"Não vale a pena colocar em causa a vitória do FC Porto - embora seja claro que chegar ao intervalo a vencer por 1-0 é, sempre, melhor do que lá chegar empatado - ou a utilidade do videoárbitro, que (felizmente) até os mais pessimistas já convenceu. Não é por aí. A questão prende-se, antes, com a importância de não assobiar para o lado face ao retrocesso que lances como o primeiro golo dos dragões no jogo de ontem podem constituir para um projecto pensado para ser uma mais-valia - e não uma menos-valia... É, nos moldes actuais, difícil explicar, ou entender, porque foi o golo de Felipe validado depois de o auxiliar o ter anulado (aparentemente bem) em primeira instância. Se as imagens mostrassem que o central do FC Porto estava em jogo, nada a apontar - é para isso que serve o VAR. O problema é que não há imagem (nem uma...) que mostre, de forma evidente, posição regular de Felipe. O que levanta algumas questões: porque foi chamado o árbitro a ver um lance que não carece de interpretação, já que o fora de jogo - ou pelo menos este tipo de fora de jogo - é factual? Tinha dúvidas o VAR? Mas não diz o protocolo que só deve actuar quando tem certezas? E sem certezas não devia prevalecer, como tem acontecido sempre, a decisão tomada em campo? Não é, repete-se, um problema da ferramenta, mas sim da competência de quem a utiliza. E não é coisa de somenos importância, porque é, afinal, isso que define o sucesso ou o insucesso, de uma tecnologia que tem tudo para dar certo. Talvez exista uma explicação. Se há, convém que alguém a dê - ou, em alternativa, uma imagem que prove estar Felipe em jogo. Porque a ideia que fica é que ontem, no Dragão, o VAR, implementado para corrigir decisões erradas, pode ter contribuído para transformar uma decisão certa num erro monumental. E não é isso que se pretende."
Ricardo Quaresma, in A Bola
A explicação é muito simples. Foi posta beneficiar o Porto!
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