quinta-feira, 1 de junho de 2017

Obrigado Ederson


Secretamente, tinha uma esperança que o Ederson ficasse mais um ano... mas o mundo real é que conta!!!
Os valores são altos (com o Nuno Santos incluindo, vamos provavelmente receber mesmo os €30 milhões), mas a substituição do Ederson não vai ser fácil...

Rui deu a Vieira a maior vitória...

"Enorme mérito de Vieira. Tirar o Benfica da ruína. Construir forte estrutura. Escolher Jesus e Vitória, os treinadores certos em diferentes estratégicas. E coragem em duas decisões de altíssimo risco!

Preto no branco: no Benfica tetracampeão (e com muitos mais troféus nacionais no mesmo período, impondo claríssima hegemonia), vinca-se soma de múltiplos méritos. E tentar negar esta evidência é absurdamente caricato.
Enorme mérito de Luís Filipe Vieira. Na passada do híper corajoso Manuel Vilarinho - também muito lúcido ao passar o comando -, Vieira pegou num Benfica arrasado pelo desvario no mandato de Vale e Azevedo (o mal vinha de trás, mas, aí, bateu no fundo, foi mesmo a total falência!) e, passo a passo, sabendo aprender com os próprios erros, reergueu-o de forma admirável! Novo estádio (visão do futuro, pois pôr remendos no anterior seria inútil panaceia...), academia do Seixal (importantíssima), forte regresso às modalidades ditas amadoras, construção de equipa de futebol capaz de ganhar.
Grande mérito de sólida/eficaz estrutura no futebol, parecendo sempre a crescer em qualidade. O que também é obra do presidente: saber escolher as pessoas certas (alguma até de origem não benfiquista), saber liderá-las e, nalguns momentos, afastando quem, creio, tinha de afastar. Anti-vaidades derrapantes, profissionalismo como fundamental base de estratégia de fundo.
Grande mérito de Jorge Jesus e Rui Vitória, treinadores bicampeões. (Trappatoni foi fogacho... vitoriosos; nunca considerei Camacho e Flores bons treinadores, mas Camacho terá sido importante a explicar primeiros passos para a tal estrutura). Jorge Jesus e Rui Vitória, sim, foram escolhas certas para diferentes momentos, com diferentes estratégias.

Em decisões sobre líder técnico no futebol, Luís Filipe Vieira teve dois momentos dificílimos, de impressionante coragem, arriscando ir ele para o cadafalso.
1 - Jorge Jesus, campeão mal chegara (e cumprindo o que tinha garantido: «comigo, a equipa jogará o dobro» - de facto, jogou mais do dobro...), caiu, de seguida, em 3 épocas sem título - e a última foi devastadora nas duas semanas de quase, quase...: campeonatos perdido aos 90+2 no Dragão (inesperadíssimo e irrepetível golaço do menino Kelvin, substituição feita já em desespero - quase nunca jogara e não voltaria a fazê-lo no FC Porto...); conquista europeia esfumada perante o Chelsea, de novo aos 90+2...; adeus Taça de Portugal, face ao V. Guimarães, na reviravolta dos derradeiros 8 minutos no Jamor! Jorge Jesus tinha a porta de saída escancarada e para ela era empurrado por muitíssimos adeptos e quase todos os directores. O presidente com estrondo a fechou... mantendo o treinador dentro de casa. Seguiu-se Benfica bicampeão e conquistador de quase tudo.
2 - Jorge Jesus nos píncaros. E, espantosamente, Luís Filipe Vieira decide colocar ponto final naquela intensa ligação de 6 anos cujo balanço era bem mais do que positivo (vindo o Benfica de onde viera). Loucura presidencial não renovar contrato com bicampeão! Estupefacção, e revolta, em enorme maioria de adeptos (porém, outra novidade; desta vez, decisão de Vieira apoiada pela direcção/administração). Gigantesco risco! (ainda por cima, Jesus foi galvanizar o Sporting) Depressa se percebeu: o comando benfiquista queria implementar forte mudança de política no futebol e nas finanças (dar muito mais saída à fábrica da formação, considerando não ser Jorge Jesus para isso adequado.

Entrou Rui Vitória. Muito bom trabalho no Fátima, no P. Ferreira, no V. Guimarães, mas... desconfiança generalizada: isso chegaria para não esbanjar a herança de troféus por Jesus deixada? Recorde-se os primeiros meses: dificílimos, na corda bomba, e sob sistemáticos ataques do seu antecessor, vide não ter mãos para aquele Ferrari...
Rui Vitória venceu em toda a linha. E, ao lançar Nélson Semedo, Renato Sanches, Lindelof, Ederson, Gonçalo Guedes (quase meia equipa vinda dos B...), deu a Luís Filipe Vieira a maior vitória!"

Santos Neves, in A Bola

Alternativo 2017/18

Disse-o ontem: todos os equipamentos do Benfica são bonitos... uns mais bonitos do que outros, mas são todos bonitos!!!
Em relação ao da próxima época: gosto.
Continuo a preferir o branco... mas pelo menos não optámos pelas 'brincadeiras' cromáticas que a Adidas impingiu a outros Clubes pela Europa fora...!!! 

Juniores - 14.ª jornada - Fase Final

Benfica 2 -1 Braga
Zidane, Soares


Fim de época, com uma equipa praticamente toda de 1.º ano... com uma vitória, que merecia mais golos!

A falta não assinalada no golo do Braga, sobre o nosso Central, é mais um exemplo, do 'medo' que os árbitros têm de apitar no Seixal!!!

Onomástica clubista

"Escrevo hoje sobre curiosidades onomásticas. Em regra, os clubes têm incluído no seu nome completo a sua cidade-sede. Mas há  clubes dos principais escalões que são excepção: o Gil Vicente (de Barcelos), os dois Vitórias (de Guimarães e de Setúbal, no entanto mais conhecidos pelo nome das cidades), Sporting e Atlético (ambos de Lisboa). De todos os clubes da capital que já passaram pela 1.ª divisão, só o Sport Lisboa e Benfica e o Clube Oriental de Lisboa têm a cidade no seu nome.
Já o Sporting e o Atlético são os únicos clubes que não tendo o nome da sua cidade, têm, porém, o nome de Portugal. Patriótico, dirão uns. Megalómano, dirão outros. Ah, já me esquecia, leões e alcantarenses tiveram, durante 1948 e 1991, a companhia do Império Clube de Portugal (de Lisboa, Calçada da Picheleira).
É raro dizer-se o nome completo de um qualquer clube. Já o FCP é dito, por muitos, sempre como Futebol Clube do Porto, mesmo se a jogar outra modalidade que não o futebol. Por exemplo, em Espanha ninguém diz Futebol Clube de Barcelona, mas simplesmente Barcelona...
No mapa futebolístico mundial, há outros casos interessantes. Em Espanha, há um clube com um nome político com a ligação ao Reino, ainda que em catalão: o Real Club Deportiu Espanyol de Barcelona. Na capital austríaca mora o conhecido FK Austria Wien, que, assim, une país e cidade.
No Brasil, há clubes associados a países: ao próprio Brasil (Clube de Regatas Brasil, de Maceió), a Portugal (Associação Portuguesa de Desportos, de S. Paulo) e América (America Football Clube, do Rio de Janeiro e América Futebol Clube, conhecido como América Mineiro, de Belo Horizonte)."

Bagão Félix, in A Bola

Jogadores-chaves

"1. Os treinadores preferem quase sempre evitar entrar em análises individuais para não perder a força colectiva. Compreende-se gerir um balneário nunca é fácil e os melhores na função são aqueles que conseguem ter todos na mão.
Neste grupo restrito terá obrigatoriamente de entrar Rui Vitória: diz-se na gíria que quando até os suplentes estão satisfeitos é porque há mérito do treinador. Veja-se, por exemplo, os casos de André Horta e Júlio César: o primeiro passou de titular a não utilizado; o experiente guarda-redes, apesar do estatuto de antiga estrela do futebol mundial, teve de aguentar o lugar de número dois numa posição onde só um pode jogar. E nos festejos do título era dos que mais celebravam. Isto quer dizer alguma coisa.
Mas justificar o êxito do treinador benfiquista à psicologia seria redutor. «Isto não é só dar as mãozinhas», disse no ano passado. As explicações que Vitória apresentou nas entrevistas que concedeu à BTV e à SIC ajudam a perceber a ideia de jogo que mais também foi possível avaliar a dependência dessas ideias à capacidade de um jogador especial: Pizzi. A excepção no discurso.
2. Noutra escala, um treinador merece-me todo o mérito: Massimiliano Allegri. Só um grande gestor de egos e olho clínico consegue transformar um ponta de lança puro como Mandzukic num extremo que defende como um lateral. Seria como pôr Mitroglou a jogar no lugar de Cervi e a roubar mais bolas que o pequeno argentino. Notável.
3. Não poderia deixar de destacar Zidane, aquele que conseguiu convencer Ronaldo de que não pode jogar todos os encontros (lembram-se da fúria dele quando foi substituído em Las Palmas?). Mas também aquele que conseguiu pôr o Real Madrid a tocar a bola como o Barcelona. Graças a um jogar: Isco. Mas num contexto diferente do de Vitória, por exemplo: o Benfica não tem substituto para Pizzi, Zizou só o fez porque perdeu... Gareth Bale."

Fernando Urbano, in A Bola