quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Cadomblé do Vata (especial prosa...)

"Continuam a suceder-se a velocidade galopante os episódios embaraçosos envolvendo o Benfica, que colocam em causa toda a transparência e legalidade das competições futebolísticas nacionais. O mais recente capítulo desta demanda encarnada pela viciação de resultados, foi revelada esta semana, quando se ficou a saber que em Dezembro do ano passado, Luis Filipe Vieira descontente com a prestação de Rui Vitória ao comando da equipa principal de futebol do clube, terá mandatado um agente desportivo para tentar arranjar colocação para o treinador no melhor campeonato do Planeta, em vez de despedir sumariamente o ribatejano, deixando a cargo dos tribunais a decisão de definir uma eventual indemnização.
O que poderia ser já o ponto alto da infâmia, é apenas o início. Não conseguindo um clube interessado em receber o técnico, LFV olhou para o contrato em vigor e (cuidado que o que vou escrever a seguir pode ser susceptível de impressionar as mentes mais sensíveis) em vez de proceder à rescisão natalícia, respeitou-o, dando-se ao desplante de o renovar, sem que esta vergonha tenha custado ao clube a perda de 6 pontos, como por exemplo aconteceu ao FC Porto, devido a situações muito menos gravosas, envolvendo visitas ao economato a altas horas da noite, que é quando dá aquela larica que provoca insónia.
Perante o desprezo benfiquista pela instituição do "chuto no cú", causa estranheza o silêncio da FPF, da LPFP e especialmente da ANTF, cujo presidente sempre solícito quando estão em causa outros clubes, está a deixar cair nas malhas do esquecimento o inenarrável respeito que o Sport Lisboa e Benfica exibe por um membro de uma classe profissional, bem habituada a ser o parente pobre da tabela classificativa. Mais grave ainda é que este caso é apenas mais um sintoma do psicótico comportamento do Glorioso para com a classe técnica futebolística. Se mais dúvidas houvessem, basta ver que nos últimos 10 anos apenas 3 treinadores passaram pelo SLB, muito diferente dos casos dos seus rivais que contaram 10 personalidades no banco, no caso do FCP e 14 génios tácticos no que diz respeito aos de Alvalade. A "partilha" é um valor que nos ensinam desde crianças, mas quando o tema é o cargo de treinador, no Benfica faz-se tábua rasa dos mais básicos princípios da vida em sociedade.
No Clube da Luz, o monopolismo do banco tornou-se lei, numa prática que muito envergonha os apaniguados dos encarnados e brancos. Qual conglomerado industrial e multinacional, na Luz não se deixa o estofo do banco disponível para qualquer nádega, açambarcando centenas de jogos em apenas 3 exemplares de traseiros. Felizmente vivemos num estado de direito onde a correspondência e o diálogo privado não têm lugar. O colectivismo intelectual do país obriga à partilha de informação para que todos saibamos de todos. O grito de Morte aos Xibos dos Peste & Sida não vingou e cabe-nos demonstrar gratidão à xibaria, por tornar este e outros casos dignos de constrangimento glorioso, em revelações ilegais, legalizadas pela capota do "interesse público"."

2 comentários:

  1. Desta vez foi "mão de vaca... e sem grão"... com ranço!

    Um post desconchavado sem ponta por onde se lhe pegue.

    ZERO!

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A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
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