"Durante cerca de três décadas, o futebol português foi manchado por arbitragens que, ano após ano, ajudaram o FC Porto a construir o palmarés que hoje ostenta. Era o tempo dos 'quinhentinhos', do Guímaro, dos irmãos Calheiros, do aconselhamento matrimonial, e da fruta para Jacinto Paixão, entre outros episódios obscuros que sistematicamente subverteram a verdade desportiva e envergonharam o país. Julgávamos que tal pertencia ao passado, mas esta temporada está a demonstrar exuberantemente o contrário.
O 'Apito Dourado' regressou em força, sem vergonha de se fazer notar a cada semana que passa.
Deste o início do campeonato, o FC Porto foi beneficiado em todas (!) as jornadas.
Os seus jogadores ainda não viram um único cartão vermelho, quando pelo menos onze lances o justificariam (só Felipe deveria ter sido expulso umas quatro vezes).
No Bessa e com o Portimonense, as equipas adversárias viram sonegadas grandes penalidades claras em momentos determinantes. Fazendo o balanço, entre golos mal validados, penáltis inexistentes e expulsões perdoadas, chegamos a um líder fantasma, que pouca joga mas muito ganha.
Enquanto isso, o Benfica vai enfrentando arbitragens hostis. Quem viu o jogo do Bonfim, e verificar que terminámos com mais cartões amarelos do que o V. Setúbal, percebe o que estou a dizer. Acrescentemos o golo anulado a Zivkovic, dois sadinos por expulsar, e temos uma das mais tendenciosas arbitragens dos últimos tempos. Valeu Jonas, mas assim é difícil vencer.
Se isto é para continuar, não percam mais tempo: entreguem já as faixas, e assumam o que pretendem."
Luís Fialho, in O Benfica
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