"Só acredito que estas palavras que escrevo são mesmo para o jornal do Sport Lisboa e Benfica quando ler a próxima edição. Até lá, estou seguro de que o convite para ter uma crónica no periódico do maior clube do mundo se trata de brincadeira. Mas que raio fiz eu, merecedor de tamanho privilégio?
Que me recorde, a minha única acção verdadeiramente produtiva em benefício do Benfica ocorreu já lá vão dois anos. No Bessa. A escassos segundos do fim, gritei ao Eliseu que bombeasse a bola para a área, e o rapaz, por sorte, no meio de tanta barulheira, lá me conseguiu ouvir. Então, esta é a recompensa pelo facto de, no fundo, eu ter sido o principal obreiro daquele golo? Os três pontos tinham bastado, mas tudo bem.
A estreia deste espaço semanal acontece após um lamentável empate diante do Rio Ave. Maldito Cássio! Espero que o guardião vila-condense mantenha este nível, sobretudo nas jornadas 6, 8, 23 e 25. São quatro rondas que escolhi ao calhas.
Tal como em todos os anos do tetra, chegámos à pausa das selecções sem a liderança. O Benfica é mesmo assim: primeiro, dá esperanças à concorrência. Depois, levanta voo e só aterra em Maio.
A lengalenga da crítica não muda: 'o André Almeida não chega para titular'; 'o Salvio já não é o que era'; 'o Jonas e o Luisão estão velhos'.
Quanto ao André e ao Salvio, recordo que já ganharam mais em Portugal do que os plantéis de FC Porto e Sporting juntos.
Em relação à dupla brasileira, meus amigos, confesso que, no Brasil, eu não faço ideia, mas a idade da reforma em Portugal é aos 66 anos, pelo que ainda conto com umas 30 temporadas sensacionais do capitão e do pistolas."
Pedro Soares, in O Benfica
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