"Apesar de ter construído oito (!) ocasiões flagrantes de golo (sete delas defendidas pelo guarda-redes adversário, e apenas uma concretizada), o Benfica não ganhou o “dérbi”.
Apesar da enorme satisfação manifestada após o jogo por staff e adeptos do Sporting, também eles não o venceram. Rejubilaram com um empate, obtido através de um penálti fortuito e da inspiração de Salin.
Porém, neste “dérbi”, houve um claro ganhador: o futebol português.
A presença dos dirigentes sportinguistas na tribuna da Luz foi um sinal claro de um tempo novo na relação entre os dois maiores clubes portugueses. E já se nota algum desconforto daqueles que, a norte, sempre contribuíram para a guerra, e tinham em Bruno de Carvalho um precioso aliado estratégico.
Felizmente o Sporting mudou. Mesmo sabendo que um clube respeitável, dirigido por gente a sério, se tornará inevitavelmente, com o tempo, um adversário mais forte e mais difícil de bater, quem antes de qualquer clubismo goste de futebol e de desporto não pode deixar de se congratular com este regresso àquilo que deveria ser a normalidade: relações cordatas entre duas grandes instituições centenárias, que dentro do campo lutam bravamente pelas vitórias, mas fora dele não têm de ser inimigas, nem incendiar constantemente o ambiente em redor de um fenómeno com tanto relevo social.
Haverá em breve eleições em Alvalade. Espera-se que os novos dirigentes possam dar sequência a este clima de pacificação, que beneficia ambos os clubes, beneficia o futebol, e apenas prejudicará aqueles que só na guerra, na sujidade e no crime se conseguem superiorizar."
Luís Fialho, in O Benfica
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