"A questão da experiência é um dos argumentos mais gastos na hora de analisar o comportamento das equipas nas provas europeias, sobretudo na Liga dos Campeões, como se fosse o principal factor de sucesso. Não é. É evidente que tem o seu peso, como em tudo na vida, mas não é, por norma, o factor determinante. Esse, custe a quem custar, é a qualidade. Ganha mais vezes quem tem os melhores jogadores (mesmo que até possam não ter os melhores treinadores, embora seja sempre bom juntar o útil ao agradável). Benfica e FC Porto não se despediram da Champions porque são menos experientes do que Dortmund e Juventus, mas sim porque os adversários são melhores, muito melhores, independentemente do mediatismo ou da conta bancária. De quando em vez, o mais fraco pode passar, acontece, mas jamais será a regra.
O Mónaco, que eliminou o Man. City, apresentou na segunda mão uma equipa com média de idades de 24,7 contra 28,8 dos ingleses (4,1 anos de diferença); o mesmo Mónaco tem um acumulado de experiência na Champions, no seu plantel, de 237 jogos, ao passo que o City soma 752. E nesta último ponto poderíamos ainda falar da diferença de experiência entre Jardim e Guardiola... O Mónaco passou porque neste momento é melhor do que o Man. City. Ponto.
O Benfica, que esta época apresentou sempre das equipas mais jovens da Champions (a par do Dortmund, é bom referir, detendo ambos o recorde desta edição, fixado nos 23,6 anos de média, no Sporting-Dortmund, 1-2 e no Benfica-Besiktas, 1-1), não foi mais longe na Champions por causa disso, mas sim porque neste momento não tem qualidade para muito mais num dia normal. E também não foi por isso que o Dortmund deixou de ganhar o grupo onde estava o Real Madrid e seguir em frente nos oitavos. Não há coincidências. Uma equipa com os melhores sub-21 ou sub-23 do Mundo pode perfeitamente ganhar a Champions."
Gonçalo Guimarães, in A Bola
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