"Jogo disputado e definido pela grande qualidade individual que o médio colocou no jogo
Feirense estudou bem
1. O início do jogo retrata bem a estratégia que o Feirense desenhou para a partida: um passe de risco de Salvio (rouba da posse), transição e uma boa oportunidade por Karamanos. O Benfica a jogar com Zivkovic como segundo avançado (uma novidade!) um jogador de aceleração em posse mas também competente a jogar ao primeiro toque, permitindo anular as zonas pressionantes onde o processo defensivo do Feirense acontecia.
À boa organização posicional defensiva do Feirense (assente no duplo pivot Cris-Babanco) respondia o Benfica com a velocidade e mobilidade do trio Carrillo, Zivkovic e Salvio.
Pizzi começa a destacar-se
2. A partir dos 17 minutos, Pizzi começou a tentar assumir os momentos de construção/criação do jogo ofensivo da equipa. Resultado: maior critério e qualidade do jogo ofensivo do Benfica. À meia hora, segunda oportunidade do Feirense, nova perdida de bola do momento de construção (desta vez Carrillo) e rápido ataque à baliza. Muito mérito da pressão a todo o campo exercida pelo Feirense. Com o decorrer da primeira parte e em função da construção condicionada (Pizzi sem bola) foi visível a procura da solução alternativa na busca da tentativa de desmontar as duas linhas de quatro (sempre juntas na zona defensiva do Feirense!). O recurso ao jogo directo para as costas da última linha do Feirense passou a ocorrer amiúde, no entanto só por uma vez teve relativo sucesso com Salvio a ficar na cara de Vaná.
Antítese no golo do Benfica
3. O golo foi a antítese daquilo que o Feirense preparou para o jogo! (roubo da posse em terço ofensivo e, depois, o maior problema da equipa do Feirense foi acontecer o que quase durante toda a primeira parte não permitiu que acontecesse... possibilidade de Pizzi jogar orientado para a baliza adversária).
A segunda parte começa com o Benfica a revelar os mesmos problemas (dificuldades de construção) e o Feirense as mesmas virtudes (pressão forte ao portador e zonas adjacentes). Resultado: Etebo a desperdiçar o 1x0 com Ederson. Aos 56 minutos uma das armas do Benfica a funcionar: após um canto contra, as águias dispararam em transição por Mitroglou e Salvio, e depois de um erro grave do guarda-redes do Feirense, o Benfica ficou próximo do 0-2. O jogo começa a desequilibrar-se a partir do momento em que por um lado Tiago Silva deixa de jogar e fazer jogar a equipa e por outro Pizzi passa a ser o dono do jogo ofensivo dos encarnados.
Entra Jonas
4. Durante todo o jogo foi visível o permitir por parte do Benfica de situações de esquemas tácticos ofensivos ao seu adversário, em alguns casos perfeitamente evitáveis. Ao minuto 68 por sorte não resultou num golo para a equipa da casa. A entrada de Jonas (mais posse com critério) e o desgaste provocado pela postura pressionante do Feirense deu mais conforto e segurança ao jogo apoiado do Benfica. Nos dez minutos finais, o Feirense juntou Edson Farias (procura da profundidade no espaço de Luião) e Karamanos no corredor central formando uma dupla de avançados. Apesar de bem pensado não teve resultados práticos. Em suma um jogo disputado e competitivo que é definido pela grande qualidade individual que Pizzi colocou no jogo e especificamente no golo, que fez a diferença na partida."
João de Deus, in A Bola
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