domingo, 8 de abril de 2018

Os símbolos não são rotativos

"Esta é a história de um menino que era avançado do Marrazes. Um dia foi à baliza. Os ‘olheiros’ do Sporting viram. Gostaram. E levaram-no para Lisboa. Estávamos em 2002. O ano em que um tal de Rui Patrício se tornou jogador do Sporting.
Esta continua a ser a mesma história desse menino. De alguém que venceu seis campeonatos, entre as categorias de iniciados, juvenis e juniores. Em seis anos seguidos, como é lembrado pelo próprio clube.
Esta é a história de um rapaz que, apenas com 18 anos, se estreou como sénior na baliza de um dos maiores clubes de Portugal. Da criança que se tornou homem, longe da família, com sacrifício, ambição e coragem. Todos os dias. Com a mesma camisola. Do guarda-redes que é referência do clube que representa. Do país. Do mundo do futebol. Esta é a história de um campeão da Europa. 
Esta não é a história de um menino mimado. É a história de um homem. Com 30 anos. Que em criança, provavelmente, já seria mais homem do que alguns que agora têm 46 anos. Esta é a história de um ser humano. De um profissional. De alguém que acerta, que erra, que ganha, que perde. Que trabalha. Com empenho. Com esforço, dedicação e devoção em busca da glória (que já alcançou e continua a alcançar). De um líder. De um homem de equipa que põe o ‘nós’ acima do ‘eu’.
Esta é a história que o presidente do Sporting deveria respeitar e admirar. A história de um símbolo. Escrita em campo. Com luvas, mas sem teclado. A história que se faz, que fica, que permanece, que jamais será rotativa. E que serve de exemplo para quem vem a seguir. Esta é a história que só uma criança mimada não valoriza."


PS: Compreendo o 'ponto' que o Aguilar quis fazer, mas para sermos justos, também podia listar o número de títulos (campeonatos por exemplo...), que o Patrício ganhou, como sénior, no Sporting!!!

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