quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Tudo está bem quando acaba bem?

"A vitória do Benfica em Atenas teve três vantagens significativas: 1) colocou ponto final numa embaraçosa série de oito derrotas consecutivas na Liga dos Campeões; 2) valeu três pontos que mantêm acesa a chama da passagem à fase a eliminar na Champions; 3) rendeu a bela maquia de 2,7 milhões de euros...
Elencados os prós, mergulhemos nos contras, que foram muitos e não devem ser branqueados pelo suave sabor do triunfo. Depois de um quarto de hora de futebol solto perante um adversário atónito, o Benfica foi-se apagando progressivamente, abdicando de colocar à flor da relva o jogo que já lhe foi visto em ocasiões anteriores. E se a fase final da primeira parte foi penosa, culminada com a justa expulsão de Rúben Dias, a segunda metade foi catastrófica em termos exibicionais, com escassa ou nula organização colectiva e uma gritante incapacidade de resolver os problemas que o lado esquerdo dos gregos ia colocando. Na fase mais embaraçosa da exibição do Benfica, Zeus, do alto do Olimpo, apiedou-se da equipa da Luz e num minuto apenas, enviou o vírus do egoísmo a Klonaridis, que desperdiçou o 3-2 e acertou com um raio de inspiração em Alfa Semedo, que reencarnou Eusébio e fez o 2-3. Tudo está bem quando acaba bem? Não. Se o Benfica não usar as lições de Atenas para uma autocrítica profunda, fará mal. Nas entrelinhas do que foi dito por Rui Vitória no final da partida, ficou a ideia de que vai aproveitar os dias que faltam até ao jogo com o FC Porto para fazer um alerta geral às tropas. É que, mesmo a jogar com dez, frente ao AEK, havia obrigação de deixar outra imagem. Assim, salvaram-se os pontos e os contos..."

José Manuel Delgado, in A Bola

PS: A necessidade que hoje muitos colunistas sentiram em ir na 'onda' da 'justa' expulsão do Rúben... com alguns até a irem mais longe... Deve-se exclusivamente ao próximo jogo, condicionamento puro...
O Delgado como ex-jogador, devia ter coragem de não seguir o rebanho: o Rúben nada fez de extraordinário, cortou a bola, e o adversário adivinhou o que o Rúben ia fazer, e meteu-se na trajectória da perna... O contacto do pé do Rúben, é no sovaco do opositor... Comparar este lance, com centenas de patadas que estamos habituados a ver no Tugão é absurdo...!!!

2 comentários:

  1. Nem mais. Outro árbitro não lhe dava amarelo porque ele tentou jogar apenas a bola. Foi descuidado mas isso não é razão para amarelo. O maior culpado foi o grego que se atirou para cima dele por detrás.

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  2. Os jogadores do Porto provavelmente vão fazer três vezes pior na luz e muitas vezes ou nem é falta ou nem é amarelo. E os jornalistas vão fazer de conta que nada acontece...

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