi mesmo quase decisiva se não vencer o jogo. Não que, nesse caso, as distâncias não fossem assim tão largas, faltando ainda disputar uma segunda volta completa. Acontece que este ano é muito grande o fosso entre os clássicos candidatos e a maioria das outras equipas. Noutra Liga, meia dúzia de pontos de atraso não é quase nada, porque ao virar de uma jornada a probabilidade de perda de pontos é relativamente elevada. Aqui isso acontece cada vez menos, por isso, a sombra do desaire no Bessa paira no horizonte encarnado como 3 pontos que podem ser fulcrais.
Se o Benfica vencer o dérbi será um tónico fundamental para os 18 jogos que ainda há nesta época. E o penta ficará ali bem à mão.

A Taça da Liga
Lembram-se do que o Sporting e o Porto diziam desta taça, quando quase era monopólio de conquistas por parte do Benfica? Cobras e lagartos, taça dos pobrezinhos, taça Lucílio Baptista, taça em que nem vale a pena competir. Mesmo assim, e certamente contrariados por atingirem a final, o Sporting já perdeu duas e o Porto outras tantas. Pois este ano e inesperadamente, a taça CTT tornou-se-lhes um troféu apetecido e apetecível, uma glória para o seu acervo museológico, um brilharete para a sua estatística. Sempre o Benfica a servir de bitola: se está e ganha, a tacinha é pechisbeque, se não está e é de outro, a tacinha vira taçona e é de ouro: que lhes faça bom proveito. Mas ponham-se a pau, porque só um vai à final e lá poderão ter o primeiro vencedor da Taça da Liga, o Vitória de Setúbal.

G13
«Quando os pequenos se tornam grandes», assim intitulava A Bola o resultado da Assembleia-Geral da Liga. Boa manchete que bem define um momento que espero de viragem neste nosso futebol doente e resignado. Para isso, a revolta do G13 não precisou de nenhuma G3. Bastou-lhe usar o bom senso e o espírito de equidade. Assinalo como bem-vinda a proposta aprovada de não poder haver mais do que um jogador emprestado por clube (num máximo de seis), o que, aliás, poderá ser um desejável convite ao emagrecimento do número de jogadores contratados, pelos grandes, mas que nunca lá poisaram. Também aplaudo o descondicionamento dos sorteios (pena é que não se faça como em Inglaterra, em que cada volta tem sorteio separado), bem como o aumento da moldura penal para papagaios, periquitos, cucos, melros e pica-paus.
É claro que a 'associação da amizade Lumiar-Campanhã' abandonou a assembleia e se ouviram os habituais dislates sobre o seu funcionamento e resultado. É sintomático que os arautos da mudança, os guerrelheiros anti-sistema, os extemosos defensores da justiça desportiva só gostem de decisões que, afinal de contas, são as que convêm ao establishment e ao sistema de dois (ou mais) anéis. Uma lógica lampedusiana que, creio, eles gostariam que se eternizasse: é preciso que mude alguma coisa para que tudo fique na mesma. Pois não, esta AG veio trazer uma esperança de que é preciso que muito mude para que nada fique na mesma.

Contraluz
- A frase do ano: «Em Portugal, só jogo no clube A»
É o que se vê? Ele é Fábio Coentrão. Eles são uma série de jogadores exportados, mas que juram, se ninguém lhes ter pedido, eterno amor de Deus, poupem-nos a essas declarações que vão por água abaixo ao menor sinal, sobretudo monetário. Esta frase vem assim acrescentar actualidade a outra mentira habitual de afirmação peremptória de que «sou do clube X desde criança» ou «é o meu clube do coacção» (órgão vital logo derrotado pelo bolso munido de carteira).
- O marcador do ano: Harry Kane, do Tottenham Hotspur.
Não, não foi Ronaldo, nem Messi. Foi um brilhante avançado inglês de um clube mediano da melhor da liga do mundo, de apenas 24 anos. Marcou, no seu clube e na selecção inglesa, 56 golos em 2017, assim superando Messi, Ronaldo & Cª. Está para breve o fim do duelo, às vezes patético, entre o português e o argentino e vem aí a 'democratização' dos prémios, botas e bolas de ouro!
- Ameaça: Cristiano Ronaldo diz que quer sair.
dias, nova notícia em A Bola, sobre um eventual desejo de CR7 querer sair do Real Madrid por razões... salariais! E já vão não sei quantas ameaças de saída. A anterior foi no defeso de Verão. Fisco oblige...?
- Fracasso: André Moreira
Lembram-se do que se disse de o Benfica ter deixado que o Braga lhe 'roubasse' o promissor guarda-redes do Atlético de Madrid? Em boa hora, a Direcção encarnada não comprou o passe do jogador, que assim foi cedido por empréstimo aos minhotos. É que acaba de se saber que vai ver Braga por um canudo, agora que foi para o Belenenses... Ao menos, aqui o Benfica poupou umas massas.
- Saudades: Fim de carreira de grandes jogadores.
Em 2017, por exemplo Lahm, Lampard, Pirlo e Totti despediram-se dos relvados. Ausências dificilmente substituíveis."

Bagão Félix, in A Bola

Pernil de porco

"1. A época do Benfica tem sido um agonizante naufrágio, como os destroços do tetra espalhados num mar de erros. O derby de hoje é, provavelmente, o último bote salva-vidas. Se falhar, creio que terá tantas hipóteses de chegar ao penta como o pernil de porco à Venezuela.
2. A tempestade Bruno ainda não percebeu (e acho que nunca vai perceber) que as suas rajadas só colocam um distrito sob aviso laranja: o distrito de Alvalade. Quando mais fala, menos é ouvido.
3. É cada vez mais ténue a fronteira entre o Mourinho grande treinador e o Mourinho grande Calimero (ou «pobre rico», como lhe chamava o El País). Os árbitros, a sorte e azar, as lesões, o calendário, os milhões do City... É verdade que nestas duas épocas o City investiu mais (€462 M) que o United (€350 M), mas também parece claro que mais importante do que ter dinheiro e saber gastá-lo. Já agora, o melhor jogador do City. De Bruyne, foi dispensado por Mourinho no Chelsea.
4. Numa das suas músicas, Marco Paulo fala de uma lady na mesa,  uma loucura na cama. Lembrei-me disto a propósito do Sporting, que tem sido uma lady no campo e uma louca no mercado de Janeiro que ainda agora abriu. Será mesmo necessidade ou simplesmente taras e manias?  Enquanto, o FC Porto está sem dinheiro e o Benfica sem ideias.
5. Se alguém ligado ao Benfica tentou comprar quatro jogadores do Rio Ave, dos quais um não estava no clube, outro não jogou e dois foram dos melhores em campo, então não foi corrupção, foi gestão danosa.
6. O G13 foi a melhor coisa que aconteceu ao nosso futebol nos últimos tempos. Tão certo como Jorge Mendes ganhar todos os anos o prémio de melhor agente nos Globe Soccer Awards, no Dubai.
7. Foi nas Caldas da Rainha, terra onde nasci (embora crescendo no concelho vizinho de Óbidos), que assisti ao vivo aos primeiros jogos de futebol. Vai daqui um abraço para Tarzan e companhia. Talvez nunca alcancem a Jane no Jamor, mas já ninguém vos tira a bonita história que têm escrito nesta selva do futebol."

Gonçalo Guimarães, in A Bola

Hoje é dia de 'derby'!

"Cosme Damião, Francisco Stromp, Félix Bermudes, João Bentes, Vítor Gonçalves, Jorge Vieira, Ribeiro dos Reis, Cipriano dos Santos, Artur Dyson, Vítor Silva, Abrantes Mendes, Valadas, Soeiro, Gustavo Pireza, Azevedo, Espírito Santo, Francisco Ferreira, Mourão, Francisco Rodrigues, Peyroteo, Gaspar Pinto, Canário, Martins, Jesus Correia, Arsénio, Albano, Julinho, Vasques, Rogério Pipi, Travassos, Corona, Carlos Gomes, José Bastos, Juca, Artur Santos, João Martins, Mário Coluna, Caldeira, Ângelo Martins, Passos, José Águas, Seminário, Cavém, Fernando Mendes, Calado, Octávio de Sá, Palmeiro, Lino, Germano, Hilário, José Augusto, Neto, Pedro Gomes, Serra, Géo, Santana, Morato, Simões, Alexandre Baptista, Eusébio, Mascarenhas, Cruz, Osvaldo Silva, Humberto, Figueiredo, Jaime Graça, Carvalho, Yaúca, José Carlos, Torres, Morais, Augusto Silva, Lourenço, Jacinto, Damas, José Henrique, Marinho, Nené, Yazalde, Jordão, Dinis, Vítor Baptista, Wagner, Toni, Fraguito, Humberto Coelho, Laranjeira, Artur, Bastos Lopes, Inácio, Bento, Manoel, Eurico, Manuel Fernandes, João Alves, Keita, Pietra, Freire, Shéu, Carlos Xavier, Veloso, Nogueira, Chalana, António Oliveira, Filipovic, Balakov, Alberto, Meszaros, José Luís, Litos, Carlos Manuel, Oceano, Álvaro, Fernando Gomes, Diamantino, Cascavel, Vítor Martins, Paulo Sousa, Rui Costa, Figo, João Pinto, Paneira, Preud'homme, Iordanov, Simão, Petit, André Cruz, Tiago, Schmeichel, Enke, Acosta, Sá Pinto, Mantorras, Liedson, Aimar, Jardel, Saviola, Rui Jorge, Miguel, Paulo Bento, Nuno Gomes, Pedro Barbosa, Nélson, Geovanni, Ricardo, Miccoli, Beto, Léo.
Viva o derby!"

José Manuel Delgado, in A Bola

As AG da Liga

"Como funcionam as Assembleias Gerais na LPFP?
O funcionamento das Assembleias Gerais da LPFP, encontra-se previsto tanto nos seus Estatutos - arts. 34º e seguintes - como também no Regulamento Geral da Liga, nos arts. 20º e seguintes. Estas assembleias podem ter carácter ordinário (art. 39º dos Estatutos), ocorrendo duas vezes por ano para apreciação de relatórios e contas de gerência. Já as reuniões extraordinárias (art. 40º dos Estatutos) são convocadas a requerimento do Presidente da Liga, da Direcção, do Conselho Fiscal ou de ? dos seus associados. A convocatória para cada uma destas reuniões é acompanhada da ordem de trabalhos bem como das propostas que tenham sido apresentadas dentro dos prazos regulamentares.

E quando existem propostas no decurso da própria AG?
Diz o art. 25º nº 2 do Regulamento Geral que durante a discussão de qualquer assunto, quer na generalidade ou na especialidade, podem ser apresentadas à Mesa propostas, por forma escrita e devidamente assinadas pelos autores. Contudo, o nº 3 do mesmo preceito legal determina que a mera admissão dessas propostas ad hoc à discussão terá de ser alvo de uma votação que não é precedida de qualquer discussão ou consideração prévia, pelo que, antes mesmo de se ponderar sobre o mérito da proposta, esta poderá ser, ao abrigo do princípio democrático da maioria, liminarmente rejeitada sem mais contemplações."

A manada desceu à cidade

"Não nos deixemos influenciar pelo grupo patibular escoltado por robocops de capacete e viseira, pela rua pública aos gritos ou, mais assustador, marchando em silêncio. Na luz molhada do fim da tarde parecia o fascismo de botas cardadas conquistando a cidade. Parecia, mas era só uma manada. Uma manada pendular, de um para outro estádio da Segunda Circular, segundo o calendário desportivo. Desportivo, ofende tanto dizer isso... Tanto quanto dizer da manada que é do futebol. Ela desmente a tradição daquelas cores defrontando-se, que já foram de Espírito Santo e Peyroteo, cada um em nome do vermelho ou do verde, e da elegância de Jordão que fez sonhar, à vez, os fãs dos dois clubes. Como pode aquela manada reclamar-se do flash que é o Gelson ou, se o percurso fosse inverso, do saber fazer do Jonas? Como podem os brutos usurpar, dos artistas, a atenção? Ontem, uma escola fechou mais cedo por ser vizinha da Luz e outra, também por jogo, perto do estádio do Boavista. A miúdos de uma e de outra abrir-se--iam os olhos de deslumbre se vissem passar um jogador, mas tiveram de recolher a casa por causa do tropel da manada. As televisões foram interrogar uma diretora e foi constrangida que ela disse não querer expor os seus alunos ao perigo... Pois nem assim se foi perguntar aos da manada se não tinham vergonha, nem à polícia o despropósito de guardarem chantagistas. Nem ao sr. Vieira e ao sr. Carvalho se pediram explicações pelo repetido absurdo. Enfim, as manadas existem e ocuparam a cidade. E muita sorte têm as escolas por, ao fechar, não serem acusadas de causar danos psicológicos às botas cardadas ou cascos ou lá o que é."

Um e-mail infame

"Face a um email assinado por Carlos Janela e enviado para Luís Filipe Vieira e que põe em causa a integridade de jornalistas do Record e, por consequência, do próprio jornal, cumpre-me o seguinte esclarecimento:
1. O email lança insinuações inaceitáveis que ferem a reputação do Record e atingem o bom nome dos jornalistas associados à eventual criação de um blogue supostamente financiado pelo Benfica.
2. O Record nada tem a ver com as guerras que estão instaladas no futebol. Apenas cumpre a sua missão: informar.
3. A Direção do Record mantém total confiança nos jornalistas atingidos por esta vil calúnia e que pela sua conduta profissional e comportamento ético e deontológico estão acima de qualquer suspeita.
4. Independentemente da veracidade ou não do email (Carlos Janela afirmou publicamente que o email é falso), a mancha da difamação, falsa e gratuita, é demasiado grave para passar impune.
5. O Record procederá judicialmente contra os responsáveis por esta infâmia e calúnia."


PS: Então este e-mail é infame, e os outros já não são?!!!
Quando o Rascord, um dos principais divulgadores dos e-mails manipulados anti-Benfica, se vem queixar da 'infâmia e calunia', não posso deixar de rir...!!!

A guerra não é minha

"Foi terça-feira difundida publicamente a existência de um email, datado de 21 de Março de 2017, alegadamente enviado por Carlos Janela ao presidente do SLB, Luís Filipe Vieira, no qual é proposta a criação de um blog e enviado um orçamento para aprovação, de onde consta, como "Custos com Pessoal", uma suposta "Rede de Colaboradores/Informadores" na qual se incluem as minhas iniciais e o jornal onde trabalho – Record Porto.
Carlos Janela, o presumível autor de tal email, em declarações prestadas ontem ao Record, referiu que o mesmo é "totalmente falso". Pela minha parte, desconheço se tal email é verdadeiro ou falso, se foi ou não enviado, e, bem assim, se, tendo-o sido, obteve ou não resposta por parte do destinatário ou o respectivo teor. Também ignoro se o blog em questão foi ou não criado, a identidade de quem nele tenha hipoteticamente colaborado e se algum dos jornalistas referidos no email foi efectivamente contactado e para que fim.
Sei simplesmente que nunca fui abordado, antes ou depois da data do email, por Carlos Janela ou por qualquer elemento do Benfica – clube com quem não tenho, nem nunca tive, aliás, nenhuma ligação – a respeito deste estranho assunto, ou aliás de qualquer outro, que minimamente extravasasse o rigoroso cumprimento das funções profissionais de jornalista, que venho exercendo há mais de 35 anos ao serviço de diversos órgãos de comunicação social.
Foi portanto com verdadeiro espanto que vi que a referência às minhas iniciais no email em questão – que inicialmente tomei como um grande disparate, ainda que apenas em forma de intenção – se transformou numa semi-calúnia, nomeadamente por parte do Porto Canal, no programa ‘Universo Porto da Bancada’, no qual, ora se tratou o assunto como uma mera suspeita, ora se assumiu como certo que a ideia eventualmente tida por Carlos Janela se concretizou efectivamente.
Jamais, na já longa carreira que exerço e que está prestes a terminar, foi posta em causa a minha honestidade, que não tem preço, nem estive envolvido em qualquer assunto menos claro, relativamente a que clube fosse, pelo que não admito que o meu bom-nome possa ser sujeito a duvidosas insinuações e utilizado para atingir objectivos a que sou completamente alheio, numa guerra que se instalou no futebol português e que venho acompanhando, mas que, de facto, não é minha.
Já decidi accionar judicialmente Carlos Janela no caso de o email ser verdadeiro ou, na hipótese de ter sido forjado, os autores desse ato."

Cadomblé do Vata

"1. Antes de mais, estou a escrever este post com as mãos... calma pessoal, não há problema, o VAR diz que é legal.
2. Segunda partida contra um adversário directo e pela segunda vez não fomos goleados epicamente... tenho que começar a ver os jogos do FCP e do SCP porque acho que a imprensa e os adeptos rivais me andam a enganar com tantos elogios às equipas deles.
3. Defendo muitas vezes o Rui Vitória aqui, mas não admito que ele falte ao respeito aos adeptos do Glorioso... mas c'a merda foi aquela de meter o Rafa quando a equipa já estava a falhar golos em catadupa?
4. O resultado é horrível e perdemos uma bela oportunidade de ganhar ao rival de sempre, que em 90 minutos só teve 2 oportunidades de golo... temos que ser mais eficazes no jogo da segunda volta porque eles vão melhorar ofensivamente com a chegada do Vietto... ah não, esperem...
5. Em apenas 90 minutos André Almeida cumpriu plenamente as funções de defesa direito, trinco e central... claramente, só não ganhamos esta noite porque ele não fez uma perninha a ponta de lança."

(...) reconhece que o corpo de Rui Vitória, afinal, possui duas pequenas massas benignas

"Bruno Varela
Fez tudo para aparecer no regresso à titularidade frente a grandes colossos europeus, mas não conseguiu melhor do que uma defesa atenta. Não sendo míope, até ele terá visto os penáltis por assinalar. Reafirmou-se como titular indiscutível, apesar de ter utilizado os braços menos vezes do que os jogadores do Sporting.

André Almeida
Muito bem a fazer uma falta mais dura sobre Fábio Coentrão logo aos 6 minutos, desempenhando o papel de jogador-adepto sem no entanto descer ao nível do adepto, que mais uma vez voltou a fugir ao controlo dos stewards e demais agentes de autoridade para agredir violentamente o lateral-esquerdo do Sporting com aquelas cartolinas, cujo arremesso consegue ser quase tão ridículo quanto o comportamento do Coentrão.

Rúben Dias
Se Ricardo Rocha pudesse fazer tudo novamente e começasse a carreira no Benfica, seria Rúben Dias. Ao invés do mindfulness ou do empreendedorismo, Rúben Dias continua a assumir-se como um fiel praticante do Sem Merdismo, uma corrente teológica que prega a rejeição de quaisquer decisões não pautadas pelo mais impiedoso pragmatismo e mantenham a bola próxima do nosso guarda-redes. Infelizmente, o Sem Merdismo ainda não conquistou todos os colegas da defesa, mas se este rapaz for o tal líder que hoje voltou a parecer, não tardará até termos uma Igreja e o seu pastor se chamar Rúben. Odiadores dirão que fez uma assistência para Gelson no lance do golo e podia ter sido mais agressivo na abordagem ao lance. Devotos dirão que aquilo que não nos mata torna-nos mais fortes e aumenta a cláusula de rescisão.

Jardel
Em boa verdade, ninguém achava que o Gelson ia marcar de cabeça e a marcação também não era bem dele. Portanto, dêem-lhe um desconto que ele até nem jogou mal. Destaque para uma intervenção intrigante na área sportinguista aos 36 minutos - um cabeceamento na direcção oposta à da baliza fez dele, ainda que por breves instantes, o melhor central que passou pelo Sporting nos últimos anos.

Grimaldo
A exibição menos conseguida na primeira parte deveu-se apenas a uma dificuldade com o equipamento. Aproveitou o intervalo para vestir uns calções com bolsos e assim que regressou ao relvado pegou cuidadosamente no jovem Gelson Martins e guardou-o num lugar especial, situado algures nas imediações da virilha. Quem diria que cabiam 60 milhões de euros num espaço tão pequeno.

Fejsa
Não fez dos seus melhores jogos e podia mesmo ter acabado expulso. A substituição por Rafa aos 73 minutos, já depois da saída de Pizzi, teve o condão de confirmar que o corpo de Rui Vitória possui afinal duas pequenas massas benignas que doravante designaremos testículos, os quais terão de ser utilizados ao longo dos próximos meses se o mister quiser voltar a ver-nos felizes numa noite de Maio no Marquês de Pombal. Reparem que se as festas dos títulos do Benfica acontecessem no Parque Eduardo VII, esta alusão a testículos teria um significado completamente diferente.

Pizzi
Os quarenta e sete passes a rasgar a defesa do Sporting para morrerem junto a um placard publicitário provocaram um surto de derrames oculares no estádio. Rui Vitória substitui-o aos 55 minutos e Pizzi depressa se sentou no banco de suplentes, onde o esperavam um moleskine e uma caneta para tirar notas enquanto via Krovinovic.

Krovinovic
Se continuar assim, da próxima vez que quisermos vê-lo ao vivo teremos de comprar uma daquelas assinaturas anuais da Gulbenkian. Mais um recital do jovem croata que revela ponderação e criatividade na hora de ler a pauta. Apesar de já não restarem grandes dúvidas quanto à qualidade do seu jogo e importância do contributo para a manobra da equipa, ainda não sabíamos se Krovinovic era apenas um grande jogador ou um jogador à Benfica: “Praticamente massacrámos o Sporting e, com esta atitude e ambiente, vamos ganhar o campeonato (…) não vou falar sobre o árbitro porque o nosso trabalho é jogar.” Felizmente, a dúvida ficou esclarecida hoje.

Salvio
A ser verdade que ganha 250 mil euros por mês, Salvio vê-se obrigado em diante a jogar tanto ou mais do que dois Zivkovic. Não é tarefa fácil, mas o argentino continua a demonstrar que é um dos poucos jogadores neste plantel que pode ocupar duas posições no campo, ala direito ou defesa lateral. Seja numa ou noutra, apresentou-se quase sempre em condições de ultrapassar e/ou anular Fábio Coentrão, ainda que, lá está, tenha sido ajudado pelas cartolinas.

Jonas
É a síntese perfeita da noite de hoje. Uma das exibições mais discretas de Jonas esta época foi ainda assim suficiente para cimentar a liderança como melhor mercador do campeonato. É um pouco como o pior Benfica dos últimos anos, que chegou para encostar o melhor Sporting às cordas. Imaginem se jogássemos à bola.

Cervi
Obrigou Piccini a ser um dos melhores em campo, o que é simultaneamente uma crítica, um elogio e um esforço genuíno para não falar daquele corte de cabelo.

Jiménez
Esforçado. Uma mão cheia de lances capazes de motivar o uso de expressões como “a intenção era boa”, “chuta daí”, “qual era a ideia dele?” e “pagámos nós 24 milhões por isto”.

Rafa
Entrou muito bem no jogo, tornando-se desde logo um dos acontecimentos mais bizarros de 2018. Mexeu decisivamente com a movimentação da equipa, conduzindo várias vezes a bola por entre uma selva de adversários relativamente mijadinhos. Não conteve a emoção no lance do penálti. Compreende-se. O número de pessoas que ainda acreditam no valor de Rafa é quase tão baixo quanto as que achavam possível que o árbitro Hugo Miguel assinalasse um pénalti a favor do Benfica.

João Carvalho
Por pouco não marcou o melhor golo da época. Tem tudo para singrar neste Benfica, excepto minutos nas pernas."

Vermelhão: As Bruxas !!!

Benfica 1 - 1 Sporting


Jogo fácil de analisar: o Krovi tem toda a razão: massacre!!!
Muito sinceramente, apesar do domínio do Benfica nas últimas épocas, não me recordo do Benfica dominar um derby com tanta superioridade... e estivemos quase a perder!!!
Houve muita garra da equipa, que nunca deixou de acreditar, os adeptos apesar da onda negativa, nunca deixaram a equipa deixar de acreditar, mas provavelmente a 'melhoria' neste 'tipo' de jogos, deveu-se na minha opinião ao 433 rotinado que neste momento temos!!! Nas épocas anteriores, com os 'outros' adversários o 442 encaixava melhor, mas quando jogávamos com os Lagartos ou os Corruptos, tínhamos sempre problemas no controle do meio-campo... Hoje, não tivemos esse 'problema'... e só uma tremenda azelhice no momento do remate, somada uma tremenda vaca dos Lagartos com vários 'ressaltos' inacreditáveis... e ainda uma ajudinha do Huguinho Macron (representante em Portugal do equipamento desportivo dos Lagartos) e ainda do outro Lagarto Tiago Martins... Aliás, a presença na Luz, de uma 'dupla' (árbitro e VAR) completamente Lagarta é consistente com praticamente todas as outras jornadas deste Campeonato!!!

Grande jogo do Cervi... o Krovi numa ou noutro jogada agarrou-se demais à bola, mas esteve quase sempre bem e defensivamente fez um jogo enorme... Grimaldo muito bem no ataque, um ou outro erro a defender, mas fez um dos melhores jogos dos últimos tempos... Salvio com momentos muitos bons... Almeida todo o terreno... Jonas marcou o penalty, mas teve irreconhecível na definição do remate!!!
Muita dificuldade dos Centrais no jogo aéreo, houve momentos onde não fomos inteligentes nestas jogadas... Fejsa e Pizzi continuam abaixo do normal... O Varela hoje esteve bem, resistindo inclusive ao burburinho (parvo) das bancadas, exigindo que ele colocasse a bola mais depressa em campo...
Os Lagartos basicamente 'atiraram' a bola para a cabeça do Bas Dost, e esperavam pela 2.ª bola... mas além da nossa azelhice, e da sorte... a impunidade disciplinar que sentiram desde do primeiro minuto (além dos penalty's) deixou-os tão descansados, que quando finalmente as regras foram aplicadas, foram surpreendidos!!!

Um empate em casa, neste tipo de jogos, nunca é um bom resultado... com o Benfica a precisar de recuperar pontos, ainda pior. Mas (e este é um grande 'mas'), a um minuto do fim, estávamos a 6 pontos dos dois principais rivais... e se neste momento, matematicamente não dependemos somente dos nossos resultados, na prática, ganhando os nossos jogos, estamos na lua...
A frustração de não ganhar um jogo, onde fomos tão superiores, é grande... O Benfica este ano tem tido muitas oscilações de exibições e de 'motivações', o mais importante neste momento, é não 'descomprimir', e todos os jogadores, treinadores e dirigentes, terem o discernimento, para saberem que no Domingo em Moreira de Cónegos é mais uma Final...
Mas se a exibição positiva só deu um ponto, existe algo mais a retirar da partida: a diferença de qualidade entre os candidatos ao título, tão propalada pelos avençados, não existe... A onda artificial criada pelos jornaleiros pró-Lagartos e pró-Corruptos é uma ilusão, mesmo um Benfica inferior aos das últimas épocas, num campeonato com 'regras' normais, teríamos todas as hipóteses para conseguir o Penta!!!