"O Estádio Toumba, em Salónica, Grécia, vai ser palco, esta noite, de um dos mais importantes exames porque o Benfica passou, em 61 anos de participações na UEFA. O adversário não tem o glamour daqueles que o Benfica venceu em finais europeias (Real Madrid e Barcelona), ou mesmo dos que derrotaram os encarnados nas decisões continentais e intercontinentais (Inter, AC Milan, Santos, Peñarol, Manchester United, PSV, Anderlecht, Chelsea ou Sevilha). O opositor, desta feita, é bem mais modesto, chama-se PAOK e só foi duas vezes campeão no seu país, nas décadas de setenta e oitenta, ocupando o 58.º lugar no ranking de clubes da UEFA. Mas para o Benfica, a montanha que o PAOK representa é de categoria especial, porque ultrapassá-la significa aceder de imediato a 43 milhões de euros e partilhar palco com os melhores emblemas da Europa, na melhor competição de clubes do mundo.
O desfecho de Lisboa não deixou a equipa portuguesa em boa situação, obrigada que está a assumir a iniciativa da partida, frente a um adversário que sabe que se não sofrer golos está na Liga dos Campeões. É por isso que o Benfica precisa de puxar dos galões, mostrar de que massa é feito, e entrar no inferno do Toumba com a personalidade das grandes equipas.
Se o resultado não for favorável à equipa portuguesa, não será o fim do mundo, o sol continuará a nascer todos os dias e o Benfica tratará de virar agulhas para a Liga Europa. Mas só por inconsciência poderá pensar-se que ficar à porta da Champions não terá graves consequências desportivas, económicas e sociais. Tem a palavra, esta noite, a equipa de Rui Vitória..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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