"Faltam sensivelmente duas semanas para o fecho do mercado de transferências, a chamada janela de Verão. Não faz qualquer sentido. Muitos países, incluindo Portugal, têm os seus campeonatos profissionais a decorrer e a UEFA já tem em marcha provas europeias. A data de fecho do mercado de Verão é despropositada e, mesmo assim, bem menos despropositada do que essa aberração desportiva que é a janela de Inverno.
Muitos serão os interesses em jogo, mas seguramente que nenhum desses interesses se prendem com qualquer valor desportivo.
Nestes próximos quinze dias assistiremos a uma frenética dança de nomes. Muitos deles lançados pelos próprios empresários, que tentem uma última oportunidade para ganhar dinheiro antes do desmanchar da feira.
Nesta fase, o leilão de jogadores atinge patamares indecorosos e os clubes pequenos e médios, que vivem no anseio de vender caro e comprar em saldo, espreitam novas oportunidades, perante o desespero, mais ou menos conformado, dos seus treinadores que temem o desequilíbrio das suas equipas, numa fase onde o treino já se confunde com o jogo a sério.
O mercado português é dos mais agitados. Fala-se no último lance de vendas de jogadores como Brahimi (FC Porto) ou Rúben Dias (Benfica). Não são, ambos, jogadores que facilmente se possam substituir. O portista é o maior desequilibrador do ataque do FC Porto e o benfiquista é, hoje, um pilar sólido da defesa. Se, eventualmente, o negocio de ambos viesse a concretizar-se, Sérgio Conceição e Rui Vitoria teriam um problema de muito difícil solução, a curto ou a médio prazo."
Vítor Serpa, in A Bola
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