sexta-feira, 4 de maio de 2018

É futebol

"Com a inesperada derrota diante do Tondela, o sonho do penta praticamente morreu. Teremos agora de lutar por aquilo que resta, e não é pouco: o 2.º lugar e o apuramento para a Liga dos Campeões.
O balanço da temporada fica para depois, e haverá que fazê-lo a frio, sem dramas, nem precipitações. O Benfica vem de quatro anos extraordinários. Alcançou um inédito tetra, entre tripletes e dodradinhas, numa das melhores sequências de sempre. Alguma vez teria de ceder.
Importa igualmente lembrar que, há apenas três semanas, liderávamos a tabela, e, depois de uma notável recuperação, parecíamos embalados para o título. Duas derrotas deitaram tudo a perder, derrotas essas que - há que dizê-lo também - foram marcadas por gritante falta de sorte.
Na altura decisiva da temporada, lesionou-se o nosso melhor jogador, e aquele que garantia a eficácia junto das balizas adversárias. É impossível olhar para os últimos jogos e não nos lembrarmos dele. Também aí o azar nos perseguiu.
Obviamente que terá havido erros próprios. Só não os comete quem nunca decide, sendo fácil julgá-los a posteriori. Fazem parte do desporto, assim como fazem parte da vida. Teremos de os aceitar a aprender com eles. É também muito importante que, tal como sempre soubemos ganhar, também nesta altura saibamos perder.
É verdade que, por tudo o que se passou ao longo deste ano, talvez o nosso clube merecesse o campeonato. Mas em campo houve quem estivesse melhor, quem fizesse mais pontos, quem merecesse ainda mais a vitória.
Perdemos um campeonato. Já não estávamos habituados. É esta a razão maior do nosso desconforto."

Luís Fialho, in O Benfica

1 comentário:

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