quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Vício de ganhar !!!

Benfica 1 - 0 Leixões


Mais uma vitória da consistência... dominámos, mesmo sem criar muitas oportunidades, a diferença tem estado na defesa, onde damos menos abébias!!!
Destaco o excelente jogo do Kalaica, dominador no ar, rápido na antecipação... só pareceu ter que melhorar a leitura na bola nas costas (o Leixões tem jogadores muito rápidos...).
O Pêpê está a 'pedir' oportunidade na A !!!
Espero que o Heri esteja bem... o choque foi violento!
O estilo molengão do Jovic não o ajuda!!!

Contas...

O Benfica apresentou hoje o resumo do relatório e contas, relativo à época 2015/16...
Os números são positivos, como era esperado... mas o passivo remunerado continua alto, houve uma substituição de empréstimos bancários, por empréstimos obrigacionistas... mas o número é idêntico (por volta dos €310 milhões)!
Destaco os resultados operacionais (sem direitos de atletas) positivos a rondar os €8 milhões. No ano anterior deu negativo!
Os quase €236 milhões de rendimentos totais, são um recorde... tendo em conta o mercado nacional, este número é extraordinário, mas se chegarmos novamente aos Quartos da Champions, temos tudo para melhorar na actual época, com a 'entrada' dos novos contratos com os nossos parceiros!!!

10 bagatelas Fur Fussball

"1. Desde que Bruno de Carvalho é presidente do Sporting em épocas completas, o Benfica ganhou todos os campeonatos nacionais;
2. O Tondela na 1.ª Divisão já tirou 5 pontos ao FC Porto e 2 ao Sporting. É um dos meus clubes preferidos;
3. O Benfica apenas com 2 jogos em casa (Vitória de Setúbal e Sp. Braga) teve mais assistências do que os 33 jogos já disputados em casa pelos 13 clubes da 1.ª divisão (excluídos FCP, SCP, Braga e Vit. Guimarães);
4. Um caso curioso na Liga é o do Paços de Ferreira: ainda não marcou sequer um golo em casa e já fez 8 golos fora;
5. Os quatro golos sofridos pelo Benfica no campeonato foram todos de cabeça, dos quais 3 na sequência de bolas paradas;
6. Na próxima jornada da Liga vão defrontar-se as duas únicas equipas que ainda não sofreram qualquer derrota até agora: Benfica e... Desportivo de Chaves;
7. Bastaram 5 jogos para a primeira chicotada psicológica, curiosamente do único brasileiro (treinador do Marítimo), assim honrando a prática habitual no Brasileirão;
8. As 4 equipas portuguesas que estão nas competições europeias não venceram, apesar de todas elas estarem à frente no marcador;
9. Jesus disse que se estivesse no banco até ao fim do jogo com o R. Madrid não teria perdido. O seu adjunto Raul José ter-se-á sentido muito considerado;
10. Lá fora, o Valência e o Schalke, clubes habituados ao ambiente europeu, estão no último lugar com 0 pontos e, nas mais significativas competições, 100% vitoriosos só estão Real Madrid, Manchester City e o surpreendente Hertha de Berlim."

Bagão Félix, in A Bola

PS: O nosso consócio cometeu um ligeiro erro (nada habitual): o Braga nunca esteve em vantagem no jogo com o Gent...!!!

Ser expulso num jogo de futebol

"Ter ou não ter o treinador principal no banco de responsáveis é, ou não, importante para as equipas? Os jogadores sentem-se mais acompanhados se o verdadeiro boss estiver junto deles, ou é-lhes indiferente? E para a eficiência das substituições, será que a presença in loco pode mitigada, sem perda de eficácia, pelam acção de um qualquer pombo-correio?
Para mim, a resposta a estas perguntas é clara: sim, o treinador principal faz falta aos seus jogadores e a ausência do banco penaliza a equipa. Então, por que razão, conhecendo as indicações que foram dados aos juízes de campo pela tutela da arbitragem, continuam os técnicos a protestar até serem expulsos? Não faz sentido e se é apenas por uma questão de feitio, então mude-se o feitio de quem tem pavio curto, porque o bem da equipa é mais importante.
E nem valerá a pena clamar contra os árbitros lusos porque na UEFA o registo disciplinar dos treinadores portugueses deixa ainda mais a desejar...
Curiosamente, o Sporting vê-se agora envolvido numa batalha jurídica a propósito da expulsão do seu médico, por alegadas injúrias à equipa de arbitragem. Depois de condenado pelo Conselho de Disciplina da FPF, o clínico dos leões viu agora confirmada a pena no Plenário, havendo já garantias de novo recurso, desta feita para o Tribunal Arbitral do Desporto.
Bom, mesmo com todas as ressalvas atrás feitas, até percebo que no calor da luta os treinadores possam exceder-se com os árbitros. Agora um médico é um pouco mais difícil de entender. A sua função no futebol é outra e deverá manter-se nos limites do juramento de Hipócrates."

José Manuel Delgado, in A Bola

Demonstração de resiliência

"Impressionante é o Benfica chegar à liderança na sequência de uma onda de lesões que impediu Rui Vitória de contar com jogadores importantes

Tal como fez na última temporada com os resultados que todos conhecemos, o Benfica continua tranquilamente a capitalizar os erros dos adversários. Do Sporting, que perdeu em Vila do Conde, do FC Porto, que empatou em Tondela, mas também do Braga que, à imagem do que tinha acontecido na final da Supertaça, voltou a desperdiçar pelo menos uma mão-cheia de oportunidades de golo que poderia ter servido para escrever uma história com um final mais feliz para a equipa de José Peseiro. 
De tal forma que, em boa verdade, o jogo propriamente dito foi bem menos desequilibrado do que o resultado final, com a diferença entre as duas equipas a cavar-se essencialmente no confronto directo entre a qualidade dos intérpretes à disposição de cada um dos treinadores.
O treinador do Braga bem pode queixar-se de infelicidade num par de ressaltos, mas uma coisa é uma oportunidade clara de golo, em pleno Estádio da Luz, nos pés de um miúdo como Ricardo Horta e outra é uma oportunidade clara de golo, em pleno Estádio da Luz, nos pés ou na cabeça de um avançado tão experiente como Mitroglou.
Até por isso, a questão que realmente deveria preocupar os rivais dos encarnados não é tanto a chegada das águias à liderança com apenas cinco jornadas disputadas, mas sim a forma como a equipa de Rui Vitória manteve o primeiro lugar ao alcance, sobrevivendo, não apenas à ausência de Mitroglou, mas também de Jonas e mais uma meia dúzia de outros jogadores varridos pela onda de lesões que atingiu o plantel nas últimas semanas."

De Jesus e a lição de humildade à pólvora seca do FC Porto

"Em Inglaterra, continua a faltar o factor-Mourinho ao Manchester United.

A derrota do Sporting em Vila do Conde surge na sequência de declarações de Jorge Jesus. Uma delas sobre as dificuldades de mudança de chip, que se confirmaram nos Arcos. A outra, bem mais polémica e pouco apropriada, a sobrevalorizar a influência que um treinador (ele próprio) tem sobre a «melhor equipa» (a sua, porque treinada por si). O resultado acentuou negativamente essas palavras, uma vez que foi-lhe acrescentado o tom de lição de humildade.
Os leões perdem os primeiros pontos, sofrem a primeira derrota e entregam a liderança. À quinta jornada, não tem grande impacto. O Benfica está a apenas um ponto e mesmo que a distância fosse um pouco maior nunca haveria contornos de dramatismo.
Depois de uma grande exibição em Madrid, penalizada com derrota no final, houve certamente algum desgaste em algumas unidades e, também, a tal dificuldade na transição descendente de níveis de exigência e de gestão da adrenalina. É verdade que num ou dois momentos poderia ter marcado primeiro e o resultado teria eventualmente evoluído mais facilmente para um sentido favorável, mas mostrou-se incapaz de reagir ao primeiro golo vila-condense e ao contínuo avolumar do resultado. 
Foi um Sporting diferente. Obviamente, para pior.
Também pareceu que olhando especificamente para o encontro dos Arcos, o Rio Ave pareceu mais preparado, mais trabalhado para o embate.
Primeiro, a atacar Bruno César, depois na forma como foi ultrapassando as barreiras que o meio-campo leonino costuma colocar às transições adversárias e, por fim, ao aproveitar as zonas descompensadas à frente de Rui Patrício. Gil Dias teve aí um papel importante, tal como as movimentações de Guedes e a presença de jogadores experientes como Yazalde e Tarantini.
Nuno Capucho ganhou claramente o duelo. O Rio Ave foi melhor equipa neste encontro.
Mais do que uma lição de humildade, Jorge Jesus ficou com a certeza dos custos de uma gestão precoce, que expôs algumas das zonas mais frágeis, como defesa e meio-campo. Apesar de claramente mais profundo, o grupo ainda precisará de mais trabalho – palavra cara a Jesus – para responder no seu todo ao mesmo nível.
O FC Porto empatou perante um Tondela que já tinha complicado as suas contas no ano passado. O adversário, no plano ofensivo, não se esticou em campo, bem pelo contrário, e conseguiu suster o candidato com relativo à-vontade.
Houve, claro, duas ou três oportunidades claras desperdiçadas e, por isso, mesmo com pouca produção, poderia ter chegado para os três pontos. O «tem de fazer golo» que Nuno Espírito Santo soltou no banco assenta bem aos vários momentos em que a festa passou perto, mas a verdade é que, tudo somado, foi muito pouco.
O treinador voltou ao 4x4x2 com Depoitre e André Silva, entregou a ala a Brahimi e a Otávio, e André André fez dupla com Rúben Neves. Os dragões abusaram do jogo directo, e chamaram em surdina por Oliver do primeiro ao 56º minuto. Tal como Adrián López deu razão à lógica de fazer mais sentido que o concorrente belga assim que entrou em campo. No entanto, foi curto. Deu nulo, e sinais inquietantes para o futuro.
Na Madeira, o Nacional somou os primeiros pontos às custas do Marítimo, que até aí só tinha uma vitória. Se os alvinegros têm ainda como atenuante as muitas lesões que afectaram a equipa, os rivais já deram razão a quem criticava um certo regresso ao passado com a aposta no treinador brasileiro Paulo César Gusmão, primeira chicotada na época. Carlos Pereira não quis esperar e emendou a mão antes que fosse tarde. Para já, um arranque decepcionante de ambos os emblemas.
No plano internacional, José Mourinho voltou a perder. Terceira derrota seguida, depois de City e de Roterdão para a Liga Europa. Os primeiros resultados camuflaram a ideia de que falta ainda muito trabalho ao Manchester United, sobretudo quando confrontado com os principais rivais na luta pelo título. Além disso, a discussão à volta da utilidade de Wayne Rooney enquanto falso dez ou mesmo a presença de Fellaini, há muito patinho-feio para os adeptos, promete alastrar. Se o inglês acrescenta muito pouco na ligação com o meio-campo, o belga é mais uma má sombra de Pogba ou um acrescento físico do que propriamente alguém que traga ideias. Além disso, se olharmos ao investimento feito, a verdade é que persistem as lacunas sobretudo no eixo defensivo.
Falta o factor-Mourinho ao Manchester United. E será o próprio a ter de reencontrá-lo.
Também o Valencia somou quatro em quatro em derrotas. A crise vai longa, e há muito que se perdeu a luz ao fundo do túnel. Tempos difíceis para João Cancelo e Nani."

Futebol, esse lugar comum

"Só um defesa-central é imperial. Não há extremos imperiais, nem sequer trincos. Imperial é o Ricardo Carvalho. É quem desarma e sai a jogar lá de trás com a bola dominada ou vai lá à frente para subir entre os seus pares e de cabeça desviar para a baliza.
Do mesmo modo, não há laterais matadores. Matador é um ponta-de-lança, que por isso fulmina ou fuzila quando chuta. Os remates, aliás, são tiros, bombas, misseis, petardos... E outros belicismos próprios da artilharia pesada.
O passe tem as suas gradações. Se for mesmo, mesmo um bom passe pode ascender a magistral. Mas se por um fenómeno qualquer nascer menina e transformar-se em assistência corre bem o risco de se tornar «primorosa». É mais raro, mas não impossível, haver passes primorosos e assistências magistrais. Talvez porque a assistência tenha uma doçura qualquer inerente ao género. Como se o primor tivesse uma delicadeza quase feminina e a mestria conotação de varão.
Já os cruzamentos só têm conta se também tiverem peso e medida. Mas só os que são feitos com régua e esquadro. Estranhamente, nunca houve um cruzamento que precisasse de balança ou máquina de calcular.
Chegados aqui, posso desde já confessar que vou com regularidade ao futebol e mesmo em pleno inverno tenho visto cantos de mangas arregaçadas. Nunca vi um canto todo agasalhado. (Bem, adiante…)
Também já vi remates com selo de golo. Golos que selam vitórias. E vitórias que carimbam passaportes para a fase seguinte de uma qualquer competição.
Por sua vez, todo o penálti é castigo máximo. Ninguém pede castigos mínimos dentro da área. Se é para castigar, é logo pela medida grande.
Na sequência, todo o guarda-redes que é batido sem apelo também o é sem agravo. Não há guarda-redes batidos sem agravo, mas com apelo. Nem com agravo, mas sem apelo. Só sem ambos.
Apelo e agravo são uma dupla quase tão inseparável na nossa memória como Baresi, sempre imperial, e Maldini, que perdia o adjectivo pomposo quando jogava a lateral-esquerdo e voltava a adquiri-lo quando voltava ao eixo da defesa.
Notem bem: o futebol é um lugar comum para todos nós que gostamos dele; os chavões democratizam a gíria e põem-nos a jogar no mesmo campo lexical. Não torço contra estes e até lhes sorrio quando os ouço passar.
Campeonato diferente é o dos lugares-comuns. Não vou à bola com eles, nem com os seus indefetíveis adeptos.
Sei que «o jogo tem duas partes distintas», que «são onze contra onze» e que depois de uma derrota «há que levantar a cabeça», porém, tenho uma certeza profunda de que falado ou escrito o futebol não pode ser sobretudo «isto mesmo».
Vai daí que aproveito as linhas que me restam para decretar: quem não aprecia entrevistas com frases polémicas ou flash-interviews que escapem estritamente ao tema do jogo merecerá entreter-se com todas as banalidades que irá ouvir ao longo desta época. E em todas as outras que se vão seguir."

Benfiquismo (CCXXVI)

Cruz,
Bicampeão Europeu... 8 vezes Campeão Nacional !!!