sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Miss Piggy

"A Miss Piggy voltou aos palcos da ribalta. Agora apareceu a falar na primeira pessoa e, com ajuda da linha editorial, numa complacência aflitiva, começou a disparar fogo pelos olhos envenenados.
É realmente com confrangedor ouvir vociferar contra calúnias, através de difamações. É tipo 'eu nunca faço mal a ninguém, mas os meus fins-de-semana são passados a bater nas pessoas'. Melhor seria acrescentar 'eu não faço mal a ninguém - durante a semana'.
Sinceramente, fartei-me de a (o) ouvir! É que já nem consigo olhar para a sua cara sem me fazer imediatamente recordar o feriado infantil de fantoches com o seu apogeu na célebre Miss Piggy.
Se o ridículo fosse petróleo, estávamos todos ricos. Só que não é petróleo. Afinal é má educação! E grande abstinência literária!
A loja das antiguidades acaba por ser perpassada por alguns, poucos, intervenientes que se acomodam a fazer-nos lembrar que o mundo é habituado por uns quantos energúmenos. Aquela carinha não engana ninguém!
Por mim, podem continuar a vociferar, mas por favor, vão vociferar, para muito longe daqui. Por qué no te callas?!
Por favor!
(...)"

Pragal Colaço, in O Benfica

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