"Creio que dois jogos de equipas do Benfica efectuados no passado fim de semana - do Futebol principal, em Tondela e do Hóquei, em Reus - foram absolutamente exemplares quanto à capacidade de auto-suspensão. Quando falamos em desporto de alto rendimento, penso que este factor da auto-superação constitui uma aptidão decisiva em cada um dos atletas e, por extensão conjuntiva, nas equipas que representam. Poderíamos dizer que se, na alta competição, os jogadores - já de si, técnica e fisicamente dotados de níveis de desempenho diferenciados e estando integrados em superestruturas organizativas incomuns - são convenientemente preparados na fase de treino e assistidos nos períodos de repouso e preparação, teoricamente não haveria razão para não desempenharem sempre da melhor forma as suas missões em campo, sempre que são chamados a competir.
Mas, como se sabe, nem sempre acontece assim: nem os jogadores são peças de laboratório, nem as equipas são máquinas, nem a competição física é um jogo de computador disputado na infraestrutura de uma rede virtual. A regularidade dos desempenhos colectivo e individuais acaba por estar à mercê de percalços.
Ora, porque, ao longo de uma época, os períodos de boa forma desportiva, a nível individual, não são permanentes; ora, porque no plano colectivo as oscilações também podem advir até das circunstâncias de um jogo ou, mesmo, do treinamento; ora, porque em determinadas fases, os resultados podem revelar-se menos positivos, devido a sequências de desafios mais trabalhosos ou menos felizes; ou ainda, porque, geralmente, a momentos menos conseguidos por uma equipa, correspondem simetricamente ocasiões de maior constância dos seus adversários mais directos.
Daí que seja tão fundamental a constante convocação das forças mais intimas do atleta. Em todos os torneios e durante cada jogo - tanto quanto menos se prevê uma remontada, como no mais duradouro ciclo de vitórias, ou nos momentos de aparente descrença, quando parece que as forças faltam.
Naquele fim de semana, em Reus e em Tondela, todos aqueles nossos jogadores quiseram afirmar-se, cada um deles, de dentro para fora de si próprios. Foram exemplares. E, naturalmente, os resultados das equipas foram o que se viu."
José Nuno Martins, in O Benfica
PS: Esta, e as próximas crónicas do jornal O Benfica, que vão ser publicadas, não são actuais!!! Devido ao caos dos CTT, só esta semana recebi as últimas edições do ano passado do jornal O Benfica! Já depois de ter recebido o primeiro de 2018 !!!
Portugal...!!!
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