"2017 - 639 - 2010. Não, não um número de telefone. Nem o número de uma cautela premiada. É a junção numérica do novo ano com o meu 639.º pontapé-de-saída, que iniciei em 2010, nesta página par de A Bola. Se é par, quer dizer que não é impar, aqui me referindo aos meus textos que, como regra, dançam entre a banalidade e a curiosidade, entre o que já foi e o que está para ser, entre a minha parcialidade clubista e o meu esforço sempre inacabado de a deixar no recato intimista do meu coração encarnado.
Confesso que me pergunto como já consegui escrever 638 colunas (cerca de 1 milhão de caracteres e 13 mil linhas!), desde o dia 15 de Setembro de 2010. Quando o Director Vítor Serpa me convidou para escrever no seu (e meu) jornal, exprimi-lhe o meu receio: haveria assim tanto assunto que alimentasse 2 vezes por semana, todas as semanas, uma cronicazinha que ousasse despertar a atenção de alguns leitores?
O certo é que o assunto não tem faltado, o que, mais de 6 anos volvidos, é, para mim, uma enorme surpresa! E não só de futebol jogado, como de futebol para além do jogo, de outros desportos, de jogos de e com palavras, de polémicas que olhamos sob diferentes prismas, de descobertas, curiosidades, questionamentos, até de discordâncias com o que aqui leio.
Gosto de escrever para A Bola com entusiasmo, mas sem obsessão. Às vezes, com natural tendenciosidade, mas com o respeito pela parcialidade contrária. Com humor, mas sem rancor. Com ironia, mas sem zombaria. Por vezes, com (algum) estudo, com pequenas descobertas sobre o (aparentemente) óbvio e com o reavivar do celeiro da memória que jamais dispenso."
Bagão Félix, in A Bola
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!