"A fórmula continua a ser a mesma: mais dinheiro, menos espectáculo. Gianni Infantino entrou com promessas de renovar a FIFA, depois do maior escândalo de corrupção que afectou o organismo, mas, nos aspectos importantes, mantém-se um seguidor ávido de muitas das políticas anteriores. Começou por conseguir aumentar o número de selecções no Mundial de 2026 das actuais 32 para 48. E o próprio diz que só vê aspectos positivos com esta alteração. Naturalmente. Mais jogos significam mais dinheiro televisivo e publicitário. Ou seja: mais dinheiro para os cofres da FIFA e seus dirigentes.
Uma recente investigação do ‘New York Times’ revelou que cada um dos 37 membros do comité executivo deste organismo ganhou 250 mil dólares no último ano. Um total de quase 10 milhões. O jornal norte-americano lembra que, para um conselho que irá reunir-se apenas três vezes no presente ano, "essa compensação supera muito os pagamentos por trabalhos similares em algumas das maiores empresas com fins lucrativos do mundo."
Aquando da tomada de posse, Infantino tinha prometido impor disciplina financeira no organismo, cortando muitas das despesas, mas parece ter-se ficado pelas intenções. Para quê mexer nos salários se pode, simplesmente, mudar o formato das competições? Dessa forma, tem mais dinheiro e a simpatia (ler: votos) de federações que dificilmente conseguiriam vaga para um Mundial no formato actual. Na FIFA, pode não estar tudo na mesma, mas será que mudou tanto como o actual presidente quer fazer querer?"
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