"A exploração hoje em dia exercida pela generalidade dos media sobre a competição desportiva deixou se se auto-regular com o uso dos critérios neutrais e objectivos de outrora.
Os jornalistas tomam parte: ou, pior, são obrigados a afinar estritamente pela bitola do que melhor convenha ao editor; e este, antes daquele, já baixara a cerviz, segundo o que lhe havia determinado o chefe de redacção; o qual, por seu turno, oportunamente tinha amochado aos códigos do director da publicação que, pusilânime no topo da escala da indignidade, se sujeitara aos ditames da administração do grupo editorial, toda ela estando convenientemente alinhada conforma os seus (mais ou menos inflexíveis) interesses políticos e económicos particulares que, no tempo corrente, representam a repelente carcaça da comunicação, dita 'social'.
Mas a esta actual e generalizada traquibérnia mediática assim moldada em pirâmide já não podemos chamar 'jornalismo', nem sequer 'informação' nem - muito menos - 'comunicação social'. A cada dia, o que por aí vemos, ouvimos e lemos não é senão mais do que uma repugnante mistela de misérias repetidas até à náusea, sistematicamente tratada por indigentes sem espinha, como se todos os seus destinatários fossem indistintos consumidores desprovidos de senso crítico.
No jornal O Benfica - há quase 75 anos - escolhemos uma via bem diferente e que ainda hoje procuramos manter saudável e justa, como nos ensinaram os nossos antigos Mestres: damos as notícias, registamos os factos, narramos os acontecimentos e fixamos os protagonistas. Sem perdermos o sentido positivo da opinião crítica que sempre nobilitou as nossas páginas. fazemos o que nenhum outro jornal sabe fazer: contribuir para a evolução de um Benfica maior e mais forte do que todos o outros juntos e assegurar esse simples testemunho para a História."
José Nuno Martins, in O Benfica
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