"Cada jogo que vem é, no Sport Lisboa e Benfica, o mais importante desafio para cada um de nós, na bancada. Como sempre aconteceu, época após época, antes de jogarmos na Luz, ou antes de irmos a um qualquer dos outros dezassete campos do país onde disputamos os principais jogos de futebol, o bater do coração acelera. E, à medida em que o final do torneio se vai aproximando, da mesma forma, para cada atleta em cada equipa, ou para cada treinador e cada elemento do staff que exiba o emblema do Glorioso, o jogo que se segue é mais e mais importante, mais determinante e, enfim, mais decisivo. À exuberância dos adeptos, no apoio constante aos nossos ídolos e à nossa equipa do coração, tem de corresponder a capacidade física e a performance exibicional dos atletas em campo na aplicação do rigor táctico determinado pelos técnicos, em momento algum sendo dispensáveis a concentração competitiva de cada jogador e a plasticidade que lhes é exigida na execução de cada jogada própria, ou na resolução de cada lance contrário. Entre nós e os outros, estão os árbitros para interpretar e executar, validando ou sancionando a cada passo, um sistema que, de um ponto de vista teórico, é universalmente aceite, com as leis do jogo.
Este é, como se sabe, em síntese, o desígnio geral do futebol ou de qualquer modalidade, cujos títulos sejam atribuídos mediante torneios compostos de jornadas sequenciais, nas quais todas as equipas se confrontam sucessivamente umas com as outras. Aquela que tiver consolidado o mais número de pontos numa classificação que vai sendo estabelecida semana a semana irá provar ser a mais consistente e a melhor de toda a competição.
Simples. No pensamento teórico daqueles que criaram o futebol e a maioria das modalidades no final do séc. XIX e ao longo do século passado, tudo se baseia, afinal, num modelo absolutamente universal, segundo o qual, inevitavelmente, será dentro dos espaços em que os jogos se disputam que sempre se definem os campeões. E os pentacampeões. Mesmo aqui, em Portugal. Apesar de alguns notórios procuradores da República e do Ministério Público e apesar das polícias de investigação. E, mesmo, apesar de alguns dos magistrados que, designadamente, servem em algumas sedes de Justiça à moda do Norte do país: eles não jogam futebol. Mas percebe-se que gostariam muito de poder 'jogar'".
José Nuno Martins, in O Benfica
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