"1. Sou e serei sempre um optimista: no que toca ao futebol, por cada (ir)responsável que tente dar cabo dele, haverá sempre um responsável pelo jogo que nos devolva o sorriso. Tanto pode ser um treinador como um jogador. Basta fecharmos os olhos, pensarmos um pouco e tentar avaliar algo tão simples quanto isto: vale mais um post, um tweet, um instastory ou um golo do Soares ou um defesa de Rui Patrício? Para quem não tem dúvidas, a resposta é óbvia: é daqueles que gosta de bola e que desejaria mais jogos entre os grandes; para aqueles que estão com um olho na televisão e outro no smartphone, tablet ou PC para aliviar a bílis... lamento, mas o seu diagnóstico é reservado.
Mas o clima anda efectivamente mau. E não me refiro ao frio, antes à loucura que anda por aí à solta. Quem navegou pela net estes dias fartou-se de rir com um excerto de um daqueles relatos nas televisões dos clubes em que estão dois tipos a olhar para uma televisão e a dizer-nos o que estão a ver e cujo final tem um daqueles punch line ao nível dos melhores sketch de humor e com uma narrativa surreal: é golo/não é golo porque o assistente anulou/anulou mal porque não está fora de jogo/afinal foi bem anulado/o árbitro e os seus assistentes são mesmos maus porque não viram aquele fora de jogo. Foi cómico mas igualmente trágico porque é verdadeiramente revelador do estado de pura esquizofrenia a que chegámos.
2. O Benfica antecipou-se a vários tubarões e contratou um menino sueco de 11 anos. A primeira reacção será de espanto mas há algumas semanas o Mónaco pagou €25 milhões ao Génova por Pietro Pellegri, um jogador de apenas 16 anos, recorde de transferências de um menor. Isto transporta-nos para uma nova realidade: o scouting é cada vez mais um exercício de futuro."
Fernando Urbano, in A Bola
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