"Uma vitória tangencial, sem golos sofridos, foi o pecúlio do Benfica depois de 90 minutos de futebol calculista, frente ao Fenerbahçe. Bom resultado? Istambul, onde está prometida uma noite de roer as unhas à equipa de Rui Vitória, o dirá. Para já, os encarnados têm razões para acreditar na passagem ao play-off da Champions, apesar de ser sabido que o rendimento das equipas turcas em casa sobre exponencialmente. E essas razões fundam-se numa experiência internacional vasta (e muito positiva, se apagarmos o desastre da época passada), que poderá permitir a criação de mecanismos de controlo do jogo, no aproveitamento do esperado balanceamento atacante do Fenerbahçe e na qualidade individual de alguns jogadores do Benfica, que tem na geringonça da esquerda (Grimaldo e Cervi) um argumento muito forte.
Do jogo de ontem resultou claro que Rui Vitória preferiu um pássaro na mão a dois a voar. Quando optou pela troca directa de Ferreyra por Castillo (dois jogadores que parecem exemplarmente complementares), o sinal que enviou para dentro e fora do campo foi sintomático e só o futuro dirá se tomou a opção mais aconselhável. Para já, respeitável calculismo do treinador do Benfica deu para este um a zero que permite algum optimismo. Mas ficou no ar muitas dúvidas quanto à escolha do 4x3x3 (na versão peso-pluma apresentada no que vai desta época) para enfrentar uma temporada que será essencialmente jogada em ataque continuado e não na exploração de espaços.
PS - Parabéns a Inês Henriques por mais um ouro, desta feita europeu, após 50 quilómetros de sofrimento..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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