"Ultrapassou todos os limites éticos e deontológicos o que se passa em programas ditos desportivos. Falo de alguns da CMTV, mas infelizmente, não só. É confrangedor ver pessoas respeitáveis no meio de touradas de sangue onde só falta o touro. Ali, o que importa é excitar a discussão pela discussão, dar argumentos de ódio para ouvintes mais propensos à acefalia, repetir imagens de 'enorme importância' vezes sem conta até se ficar nauseado. Há profissionais respeitáveis, é certo, no meio de tudo aquilo. Mas também há os que nem se esforçam um milímetro por serem imparciais como é seu dever deontológico e que se comportam como adeptos, mais parciais que os representantes dos clubes. Os oráculos que se lêem debaixo de ecrãs divididos aparvalhadamente em 3 ou 4 partes são um pré-incitamento à violência, que depois se crítica angelicamente. Dá-se guarida a declarações de energúmenos que são tratados como heróis. E há quem tenha sido afastado por falta de 'capacidade' para incendiário, pois o que importa é atirar acendalhas para cima do fogo tão artificial, quanto teatral. Tudo vale em nome das audiências. Uma vergonha!
O mimetismo é uma doença, por natureza, contagiosa. Se exceptuarmos a RTP 3, bem mais contida, os outros canais afzem por copiar o original. A TVI24, com excelentes jornalistas, deixa-se enlevar por discussões patetas e patéticas, onde tudo se discute menos os jogos. E a SIC Notícias, também com bons jornalistas, é cada vez mais um 'canal de bola'. Inimaginável é a SIC Radical transmitir o Brasileirão de futebol, pervertendo assim todas as regras fundacionais e de licenciamento deste canal Vale tudo!"
Bagão Félix, in A Bola
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