"É um clube francês porque está inscrito na federação gaulesa, compete na Ligue 1 e tem o seu estádio na capital do país. Mas o Paris Saint-Germain, nos dias que correm, é um emblema do governo do Qatar. O mesmo emirado que irá organizar o Mundial de 2022 – depois de ter conseguido essa proeza com alegados subornos a altos dirigentes da FIFA –, continua a desafiar as autoridades do futebol internacional agora através de negócios descarados para o PSG. O ‘empréstimo’ de Mbappé é mais uma prova dessa postura insolente. Sim, empréstimo está entre aspas, porque, no fundo, não passa de mais uma estratégia para fintar o Fair-Play Financeiro da UEFA depois da contratação de Neymar por 222 milhões de euros.
O jovem de 18 anos, proveniente do Mónaco, foi comprado pelos qataris do PSG por 180 milhões de euros. Não há aqui nenhuma cedência temporária. Apenas, e só, uma transferência que acontece agora e será paga daqui a um ano. Apenas, e só, o aproveitamento dos buracos nas regras impostas pela UEFA nas finanças dos clubes. O Mónaco tem, do seu lado, as garantias bancárias de que irá receber o dinheiro no próximo verão.
Mas o problema não é apenas de Nasser Al-Khelaifi, dono do PSG, e de toda a fortuna qatari que tem atrás de si. Começou logo por aqueles que elaboraram o Fair-Play Financeiro da UEFA, cheio de lacunas, dando margem a que estes negócios se sucedam. E só pode acabar com a alteração desses regulamentos, por parte da UEFA, e a intervenção clara da FIFA. Com mão firme. Igual para todos e sem protegidos. Fica a dúvida: será capaz de afrontar poderes financeiros do Qatar e outros semelhantes?"
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