"Os clubes que participam em provas internacionais na Europa e noutros continentes têm, ao longo dos tempos, vindo a recrutar um maior número de jogadores que actuaram no campeonato da NBA. O recrutamento de atletas que evoluíram na liga profissional norte americana é, à primeira vista, uma garantia de aquisição de experiência e qualidade que não é fácil de encontrar noutras paragens. De igual modo, os jogadores ainda muito jovens que não conseguem ter muito tempo de jogo nas formações da NBA aproveitam esta oportunidade para desenvolverem, mais rapidamente, as suas qualidades físicas e técnicas, adquirir experiência ao nível da alta competição e, assim, regressar ao quadro competitivo profissional norte americano com mais hipóteses de conquistar espaço em alguma das 30 equipas que a compõem. Por outro lado, alguns veteranos que já não têm lugar cativo nesta liga profissional procuram equipas internacionais que lhes permitam dar continuidade à sua carreira e, simultaneamente, arrecadar mais uns milhares de dólares.
Para esta época (2018-2019), que se aproxima a passos largos do seu início, os principais clubes internacionais (fora dos USA), de acordo com os seus objectivos desportivos e capacidade financeira, já garantiram um lote de atletas talentosos de fazer inveja aos parceiros que participam nos quadros competitivos das respectivas ligas profissionais (nacionais e internacionais), com maior realce para as do continente europeu (Euroliga e Eurocup). Assim, passamos a indicar aquelas equipas que não perderam tempo e já asseguraram para as suas formações alguns jogadores ex-NBA:
BAHCESEHIR (Turquia) (3) - DJ White, Chris Babb e Andy Rautins;
BARCELONA (Espanha) (3) – Kevin Seraphin, Victor Claver e Chris Singleton;
DARUSSAFAKA (Turquia) (3) – Ray McCallum, Furkan Aldemir e Markell Brown;
EVANGDONG (China) (3) – Malcolm Delaney, Yi Jianlian e Randolph Morris;
LOKOMOTIV KUBAN (Rússia) (3) – Dorell Wright, JaJuan Johnson e Isaiah Whitehead;
MACCABI TEL AVIV (Israel) (3) – Tarik Black, Johnny O`Bryant e Jeremy Pargo;
ARMANI MILAN (Itália) (3) – Mike James, Mindaugas Kuzminskas e Nemanja Nedovic;
OLYMPIACOS PIREU (Grécia) (3) – Kostas Papanikolaou, Vassilis Spanoulis e Axel Toupane;
FIAT TORINO (Itália) (3) – Carlos Delfino, James McAdoo e Royce White;
ANADOLU EFES (TURQUIA) (4) – Shane Larkin, James Anderson, Rodrigue Beaubois e Tibor Pleiss;
SIDIGAS AVELLINO (Itália) (4) – Norris Cole, Matt Costello, Hamady Ndiaye e Demetris Nichols;
KIROLBET BASKONIA (Espanha) (4) – Marcelino Huertas, Patricio Garino, Darrun Hilliard e Tornike Shengelia;
FENERBAHCE ULKER (Turquia) (4) – Tyler Ennis, Luigi Datome, Joffrey Lauvergne e Jan Vesely;
KHIMKI MOSCOVO (Rússia) (5) – Alexey Shved, Charles Jenkins, Jordan Mickey, Sergei Monia e Malcolm Thomas;
PANATHINAIKOS ATENAS (Grécia) (5) – Nick Calathes, Thanasis Antetokounmpo, Keith Langford, Stephane Lasme e Georgios Papagiannis;
CSKA MOSCOVO (Rússia) (6) – Nando De Colo, Joel Bolomboy, Cory Higgins, Othello Hunter, Sergio Rodriguez e Alec Peters;
REAL MADRID (Espanha) (7) – Gustavo Ayón, Rudy Fernandez, Ognjen Kuzmic, Walter Tavares, Jeffery Taylor, Trey Thompkins e Anthony Randolph.
Neste processo de recrutamento por parte dos grandes clubes internacionais de basquetebol, a Europa domina, a seu belo prazer, o mercado atendendo a que depois da NBA as ligas profissionais mais competitivas, à escala mundial, residem no velho continente. Contudo, a selecção dos jogadores também é feita, prioritariamente, sobre os atletas nascidos no espaço europeu ou possuidores de dupla nacionalidade, para não ocuparem as vagas de estrangeiros que têm um número restrito de acordo com os regulamentos da Federação Internacional de Basquetebol (FIBA). Os clubes mais experientes nestas andanças: Real Madrid, CSKA Moscovo, Panathinaikos Atenas, Khimki Moscovo, Fenerbahce Ulker, Kirolbet Baskonia, Sidigas Avellino e Anadolu Efes foram os que melhor se adaptaram às circunstâncias inerentes às grandes competições internacionais entre clubes.
Entretanto, a calendarização da EUROLIGA, a mais importante competição europeia de clubes e a segunda mais credenciada a nível mundial depois da NBA, já é do conhecimento público. A fase regular, composta por 30 jornadas semanais tem o seu início marcado para 11 de Outubro de 2018 e termina em 5 de Abril de 2019. Nela participam os seguintes clubes: Anadolu Efes Istambul, Buducnost Voli, CSKA Moscovo, Darussafaka Dogus, Barcelona Lassa, Bayern Munique, Fenerbahce Istambul, Gran Canaria, Khimki Moscovo, Kirolbet Baskonia, Maccabi Tel Aviv, Olimpia Milão, Olympiacos Pireu, Panathinaikos Atenas, Real Madrid e Zalgiris Kaunas.
Numa segunda fase, as 8 formações melhor classificadas disputarão os playoffs, através de eliminatórias à melhor de 5 jogos, ficando apuradas as 4 sobreviventes para a Final Four a realizar no Fernando Buesa Arena, no mês de Maio de 2019, na cidade espanhola de Vitoria.
No que diz respeito à EUROCUP, segunda melhor competição europeia de clubes, a primeira fase (10 jornadas) terá início em 3 de Outubro de 2018 com a participação de 24 equipas divididas por 4 grupos:
Grupo A - (AS Mónaco, Estrela Vermelha, Galatasaray, Germani Brescia, MoraBanc Andorra e Ratiopharm Ulm);
Grupo B – (Alba Berlim, Arka Gdynia, Cedevita Zagreb, Limoges Elite, Lokomotiv Kuban e Tofas Bursa);
Grupo C – (Asvel Villeurbanne, Dolomiti Trento, Partizan Belgrado, Turk Telecon, Valencia Basket e Zenit St. Petersburgo);
Grupo D – (Fiat Turim, Fraport Skyliners, Lietuvos Rytas, Mornar Bar, Unicaja Malaga e Unics Kazan).
Esta fase termina em 19 de Dezembro com o apuramento dos 4 primeiros classificados de cada grupo. As 16 equipas apuradas para a segunda fase, que decorrerá nos três primeiros meses de 2019, disputarão no sistema de playoffs o acesso à final. Esperamos que não haja, nesta época desportiva (2018-2019), confusão com as datas calendarizadas para estas competições de clubes e as datas previstas pela FIBA para os apuramentos das selecções nacionais para o Mundial.
Entretanto, por cá, a equipa da U. D. Oliveirense (campeã nacional) desistiu da sua participação na Liga dos Campeões da FIBA-Europa (3º escalão das provas de clubes) alegando falta de recursos financeiros. O F.C. Porto aproveitou a oportunidade e entrou na referida prova em sua substituição, pelo que vai disputar uma eliminatória de apuramento com a equipa russa Nizhny Novgorod. Por sua vez a formação do S.L. Benfica, também vai participar numa eliminatória de acesso à FIBA Europe Cup (4º escalão das provas de clubes) com a equipa italiana Dinamo Sassari.
Em relação a um passado não muito distante, os nossos clubes foram recambiados para a cauda do basquetebol europeu. Os clubes portugueses não têm acesso directo a nenhuma das 4 competições que existem na Europa. São obrigados a participar em eliminatórias de qualificação para as duas provas menos cotadas ( as da FIBA Europa). Por este andar qualquer dia só jogamos com os clubes dos pequenos países. Os rankings europeus e internacionais falam por si."
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