"Receber proposta de 14 milhões de euros por um jogador de 34 anos que entra na última época de contrato será o sonho de qualquer presidente de qualquer clube português. A não ser que esse jogador se chame Jonas. Aí o caso muda de figura. Estamos, afinal, a falar daquele que foi, nas últimas quatro temporadas, o futebolista mais influente do Benfica; e, talvez, do melhor jogador que apareceu em Portugal nos últimos anos.
Entende-se, pois, que Luís Filipe Vieira não esteja inclinado a abrir mão dele, mesmo num negócio que aparece uma vez na vida. Estará o presidente do Benfica dividido entre a razão (que lhe dirá ser impossível recusar 14 milhões por um jogador que, se ficar, terminará a época com 35 anos e, talvez, livre) e o coração (que lhe dirá ser Jonas demasiado importante para o plano de reconquista traçado na Luz). E se na última época deu mais ouvidos aos argumentos financeiros do que aos desportivos, estará agora Vieira apostado em não permitir que algo retire à equipa a hipótese de ganhar o título e chegar aos (muito mais do que 14...) milhões da Champions.
Claro que há outro factor a ponderar - partindo do principio, evidente, que enquanto estiver o brasileiro será indiscutível para Vitória -, que passa pela vontade de Jonas, que nunca se mostrou disponível para sair da Luz mas que deixou, com a chegada de Ferreyra, de estar no topo da massa salarial do Benfica. E sendo certo que o melhor deve ser, sempre, o que mais recebe, renovar - e melhorar - o contrato de um jogador de 34 anos merece ponderação. Mas Jonas sempre passou a factura em golos. Muitos. Percebe-se, pois, que Vieira esteja disposto a (quase) tudo para o mantê-lo na Luz."
Ricardo Quaresma, in A Bola
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