sexta-feira, 6 de julho de 2018

Reflexões

"Com o fim do campeonato de Futsal, pode dizer-se que a época desportiva terminou. E o balanço para o Benfica é deveras negativo. Falhando nas principais modalidades, importa perceber o que se passou, e corrigir os erros, de modo a que o futuro nos traga de volta os êxitos a que durante anos nos fomos habituando.
Olhando para os vários campeonatos, identificamos desde logo um certo padrão: perdemos a maioria deles em casa, em partidas decisivas. À semelhança do Futebol, foi assim no Hóquei, no Futsal e no Basquete (aqui, na meia-final). Podendo decidir tudo na Luz, entrámos muito mal nesses jogos, vimo-nos perante desvantagens expressivas, e a tentativa de recuperação revelou-se insuficiente. Perante a pressão de vencer e ser felizes, vacilámos no plano mental - ideia reforçada pelo duplo fracasso nos penáltis do Futsal, ou pelo match-point desperdiçado no Vólei.
Outra conclusão há que retirar, para a maioria das modalidades, e extensível a épocas anteriores: o nosso principal problema táctico reside na forma como defendemos. Isto levar-nos-ia a uma análise mais profunda, onde entraria uma cultura de clube muito voltada para o espectáculo, excessivamente valorizadora dos artistas, e um tanto negligente quanto a aspectos tácticos, atléticos ou outros importantes parâmetros de jogo. E aqui, meus amigos, a culpa começa nas bancadas, onde os Miccolis são idolatrados, e os Felipes Augustos são enxovalhados.
Há pois que reflectir, mas sem dramas, nem fantasmas. Estivemos muito perto, e não será preciso alterar muita coisa para que em 2018-19 o Benfica esteja de regresso aos títulos."

Luís Fialho, in O Benfica

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