"Samaris foi suspenso por três jogos, na sequência de uma altercação com Paulinho, do SC Braga, já depois do apito final do recente jogo a contar para a Taça da Liga. Alguns considerandos sobre este caso parecem-me pertinentes:
A) - O acto do internacional grego foi censurável, denota um descontrolo emocional que já fora detectado no final da temporada passada (valeu-lhe quatro jogos em doca seca) e, nessa medida, a punição parece justa. Rui Vitória tem razão quando exige tratamento igual, mas tem um mãos um jogador que precisa de se acalmar...
B) - O Conselho de Disciplina da FPF tem por missão garantir, a partir de agora, que com este castigo não foi aberta a caixa de Pandora, criando-se uma psicose do sumaríssimo;
C) - Ao mesmo tempo deverá encontrar a medida certa para punições iguais em casos análogos. E aqui é que as coisas se complicam verdadeiramente, porque o futebol dá-nos situações semelhantes, mas nunca exactamente iguais.
D) - Valerá a pena lembrar que o Benfica - SC Braga da Taça da Liga não teve VAR, o que justificou a intervenção a posteriori do CD da FPF. Nas partidas da I Liga, o escrutínio subsequente do VAR resolve praticamente todos os casos, porque dificilmente haverá situações que passem ao lado do árbitro e do big brother.
E) - Em tempo de queixinhas e mais queixinhas, a justiça desportiva não pode dar a impressão de andar a reboque das centrais de (des)informação dos clubes e de toda a poluição associada que medra em alguns reality shows televisivos sobre futebol e infesta as redes sociais."
José Manuel Delgado, in A Bola
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