segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Nem com bons exemplos

"Os bons exemplos são de enaltecer. O que os treinadores do Tondela e do Rio Ave fizeram, no final do jogo que os opôs nesta ronda, é raro e digno de elogios. Pepa e Miguel Cardoso promoveram uma conferência de imprensa a dois em defesa do futebol. Já agora, é da mais elementar justiça que fique registado o nome de quem teve a ideia: Vítor Ramos, o director de comunicação do Tondela.
A iniciativa teve lugar um dia depois do clássico, onde dificilmente seria possível promover idêntica acção, tal a tensão que se vive entre FC Porto e Benfica, mas infelizmente não serviu de grande inspiração. No país futebolístico, o dia de ontem ficou marcado por episódios lamentáveis que se registaram nos campeonatos distritais e profissionais e que já não são apenas sinais de alarme – como avisou o presidente da FPF – mas sim casos concretos de agressões com árbitros, jogadores e adeptos.
Mais do que uma cultura desportiva, o futebol português sempre teve (e tem) uma cultura clubística. Agora, começa a ter uma cultura de violência. O Governo continua a acreditar na "profilaxia" e a "confiar nas estruturas da FPF e da Liga", como disse o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues. No limite, admite "um novo enquadramento penalizador" na lei. Sinceramente, acho que está na hora de haver pulso forte."

1 comentário:

  1. O jornalismo português sofre de clubite aguda e esta é a principal razão para o estado a que chegámos

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