terça-feira, 1 de agosto de 2017

Aleluia, os jogos a feijões estão no fim

"Se houvesse uma racionalização de meios, com menos seria possível fazer muito mais, resistindo à tentação de comprar por comprar...

O FC Porto partiu para esta época muito condicionado, obrigado a manter as contas no agrado da supervisão do fair-play financeiro da UEFA. Sem muitos ovos para as omeletes que queriam fazer, os dragões começaram por contratar um treinador de pelo na venta, capaz de encarar os problemas de frente e partir em busca de uma boa solução com os meios disponibilizados. Aliás, foi assim que escreveu uma página de sucesso em Nantes. Resolvida a questão do treinador, haveria sempre a situação do plantel. Aqui chegados, os portistas fizeram aquilo que o bom sendo mandava: mantinham as pedras fundamentais e recuperavam os emprestados que dessem maiores garantias. Foi assim que o quarteto de segurança - Casillas, Marcadno, Felipe e Danilo - não foi colocado no mercado (pelo menos até à hora em que escrevo...) e que jogadores como Brahimi, Corona, Otávio e Soares continuam de azul-e-branco. A ele juntaram-se Ricardo Pereira e Aboubakar, sendo o resultado muitíssimo interessante para Sérgio Conceição. É curioso verificar como o único dos três grandes a mudar de treinador é aquele que parte para a nova temporada com maiores pontos de apoio vindos da época anterior. Isso remete-nos, afinal, para outra questão: se houvesse uma racionalização sistemática na construção dos plantéis (e não apenas quando a UEFA está à perna), com muito menos far-se-ia muito mais. No FC Porto e em todos os outros clubes que parecem não resistir à vertigem dos negócios, que na maior parte das vezes redundam em barretes.
Para já, enquanto o Sporting procura um onze que lhe dê hipóteses no play-off da Champions (paga o preço de ter desvalorizado as competições europeias...), o Benfica vai conhecendo, através de experiências, se não dolorosas, pelo menos traumatizantes para o prestígio internacional, as limitações do plantel. Parece claro que os encarnados precisam de ir ao mercado em posições importantes para o equilíbrio defensivo da equipa. Rui Vitória, prudente e solidário, não tem feito pedidos públicos de jogadores, mas é evidente que é ele o primeiro a saber que as coisas não estão bem e que o Benfica carece de reforços. Aliás, os jogos de preparação servem para isto mesmo afinar a equipa com os que estão e perceber se é preciso contratar mais alguém. E é!
(...)"

José Manuel Delgado, in A Bola

PS: Nesta análise sobre a pré-temporada dos Corruptos, não seria descabido, realçar, que o nível médio dos adversários, foi baixo, muito baixo... Com a excepção do Neuchatel Xamax, todos os outros adversários do Benfica nesta pré-época, têm um orçamento mais alto do que os adversários dos Corruptos, muito mais alto... incluindo o Hull City!!!

1 comentário:

  1. O JMD contradiz-se.
    Racionalidade precisa-se.
    Elogios para equipa com aproveitamento se recursos e necessidade imperiosa de investimento aplica-se ao SLB Benfica.

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