"Luís Filipe Vieira decidiu renovar já com Rui Vitória. O treinador - tinha contrato até 2018 - ficará agora ligado ao Benfica por mais três anos, vendo também o seu ordenado aumentado. Percebe-se que o assunto não seria prioritário (não quero dizer que Vitória não tenha mercado lá fora, deve ter, em especial por aquilo que os encarnados têm feito na Champions sob o seu comando), tratou-se acima de tudo de premiar um treinador que pegou na equipa um momento delicadíssimo e contra todas as previsões provou toda a sua competência. Justíssimo, portanto, que Vieira tenha reconhecido e excepcional trabalho desenvolvido por Rui Vitória ao longo deste ano e meio. E a verdade é que se o Benfica tinha um treinador barato, não é pelo aumento que lhe deu agora que assim deixará de ser.
É público que a chegada de Vitória à Luz representou uma redução significativa do peso salarial no que à equipa técnica diz respeito. Para não falar em números exactos, digamos apenas que aquilo que o novo treinador ganhava em três anos era menos do que Jesus auferia numa época apenas. E a verdade é que em nada essa troca afectou o Benfica. Não a nível desportivo, muito menos no aspecto financeiro. Aliás, o encaixe que o clube da Luz fez em 2015/2016 com a chegada dos quartos de final da Liga dos Campeões e já este ano, em que está nos oitavos, daria quase 50 anos de contrato com Rui Vitória. Se a isso juntarmos as vendas de Renato Sanches e Gonçalo Guedes (estes dois em especial, porque a sua ascensão teve muito o dedo do treinador) percebe-se que não é injusto o meio milhão que o Benfica lhe pagará a partir de agora (são esses, mais coisa menos coisas, os números de que se fala). Pelo contrário. Mesmo que lhe dobrassem o vencimento, Rui Vitória continuaria a ser um treinador barato. E que dá muito lucro. E a derrota de ontem não muda nada..."
Ricardo Quaresma, in A Bola
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