sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Legais

"Sorte? 21 remates, uma fez oportunidades de golo, centrais metamorfoseados em Baresis... E dizem eles que fomos bafejados pela sorte em Chaves porque, perante uma excelente equipa, procurámos a vitória incessantemente, dominámos a partida especialmente na segunda parte e apenas conseguimos ganhar com um golo no tempo adicional, como se esse tempo não fizesse parte do jogo. Sorte é ter um Pizzi com visão de jogo extraordinária e rara habilidade para passar a bola em profundidade, um Rafa que seria titular indiscutível em qualquer outra equipa do campeonato e um Seferovic, contratado a 'custo zero', que chegou, tem marcado e vencerá.
Mudando de assunto, quero dizer, aos nossos consócios com as quotas em dia e detentores de Red Pass no piso 0 dos topos sul e norte do Estádio da Luz, que não são ilegais. Era só o que faltava que alguém vos pudesse obrigar a constituírem-se em associação de adeptos organizados.
O ponto 3 do artigo 46.º da Constituição da República Portuguesa é claríssimo: 'Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação nem coagido por qualquer meio a permanecer nela'.
Será que, à semelhança do que acontece noutros clubes, não poderiam encontrar 30 ou 40 pessoas que não se importassem de 'dar o nome' e, assim constituírem uma 'claque'? Eu não o faria! Bem à portuguesa, tornar-se-iam 'legais', mas contornando a lei, que é o que tem sido feito desde que esta entrou em vigor.
A mesma que especifica que 'é expressamente proibido o apoio (...) a grupos organizados de adeptos que adoptem sinais, símbolos e expressões que incitem à violência, ao racismo e à xenofobia (...)'. Chapecoense, Eusébio, SLB, SLB... Portugal é um país de faz-de-conta..."

João Tomaz, in O Benfica

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