"Há empates que são isso mesmo, empates, mas também há empates que são derrotas, tal como há empates que são vitórias. Neste fantástico derby - talvez um dos mais competitivos das últimas décadas - o Sporting perdeu por um a um e o Benfica ganhou por um a um.
Expliquemos: o Sporting queria provar que o seu estado de distanciamento falta da luta pelo título era apenas uma partida do destino e por isso não só queria muito ganhar o jogo ao Benfica, como queria ganhá-lo numa exuberante manifestação de superioridade. Como foi notório para qualquer seguidor das coisas da bola indígena, o Sporting não só não conseguiu ganhar o jogo, como não conseguiu mostrar essa desejada superioridade sobre o adversário. Por isso, tendo em vista objectivos finais e intermédios, o Sporting e, não menos significativo, Jorge Jesus perderam o jogo, apesar do empate.
Quem o ganhou foi o Benfica e... Rui Vitória. Ganhou o jogo e deu um passo importante no caminho do desejado tetra. O Benfica não se limitou a resistir a uma pressão diabólica do Sporting na primeira fase do jogo, mais a um erro clamoroso de Ederson. O Benfica foi psicologicamente forte, foi tacticamente inteligente e foi competitivamente competente. Por isso conseguiu um empate que, como se tornou evidente pela atitude de jogadores, treinador e adeptos, foi uma vitória.
Percebe-se. Aconteça o que acontecer hoje no Dragão, o Benfica seguirá para as últimas quatro jornadas na frente do campeonato. Está, por isso, muito mais próximo do título e o FC Porto não pode deixar de se sentir perturbado por essa evidência."
Vítor Serpa, in A Bola
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