quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

O grande desafio de Jiménez

"1. Oito milhões de euros limpos, por época para o jogador, num contrato de quatro anos, e 50 milhões de euros (!) para os cofres da Luz. Os números de uma transferência que não se concretizou apenas e só porque Jiménez recusou jogar na China. Apesar de o Benfica viver tempos saudáveis em termos desportivos, a decisão do internacional mexicano  é daquelas atitudes que poderão deixar marca em Luís Filipe Vieira.
O presidente do Benfica já estaria a esfregar as mãos por um negócio à partida impensável (percebe-se agora o que queria dizer quando, em Setembro, em entrevista à TVI, afirmou que o ponta de lança iria tornar-se «a transferência mais alta do futebol português») e a não concretização do mesmo representa um golpe para uma sociedade desportiva que se habituou a projectar grandes negócios sempre com o amparo do empresário Jorge Mendes.
Apesar de ninguém lhe apontar uma pistola à cabeça, Jiménez saberá que a partir de agora terá a pressão de ter dito não ao negócio do século em Portugal. Será, assim, um enorme teste ao estofo psicológico do jogador mais caro de sempre do Benfica (custou 22 milhões de euros, preço que ainda não justificou), que nem sequer é titular. Não sei se terá essa capacidade, mas não tenho dúvidas de que não tem a lata de Óscar, quando disse que não trocou o Chelsea pelo futebol chinês pelo dinheiro - eu quando vou ao supermercado é por causa da decoração.
2. André Almeida fez, ontem, o seu primeiro golo pelo Benfica, mesmo que de forma acidental. Lá para os lados da Catalunha, em particular no balneário do Barcelona, alguma alma com mais humor poderá chegar ao pé de Mascherano e lembrar-lhe que o argentino é, cada vez mais, um caso isolado(306 jogos, 0 golos)."

Fernando Urbano, in A Bola

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