quinta-feira, 27 de abril de 2017

De boas intenções está o inferno cheio

"Por isso, o melhor mesmo seria saber o que pensa - mesmo - Pedro Proença sobre o presidente do Sporting!

Tendo sido um dos mais ferozes críticos de Pedro Proença, enquanto árbitro, impus-me, a mim mesmo, ultrapassar o que entendi com uma crispação já desnecessária, após o seu abandono.
Depois de uma intermediação (do meu... hoje já famoso... cunhado) acabei por falar, algumas vezes, com Pedro Proença a constatar que a sua preparação e formação poderiam fazer dele uma figura relevante no futebol português.
Esta é a minha declaração de interesses, ... para chegar a este artigo com autoridade moral para escrever o que se segue...
Apesar de empenho que Pedro Proença pôs na aprovação de uma norma só para mim (o art.º 140.º A, do Regulamento de Disciplina), e da mais que previsível campanha (que aí vem) de proibir os programas tipo O Dia Seguinte de terem acesso a imagens dos jogos.
Como se eu fosse o responsável máximo pelo 35 e, agora, pelo possível 36 e tetra (mas fazendo o favor a quem lhe pede isso)!

A declaração do presidente da Liga...
Talvez inspirado pelo espírito de Abril, o presidente da Liga, invocando o prestígio internacional do futebol português, veio, em artigo publicado em A Bola, no dia 26, fazer um apelo ao fair-play, ao respeito, ao bom sendo e... à contenção verbal.
Ora - do que vejo, do que leio, do que sei e do que me contam - o artigo em causa não tem qualquer correspondência com a postura, os actos e os comportamentos do seu autor, no cargo em causa.
Porque estas palavras, agora escritas e publicadas, não coincidem nem condizem - do que vejo, do que leio, do que sei e do que me contam - com o que Pedro Proença afirma em conversas, por certo reservadas, mas com muita gente.
O Presidente da Liga não pode apelar, como o fez, e ser conivente com a instigação da divisão e do conflito gratuito.
O Presidente da Liga não pode ter uma opinião em público sobre o presidente do Sporting que - do que vejo, do que leio, do que sei e do que me contam - é exactamente a oposta da que transmitirá, nesses encontros, a outros dirigentes.

... E a reunião com um presidente castigado
Como compreenderá, o Pedro Proença que acho ser uma pessoa de bem («d'um só rosto, ... de antes quebrar que torcer», para usar a expressão de Sá de Miranda), não pode, enquanto Presidente da Liga, receber, formalmente, o presidente de um clube que acaba de ser castigado pelo Conselho de Disciplina com 113 dias de suspensão!!!
Ao fazê-lo, está a pactuar com alguém que infringiu, de forma grave, a lei, segundo os órgãos disciplinares do futebol português.
113 dias para um infractor, um prevaricador castigado, mas que, ao mesmo tempo despreza a decisão do órgão que tutela a disciplina do futebol em Portugal.
O que não diríamos se, por exemplo, víssemos, nas primeiras páginas dos jornais que usam e abusam desse tipo de notícias, um qualquer chefe de uma qualquer repartição de Finanças aplicar uma sanção pesada a um qualquer cidadão por incumprimento fiscal e, dias mais tarde, assistirmos, numa qualquer televisão, a uma reunião formal do Ministro das Finanças com esse mesmo cidadão, para discutir a situação fiscal do país e ouvir as suas sugestões para o combate à evasão fiscal e ao branqueamento de capitais?
O que diríamos todos nós, especialmente os mais afoitos na crítica de quem anda na vida política, se, no final desse encontro, o cidadão em causa ainda tivesse o atrevimento de prestar declarações publicas a dar lições de moral e ética a todos os restantes cidadãos do país?
Ou se um incendiário reconhecido como tal fosse chamado para dar conselhos aos bombeiros, no combate a um fogo qualquer?
Não, não podemos aceitar, calar e ser coniventes, para não dar a ideia de que, no futebol português... o crime compensa.
Ou, melhor ainda, ... há crime, há punição, mas tudo continua como se não houvesse infractores...

E os outros encontros?
Poderia Pedro Proença ter ficado por aqui... Poder, podia... mas não seria a mesma coisa! O que levará o Presidente da Liga apelar à paz, ao entendimento e ao fair-play, quando, nas vésperas de um jogo que se seria sempre determinante na luta pelo título de campeão nacional (a 5 jornadas do fim), janta com agentes desportivos que fizeram juras de uma santa aliança (que tem de tudo menos de santa) contra o Benfica?
Ou não perceberá Pedro Proença que tais sinais são provas de uma saga divisionista e pouco merecedora de algum crédito para quem deveria ser... e parecer... imparcial?
Eu não quero dar razão a quem, no Benfica, me dizia, de cada vez que o defendia internamente, que terá uma agenda marcada por velhos laços, impossíveis de romper...
Mas como diria António Oliveira Salazar (para citar, pelo que vi nos últimos dias, um dos autores preferidos do presidente do Porto), ... «o que parece, é».

O fim da Liga ou de Pedro Proença?
Ou será que teremos que concordar com aqueles que defendem que a paz no futebol português se fará pelo fim da Liga, ou pelo seu afastamento do cargo que exerce? Para que os defensores desta tese não possam ter razão, há que fazer corresponder as palavras dos actos! As palavras, ditas e publicadas, aos actos e aos comportamentos respectivos!
Porque o castigar com uma mão e perdoar com uma reunião é um caminho que não leva a lado algum!
Esses senhores da guerra do futebol, generais de claques legalizadas que deveriam ser ilegalizadas (mas sempre preocupados com as claques que não precisam dessas normas para seguirem a lei), saem de cada reunião dessas com o ar de quem domina o mundo, como se essa conivência com quem os recebe tenha feito deles verdadeiros... detentores do segredo do Santo Graal... do futebol português!
Ora, que sai assim de um encontro com o Presidente da Liga não pode ter ouvido de Pedro Proença o que Pedro Proença pensa deles (do que vejo, do que leio, do que sei e do me contam). Ou, pelo menos, o que Pedro Proença diz - a outros - o que pensa deles! Por isso, o melhor mesmo seria saber o que pensa - mesmo - Pedro Proença sobre o presidente do Sporting! Já agora, ... num artigo no dia 1.º de Maio (para seguir a saga das datas comemorativas)!
Acabando com a intriga, porque - se assim não for - teremos que dar razão a quem acha que a liga deve acabar!

Benfica e Feirense
agora, para o registo, dois empates marcaram a última jornada. Excelente o do Feirense, fora. Menos bom, o do Benfica. Porque, se o Feirense mereceu empatar, já o Benfica com três penalties - roubadinhos... - merecia ter ganho! Agora, contra o Estoril, vem aí a primeira das 4 finais que faltam.
Rumo ao 36!!!"


Rui Gomes da Silva, in A Bola

Verdade e mentira

"«Uma porta meio aberta é uma porta meio fechada, uma meia-mentira jamais será uma meia-verdade», escreveu Jean Cocteau.
A verdade dá trabalho, porque exige a consonância da sua essência com o carácter e a consciência. É uma prova de fundo, uma espécie de maratona. Exige coerência e memória. A mentira implica a imaginação do seu fabrico e é favorecida pela sofreguidão dos tempos, que rapidamente a fazem submergir nas trevas sem memória. A mentira é uma modalidade de velocidade rápida. Tanto que, não raro, se perde na pista.
A verdade existe por si. A mentira subsiste através dos seus feitores.
A mentira deixou de ser o contrário da verdade. Para isso, se veste ou traveste de muitas, sofisticadas e falsificadas formas: a tal meia-verdade, a omissão, o exagero, a dilação, o rumor, a contra-informação, a incoerência, a quimera, a ilusão, a insinuação, a manipulação, a descontextualização. Entre a verdade e a mentira, ou ainda - na agora em voga e pós-moderna perspectiva - entre a verdade e a pós-verdade, ouve-se, com inusitada frequência, o mais superlativo e reles instrumento de argumentação: o insulto. Ás vezes, acompanhado da magia de se dividir a verdade para multiplicar a mentira.
No futebol, há implantes imperadores da mentira global. Até muito apreciada (ou consentida) em certos ambientes e replicada por turbas. Por isso, se vem transformando numa nova especiaria comportamental.
Mas, como dizia o poeta Mário Quintana, «a mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer?» por isso, é só uma questão de tempo, até se descobrir o dia em que o mentiroso compulsivo conseguir dizer uma... verdade!"

Bagão Félix, in A Bola

Enfim, move-se!

"Foi Galileu Galilei quem terá tido a irónica sagacidade de declarar, em surdina, a histórica frase: «E no entanto, ela move-se». Referia-se à Terra, depois de ter a prova científica de que, ao contrário do que era entendido pelo pensamento universal, não era o Sol que girava em redor do nosso planeta, mas o contrário. Galileu estava, no entanto, a ser interrogado pela inquisição e perante a alta probabilidade de ser queimado pela fogueira do Santo Ofício, admitiu, alto e bom som, que se enganara, que a Terra não se mexia, mas, baixando a voz, e fora do alcance da audição dos sombrios juízes, confirmou a sua verificação.
Nunca foi fácil, em todos os tempos, lutar contra os regimes instalados. Em Portugal, o futebol tem uma força imensa e os presidentes dos grandes clubes um poder tão forte quanto perigoso.
É o problema dos poderes. Pode ser aproveitado para o desenvolvimento, em linha com uma modernidade útil, mas também pode contribuir para desmandos, para o reaccionarismo cultural, para a segregação da inteligência e para degradação do meio.
O poder não é, pois, um mal em si mesmo, se descontarmos a convicção anarquista que parece ter caído em total desuso, mas o poder mal usado, ou abusado, é uma arma mortífera.
Depois de um período trágico, que causou desesperos, agravos e até mortes, incentivados por algumas vozes corajosas, em contra-ciclo com o conformismo e a indiferença, o velho sistema, enfim, move-se.
Chegam, do Governo, alguns sinais de acção, surge da FPF a promessa de fazer mais do que apelar ao fair play e o presidente da Liga fez publicar um artigo de assinalável importância. Talvez tenha valido a pena não termos ficado de braços cruzados."

Vítor Serpa, in A Bola

PS: A sério, o 'Tugão move-se'?!!!
O 'querido' escreveu uma crónica, depois de estar calado todo este tempo, e agora está tudo bem?!!!
Mas quem é que não ficou de braços cruzados?!!! A Bola?!!! O jornal que recusava falar do Apito Dourado, pois dava uma má imagem do futebol...?!!!
Talvez o mais extraordinário neste texto, é a falha de memória do autor... ao não realçar que o Poder abusado ou mal usado, só triunfa, com o silêncio e cumplicidade dos tachistas e dos preguiçosos do politicamente correcto...!!!

'Derby': a lição dos artistas!


"Contra diabólicos ventos, 'gritaram': o futebol somos nós! Adrien e Pizzi num brilhante hino! Claques: legais (devem ser) ou não, quem expulsa bestas?!


Aplauso, muito, muito intenso, a todos os futebolistas de Sporting e Benfica no derby. Bateram-se com garra, deram o litro para vencer confronto sentido como especialíssimo (por razões diferentes, mas tão fortes!). E nunca, rigorosamente nunca, em hora e meia acesamente disputada, pisaram o risco de mau comportamento ético; absoluta recusa de qualquer tipo de violência - a estúpida e, muito pior, pérfida violência a quem andavam a ser chamados por estuporados adeptos e, gravíssimo!, por dirigentes.
Que estupenda lição foi dada por todos os futebolistas (27) de Sporting e Benfica neste confronto em que se empolgaram com bravura e permanente mútuo respeito. Mais uma vez, ficou transparente: o melhor - muitíssimo bom, amiúde fantástico - do futebol são os jogadores. Contra diabólicos ventos de tantos irresponsáveis que vão semeando ódios, indiferentes (?!) aos barris de pólvora que projectam para o grande palco onde os artistas galhardamente resistem conseguindo manter extraordinário espectáculo e, direi que roçando milagre, poderosa indústria.
Depois dos jogadores, os treinadores (por regra, com demasiadas excepções). Preparam as equipas, sofrem imenso, têm a cabeça sempre pertinho de cadafalso (esta lusitana I Liga deve ter batido recorde mundial: só 5 de 18 equipas não mudaram líder técnico!; e várias já vão no terceiro!, fantástica obra de dirigentes híper volúveis...). No emocionalmente escaldante derby, aplauso para Jorge Jesus e Rui Vitória. Verdade: por causa de fortes quezílias na época anterior, não conseguiram cumprimentar-se... (um dia o farão). Mas nem uma acha para a fogueira atiraram nos dias anteriores e no pós-jogo. Impecáveis.
E os dirigentes? Façam enormíssimo favor ao futebol e à sanidade mental de quem adora futebol: calem-se! Dirijam, clube e SAD, entendam-se para solucionarem os macro-problemas do nosso futebol (não apenas, nem sobretudo, a arbitragem - onde, reza longuíssima historia, sempre ferozmente se engalfinham a ver quem manda mais do que quem!), e deem todo o palco mais mediático a jogadores e treinadores. A desvergonha dos vossos insultos já passou todos os mais amplos limites! Por aí, calem-se! Até porque, sim, indiscutível, é a vossa miserável troca de piropos o que muitíssimo mais incendeia, até à alarvidade criminosa!, horroroso fanatismo de adeptos. E calem os vossos directores de dita comunicação! Óbvio: tudo isto está a léguas de se aplicar apenas a quem agora dirige Sporting e Benfica...
Ah!, as claques ditas organizadas. Fervilhante tema do momento: as legalmente reconhecidas vs. as que não são. Parece-me óbvio: todas devem estar legalizadas. Única forma de os clubes poderem ter alguma mão nelas (mas, evidente, não têm!; porque os dirigentes, receando-as, não querem ter!...). Teoria: mais fácil expulsar adeptos - expulsar de sócio, ou)e vetar entrada no estádio - de claque legal do que de ilegal. Porém, Pertinentíssima pergunta: quando é que um clube português assim foi drástico com elementos da sua claque, por muito reconhecidamente legal que ela seja?
Tão fácil alijar responsabilidade, passando a bola para o Estado, polícia, lei, tribunais... Também verdade: o Estado (governo, deputados) muito poucos se mexe nesta matéria, sempre tem tendência para devolver a bola... Lei mais severa? Sim! Mas sobretudo aplica-la. O juiz que condenou jogador do Canelas, agressor de árbitro, inclusive com proibição de entrada nos estádios, deu muito bom exemplo. E lembrem-se de como a Inglaterra resolver o gravíssimo problema dos hooligans: polícia prendeu-os, clubes expulsaram-nos, tribunaus condenaram-nos. Mais: obrigatória apresentação na polícia à hora dos jogos; e do país não saiam quando equipa de clube ou Selecção jogavam no estrangeiro. Drasticamente expurgados.

Adrien e Pizzi. Os dois melhores no derby. Médio contra médio, diretíssimo e renhidíssimo despique. Deu enorme prazer vê-los defrontaram-se com permanente intensidade (ambos assumido que a sua equipa muito deles dependia) e... nunca beliscado fair-play. Chocaram ror de vezes, levantaram-se, amiúde se cumprimentaram e... toca a jogar, acabando num Abraço, Adrien vs. Pizzi, Pizzi vs. Adrien, hino ao futebol!"

Santos Neves, in A Bola

PS: Está para 'nascer' o jornaleiro português, com coragem para 'separar' a postura e as declarações do Presidente do Benfica (e director de comunicação), em relação aos outros dois 'compadres'!!!!

Olhem para eles

"Não acredito que seja coincidência: estamos a ter uma das piores edições do campeonato do que à qualidade global do futebol diz respeito e talvez nunca como nesta temporada assistimos a tanta polémica e jogo sujo. Que a malta anda a portar-se mal, isso todos estamos de acordo, mas interessa-me, como cidadão, jornalista e amante deste jogo, perceber como chegámos aqui.
Olhemos para a justiça, por exemplo: a possibilidade de um caso ser julgado por dois organismos (um da Liga e outro da Federação) é absolutamente anacrónico e anedótico para casos como o de Slimani ou o do túnel de Alvalade (ou o de Samaris, vale uma aposta?) que demoram mais tempo a resolver-se do que construção de um prédio de 10 andares.
Urge por isso simplificar: um único órgão de disciplina e outro de arbitragem, de preferência fora da Liga, que está (e estará, devido à sua natureza) refém de interesses de quem não pensa global. Porque quem anda nos bastidores do futebol sabe como são tomadas as decisões em Assembleias Gerais: os grandes a competirem entre si e contando as espingardas, ou seja, clubes aliados, que devido à sua fragilidade estrutural, financeira e (porque não dizê-lo) com dirigentes de horizontes muito curtos, não têm outro remédio senão o de fazer de alinhado, caso contrário não recebe aqueles atletas emprestados ou aquele dinheirinho da venda de um jogador que nunca chega verdadeiramente a actuar pelo clube que o contrata...
São formas de agir de há 30 anos que continuam em voga, apenas mudando os protagonistas e a cor das gravatas. É tempo de haver uma reciclagem dos dirigentes. É muito bafio e bolor junto. Olhem cada vez mais para os jogadores e deem-lhe o espaço que merecem. Estão a dar várias lições. Como a de ontem no novo restaurante de Schelotto."

Fernando Urbano, in A Bola

Das verdades

"A ideia de Jorge Valdano: quando a grande figura dum jogo que acaba 0-0 é o guarda-redes, o jogo não foi de grande figura. Nem sempre é verdade. Domingo, no Dragão, foi (e não foi - porque houve mais). Foi verdade que Vaná foi grande figura por ter feito com que as suas mãos fossem, por vezes, maiores que a sua baliza. Foi verdade que houve outra grande figura (que não deveria ter havido assim): o árbitro que falhou com os olhos (nos penalties que deixou por marcar e não só) e que os jogadores do FC Porto falharam com os pés, disparatadamente. E foi verdade que o FC Porto mostrou o que já se lhe insinuara: falta de estofo de campeão. Sim, quando o Ghandi dizia:
- A coragem nunca foi questão de músculos, é questão de coração...
... não estava a falar de futebol, porque se estivesse não se esquecia da cabeça. O problema do FC Porto, contra o Feirense, não foi, só esse - foi não ter percebido (do treinador aos jogadores) outras coisas mais. Por exemplo o que Rinus Michels percebeu há muito tempo:
- O futebol era um jogo de acertos, hoje é um jogo de erros. Ganha quem souber explorá-los melhor, quem não os cometer tanto. Antes os espaços tinham de ser organizados, agora tem se ser criados...
... criados com argúcia. Não o percebeu - e não percebeu que, no futebol, a direcção certa é mais importante que a velocidade (ou a vontade desesperada). Que o afogadilho (ou o frenesim desesperado) só tira a serenidade dos pés dos jogadores, só lhes atrapalha o critério. (Sim, foi por isso que o FC Porto caiu no inferno que criou). E que quem joga assim, sobre as brasas que cria, falhando golos sobre golos por mais figuraça que tenha havido no guarda-redes - não perde só o jogo que empata, perde a moralidade para se desculpar com o árbitro. Mas mais: não ganhando ao Feirense (e ao Setubal) mesmo contra os erros dos árbitros (e o resto) só por despautério pode, depois, vir falar da Liga Salazar (mesmo ignorando ou esquecendo a história do Benfica com Salazar, a sua verdade...)."

António Simões, in A Bola

PS: Não foi fácil publicar esta crónica... a facilidade com que as queixas hipócritas e mentirosas dos Corruptos sobre as arbitragens, são aceites como verdade incontestável, pelos jornaleiros, é inacreditável!!! Mas a Liga Salazar acabou por 'salvar' esta crónica!!!