quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

A manha dos empíricos

"Nunca tivemos uma equipa tão competente nos comandos da FPF. E não me recordo de um líder tão seguro e bem preparado como é Fernando Gomes. É na forma como aprende com os erros já próprios e na análise de práticas que herdou do passado, que Fernando Gomes tem encontrado a chave para o sucesso. Sem esta forma de estar, não teríamos sido campeões europeus.
Depois desta introdução, que é também uma declaração de interesses – admiro a competência e o trabalho que Fernando Gomes e a sua equipa têm entregue ao futebol português –, enfrentemos a grande armadilha em que a FPF está a cair com as polémicas em torno das práticas do sistema de vídeo-árbitro. O sistema está longe da transparência e parece cada vez mais à mercê de uma corporação tão mais poderosa e unida, quanto mais fustigada por críticas, sejam justas ou injustas. Os árbitros.
Os juízes do futebol parecem fingir que aceitam o advento do apoio tecnológico, mas depois, cada um à sua maneira, parecem apostados em provar que o sistema não funciona, nem pode funcionar. Alguém duvida de que os árbitros, por mais palavras proferidas em sentido contrário, querem voltar à decisão soberana, solitária, a olho nu sobre todos os lances do jogo? A classe parece apostada em mostrar que o sistema é um passo atrás. Ora um vai ver e rever lance de claro penálti e não o assinala, ora outro não vê nem revê outro lance de penálti. E também não o assinala. Ora, o mesmo árbitro apita a invalidar um lance por fora-de-jogo, quando o levantar da bandeira é um erro grosseiro e a nova regra manda não apitar até ao final da jogada. Ora outro, ainda, não valida um golo claro, nem as imagens vídeo servem para repor a verdade dos factos.
Que castigos há para um vídeo-árbitro que não se bate pela verdade revelada nas imagens das câmaras disponíveis? Que castigo sofre um árbitro de campo que decide sem a ponderação permitida pelas imagens revistas?
Noutro domínio da questão, que meios está a disponibilizar a FPF para que o trabalho seja de inquestionável qualidade?
Assistir no tempo presente a este estrangulamento público do futuro, levado a cabo por parte de uma classe profissional superprotegida, como a dos árbitros, é doloroso para todos os que querem um futuro melhor para o futebol.
Por estes dias, apesar da sua saúde financeira, a FPF parece estar a ser levada na manha dos empíricos reaccionários. Fernando Gomes não está a conseguir impor a bondade da decisão de ter uma das Ligas precursoras na utilização de meios tecnológicos para melhor justiça sobre a relva. É preciso que o líder da FPF encontre a forma certa e enérgica de levar o projecto para a frente. Mesmo que alguns dos que exercem resistência passiva tenham de ficar pelo caminho."

O que há ainda a escrever sobre o Benfica, desilusão da Europa

"Perante uma Europa que tem servido de kryptonite, Rui Vitória escolheu o mal menor.

O Benfica é a grande desilusão na Europa.
O campeão português, cabeça de série, marcou um golo, sofreu 16, e não somou qualquer ponto. O grupo, recorde-se, era tão acessível que praticamente obrigava à qualificação primeiro na Champions e depois, e já com um travo a desilusão, para a Liga Europa. Falhou em ambos os objectivos e ao mesmo tempo.
Tenho a certeza de que a Liga dos Campeões acabou para os encarnados na goleada de Basileia. Colocou a nu todas as fragilidades da equipa, ofensivas e defensivas, e encostou Rui Vitória e os jogadores contra a parede: teriam de bater o Manchester United para ter reais hipóteses de qualificação, algo de que nunca estiveram perto.
É o fracasso europeu, sobretudo, que leva o treinador tenta algo de novo, o 4x3x3, que adopta para os jogos seguintes da temporada.
A Europa tem servido de kryptonite, esta temporada, para o Benfica. A primeira derrota da época é vivida na Luz frente ao CSKA, e acumula-a logo depois com o desaire no Bessa para o campeonato e o empate com o Sp. Braga na Taça da Liga. À goleada em Basileia, os encarnados acrescentam um empate na Madeira, perante o Marítimo. Há então um primeiro ensaio do 4x3x3 na recepção à equipa de José Mourinho, mas abandonado nos dois jogos seguintes na Liga, até voltar em Old Trafford e permanecer até hoje.
Os encarnados parecem ter estabilizado no novo esquema, embora os resultados na Europa o não confirmem de todo, com a ressalva de que aí Krovinovic, essencial para uma boa execução ofensiva, não esteve disponível.
Rui Vitória, parece-me, já perspectivava a mudança táctica ainda na pré-época, quando falou da eventualidade em entrevista, mas só as dificuldades, expostas na Europa e sublinhadas num ou noutro jogo no campeonato, a recuperação de um Krovinovic que chegou lesionado, as dificuldades de afirmação de Filipe Augusto e as intermitências de Pizzi, levaram o técnico a encarar a alteração como inevitável. Sem que o plantel tivesse sido preparado para tal.
O 4x3x3, ao qual também falta trabalho, está muito assente no croata, que não tem substituto no plantel – Chrien e João Carvalho não parecem para já alternativas consistentes, tal como o já referido Filipe Augusto –, o que leva a pensar que até nesta alínea a preparação da temporada foi mal feita. Rui Vitória tinha a sensação de que algo iria acontecer que o levaria a mudar, mas não se preparou condignamente para quando mudasse. Não se trata só de ter mais ou menos um médio, mas também opções que envolvem a profundidade e definição dos extremos, e até a presença dos mesmos e do avançado-centro na área. Ou seja, o Benfica também não está bem preparado para o 4x3x3, embora esteja por chegar o mercado e, apenas com um consumo interno pela frente, o modelo até possa chegar.
O decréscimo de qualidade, conjugado com sectores mais envelhecidos e unidades não tão fiáveis fisicamente, terão estado na origem de tão grande queda na Champions.
Perante este cenário de kryptonite europeia, Rui Vitória terá optado pelo mal menor. Sair sem pontos e debaixo de um mar de decepção que nunca seria afastado por um eventual melhor resultado frente ao Basileia era esse mal menor. Ao colocar um 11 alternativa, não expunha a sua melhor equipa nesta fase a mais um mau resultado e a criar um retrocesso da recuperação do que estará a tentar fazer nas provas nacionais. Entende-se. Se funcionou ou não, só o saberemos dentro de algumas semanas.
O que não se compreende é a resposta desse onze alternativo, incapaz de criar reais situações de golo e de incomodar suficientemente um Basileia disposto a aproveitar todos os erros de transição defensiva dos encarnados e de resposta às bolas paradas – nos dois golos aparece Douglas (não só) na fotografia, e está longe de ser coincidência.
Acredito que Rui Vitória já esqueceu a Europa, e de facto nada fica que tenha valor positivo para ser recordado. O Benfica não teve qualidade suficiente para a competição. No entanto, os erros não ficaram estanques na competição europeia, e valha a pena continuar a olhar para a equação e tentar resolvê-la.

Dortmund, Atletico Madrid, Mónaco e Nápoles, as outras decepções.
Quatro equipas em momentos diferentes, mas a terminar bem aquém das expectativas na Liga dos Campeões.
O Borussia Dortmund arrancou a temporada a todo o gás, sob o comando de Peter Bosz, e também começou por mostrar fragilidades na prova europeia, antes de se deixar contaminar na Bundesliga. Não ganhar um jogo ao APOEL é o espelho de toda a campanha, num grupo com a exigência de ter o campeão europeu em título Real Madrid e um bom Tottenham.
O Atleti também tinha um grupo exigente, logo com Chelsea e Roma, mas também fracassou. Há quatro anos que passava sempre a fase de grupos, com a presença em duas finais (2013-14 e 2015-16), umas meias-finais (2016-17) e uns quartos de final (2014-15), sempre com o rival Real como carrasco, e o afastamento confirma uma certa perda de fulgor da equipa de Diego Simeone, que já vem desde o ano passado.
O Mónaco, campeão francês, tenta reestruturar-se após a sangria no mercado. Saíram muitos jogadores, de todos os sectores, e há muita juventude, o que levará certamente algum tempo a Leonardo Jardim para reequilibrar a equipa. Dificilmente será este ano, perante um super-PSG nas competições internas, mas o técnico provou precisamente há um ano o que era capaz de fazer. Tudo somado, no entanto, o último lugar do Grupo não chega a ter nota suficiente.
Por fim, o Nápoles. Uma equipa com uma ideia de jogo bem trabalhada, com excelente executantes, que não teve qualquer hipótese frente talvez ao melhor conjunto da actualidade, o Manchester City, e ainda teve de lidar um Shakhtar muito forte, sobretudo em casa. Talvez seja das equipas com menos desculpas, mas também aquela que apresenta melhores soluções para recuperar rapidamente do fracasso."

FC Porto - Benfica: uma tragicomédia

"Quem se pode queixar deste jogo são os adeptos e quem gosta de futebol. Um jogo pobre que teve pouco de futebol e boas jogadas e muito de casos e polémicas. O futebol português está transformado numa tragicomédia, que não sei onde vai parar, com esta espiral de tensão e de não aceitação, que o outro pode ser melhor do que nós. Depois não se queixem da debandada de adeptos.
Gosto de futebol, mas assim não! Dei o meu tempo como perdido e se continuar a este nível vou deixar de seguir os clássicos.
Com este grau de confusão, o jogo do Benfica com o Sporting, a 3 de Janeiro, vai ser lindo! 
Raramente, escrevo sobre o futebol português não me fascina e enferma de casos a mais e futebol a menos. Os melhores jogadores e treinadores estão fora de Portugal.
Eu queria era ver o Jonas a jogar e fazer magia, ver o Marega a romper uma defesa e grandes jogadas colectivas.
Estava expectante que fosse um bom jogo, mas enganei-me. Jogo duro com imensas paragens e de fraca qualidade. A emoção imperou somente pela incerteza do resultado.
O Benfica, entrou ao ataque, sem medo e a comandar o jogo, o que me surpreendeu, todavia na segunda-parte o jogo mudou radicalmente e quem impôs a sua valia foi o Porto. Era o que lhe competia, estava a jogar em casa.
Um jogo com entradas a raiar a agressão e com todo o tipo de contornos, com a entrada de um adepto do Porto a agredir Pizzi, que não gostou de ser substituído e dirigiu algumas palavras a Rui Vitória. Um jogo que deu para tudo, até o sururu final devido à bola de jogo entre Marega e um director do Benfica.
Exemplos destes não dignificam o futebol e são um mau exemplo social.
Não faltou uma expulsão de Zikovic, nem chegou a aquecer, entrou e saiu; impediu a cobrança de um livre e derrubou Otávio.
Do jogo, per si, o Porto queixa-se de dois penáltis por marcar e um golo anulado. Dos penáltis não me pareceu: o do Luisão, o árbitro Jorge Sousa consultou o vídeo-árbitro e nada assinalou.
No golo anulado tem total razão pois não há fora-de-jogo. O lance é parado pelo árbitro antes do remate, impossibilitando que o vídeo-árbitro intervenha para manter a verdade desportiva.
O Benfica pode queixar-se do árbitro, no lance da entrada duríssima de Filipe sobre Jonas. Aceitava-se o amarelo, mas se mostrasse o vermelho directo não escandalizaria e o jogo com o Porto com 10 poderia tomar outra feição. O árbitro nada mostrou, ao invés, expulsou Zikovic por muito menos. 
Acabou o jogo e as labaredas continuaram: o Benfica exige a interdição do Estádio do Dragão; o Porto queixa-se do árbitro.
Casos à parte, como diz o director do Record, António Magalhães e o comentador SportTv, Pedro Henriques num debate no Clube dos Pensadores, "o culpado no futuro vocês vão ver é o VAR".
Há sempre culpados, mas em primeiro lugar são os jogadores pelo que fazem em campo. São os artistas e o Porto pode queixar-se da infelicidade de Marega.
Marega é um jogador possante que vai a todas, mas esteve numa noite infeliz. Se ele marca e o Porto vence, tudo que se empolou e dissecou passaria para as calendas gregas.
Espero no futuro mais futebol que se fale de belas jogadas e menos pancada, assim como, atitudes e comportamentos nada edificantes."

A pólvora seca do Estoril

"Com o nulo caseiro diante do Portimonense, o Estoril cumpriu a sétima jornada consecutiva sem festejar um único golo. Um registo tão cinzento quanto raro (quinta vez na história do campeonato nacional) e que não se verificava desde a temporada 2013/14, quando o Belenenses esteve exactamente o mesmo número de jogos (entre as rondas 10 e 16) em jejum.
Mas, se o facto em si é merecedor de análise, ganha mais relevo se se acrescentar que a formação canarinha – apesar de ser juntamente com o Moreirense a que marca menos golos na prova, apenas 8 – é das que mais remata. Tanto que, por surpreendente que pareça, é a terceira nessa lista. Os seus 151 ‘disparos’ à baliza só ficam atrás dos 215 de FC Porto e dos 203 do Benfica, as equipas que – dentro da lógica – são as que mais golos conseguem.
O problema do Estoril não está na falta de cadência ofensiva, nem na cerimónia em visar as redes adversárias. A comprovar isso, por exemplo, pode dizer-se que nas duas derradeiras jornadas – sob a liderança de Ivo Viera – ninguém rematou mais que os estorilistas. Porém, as 38 tentativas (à frente das 30 do Aves e das 29 do Benfica) não produziram um só golo. Acertar no alvo é que tem sido uma autêntica dor de cabeça para a equipa que, feitas as contas, só festeja um golo a cada 18,88 remates. Até Moreirense e Aves, as segunda e terceira equipas com pior eficácia, precisam de consideravelmente menos ‘tiros’ para bater os guarda-redes contrários: 15,75 e 12,17, respectivamente.
No polo oposto surge o Sporting. Os comandados de Jorge Jesus são apenas sétimos no ranking de remates (141), sobem a terceiro no total de golos obtidos (27) – apenas superados pelos rivais FC Porto e Benfica – mas são os melhores na relação entre ‘disparos’ e concretizações. A cada 5,22 tentativas o conjunto de Alvalade marca, com Sp. Braga (6) e Portimonense (6,23) a apareceram nas posições imediatas.
Curiosos são os dados do Marítimo. Apesar de ser a formação com menos remates (97) é a quarta com melhor desempenho, já que factura a cada 6,93 tentativas. Dito de outra forma: é preciso é rematar bem e não muito...

Sabia que...
Pela primeira vez na época o Benfica não marcou? Após o 0-0 no Dragão, agora é o Sp. Braga quem marca há mais jogos seguidos (8). Os encarnados pararam uma sequência de 20 partidas a facturar na liga (8 +12).
Zivkovic foi o primeiro benfiquista a ser expulso? Com o vermelho visto pelo sérvio no Porto, agora só três equipas (Sp. Braga, Boavista e Sporting) continuam sem expulsões.
Esta foi a jornada com mais foras-de-jogo? Foram assinalados 48, mais 7 que o anterior máximo, verificado na ronda 7.
Foi igualado o máximo de penáltis numa jornada? Os cinco assinalados no decorrer desta ronda 13 foram exactamente os mesmos que na jornada 11. Como curiosidade, diga-se que Belenenses e Marítimo são os únicos clubes que ainda não beneficiaram de um. Já Estoril e FC Porto são os únicos emblemas sem castigos máximos contra."

Twilight Zone ou Toilet Zone

"O futebol em Portugal está mergulhado em algo que não prevíamos poder ser real e que, muitas vezes, ultrapassa a nossa imaginação. Temos ficção, suspense, terror, fantasia. Considerando o nível do que se tem passado, a minha dúvida é se estamos numa Twilight Zone ou Toilet Zone. Ora vejamos:
Os clubes continuam a incentivar à violência contra os árbitros. Sim! Incentivar à violência. Porque violência não é apenas a física. Quando um clube faz um post ou tweet, com um perfil/página oficial ou oficioso, em que associa uma arbitragem a um qualquer “apito dourado” ou “polvo", está a promover e exercer violência sobre esse árbitro, sobre a sua família e sobre arbitragem em geral. Twilight Zone ou Toilet Zone?
Dizemos (sim, admito que também eu tenha já dito algo parecido com isto) que os árbitros, com os erros que têm cometido, não estão a colaborar para que os clubes, nomeadamente os três ditos grandes, consigam participar numa pacificação do nosso futebol. Entende-se com esta afirmação que, como os árbitros erram, é justo e natural que sejam vitimas de bullying?! Faz lembrar aquela teoria que alega que uma mulher, quando usa mini-saia, se está a pôr a jeito para ser violada... Twilight Zone ou Toilet Zone?
Um líder de uma claque faz uma instastory onde mostra um árbitro violentamente agredido e afirma: “Este de certeza já não rouba mais”. Twilight Zone ou Toilet Zone?
Neste fim-de-semana aconteceram, pelo menos, três agressões a árbitros em jogos de campeonatos distritais. Não é algo novo. Mas faz sentido que seja algo habitual? Twilight Zone ou Toilet Zone
Está em curso uma recolha de fundos para ajudar um adepto que saltou de uma bancada do estádio, invadiu a zona de jogo e teve uma conduta violenta sobre um jogador. Twilight Zone ou Toilet Zone
Os clubes ditos grandes, com os seus departamentos de comunicação, os seus blogs e os seus comentadores, digladiam-se todas as jornadas numa luta para provar que o seu clube foi prejudicado e que os seus adversários foram beneficiados nos respectivos jogos. O Zé Maria ganhou um concurso de televisão a ser o coitadinho. As estruturas dos clubes acreditam mesmo que reduzirem-se a “coitadinhos” os vai ajudar a ganhar a Liga? Twilight Zone ou Toilet Zone?
Ainda sobre esta luta titânica para provarem que estão a ser prejudicados e os outros beneficiados.... Usam-se vídeos com frames em falta?! Alteram-se imagens e fotografias?! Twilight Zone ou Toilet Zone?
Sei, compreendo e aceito que grande parte dos adeptos não conheça os detalhes do projecto videoárbitro. Quanto aos clubes, treinadores, jogadores, comentadores e jornalistas, tudo lhes foi explicado: princípios e objectivos do International Board com este projecto, o seu funcionamento e as limitações que o protocolo actual impõe. Observarmos agentes do futebol, que é suposto terem toda a informação sobre o projecto VAR, andarem a usar ideias falsas sobre o protocolo e/ou as atribuições do VAR para manipular quem os lê e ouve... É Twilight Zone ou Toilet Zone?
Esperemos que este actual e pobrezinho remake futebolístico da famosa série dos anos sessenta acabe depressa!"


PS: Uma das coisas mais extraordinárias deste tipo de crónicas ultimamente, é a forma como os 'defensores' dos árbitros, metem no mesmo saco, aqueles que difamam, coagem, ameaçam... diariamente os árbitros e as suas famílias, com aqueles que denunciam o clima de terror e/ou exigem a intervenção da justiça e/ou do governo...!!!
Para esta gente, são todos iguais!!!