terça-feira, 20 de setembro de 2016

Lixívia 5

Tabela Anti-Lixívia:
Benfica.......... 13 (-2) = 15
Corruptos...... 10 (-2) = 12
Sporting........ 12 (+3) = 9


Uma semana relativamente calma, apesar de mais uma dose industrial de hipocrisia dos Corruptos!!! Que sendo beneficiados com um penalty não assinalado, tiveram o desplante de fazer um comunicado denunciado eventuais erros, ignorando o tal penalty!!!!! Isto por parte de um Clube, profundamente corrupto... até ao tutano!!!

Nos jogos de Domingo, o grande erro foi mesmo esse em Tondela com o Filipe a derrubar o Hélder Tavares... no resto da partida o Hugo Miguel, cometeu outros erros menores... normais para apitador tão incompetente!!!! É verdade que o Tondela de Petit joga duro, mas isso acontece em todos os jogos...
O único lance que os Corruptos têm alguma razão de queixa, foi numa lei da vantagem, que devia ter sido dada... e não foi... Mas isso, é algo que acontece em todos os jogos...

Em Vila do Conde, desta vez não houve colinho e os lagartos não ganharam!!! Simples... Além disso, a 'bomba' de Madrid acusou ressaca!!!
Desta vez, a Superstar ficou no banco, até ao fim, e os Lagartos perderam... mas a culpa foi das transições defensivas dos jogadores!!!
Em relação à arbitragem, nada a assinalar de grave, alguns erros a meio-campo, para os dois lados... Recordo que este Pedro Pinheiro, também apitou o Tondela-Benfica, que vistas bem as coisas, foi a arbitragem mais imparcial do Benfica este ano!!!
Curiosa reacções do Babalu à derrota sem apelo nem agravo... ainda me recordo dos três secos em Guimarães, com o Marco Silva e da reacção do Babalu no Facebook... O Babalu sabe que o pescoço dele, está nas mãos do Judas... e portanto, pia mais fino!!!

Estava com muito receio da arbitragem de Jorge Sousa na Luz... E o jogo provou os meus receios!
No 2.º golo do Benfica, o fiscal-de-linha esteve bem, mas no resto do jogo foi uma desgraça...
Começou por não assinalar falta num empurrão sobre o Guedes, quando este 'quase' se isolava... Como o cartão respectivo seria 'alanrajado' preferiu nada marcar!!! Aliás 'fugiu' sempre aos cartões... veja-se um contra-ataque do Benfica, no início da 2.ª parte, com falta sobre o Semedo (dá bem a lei da vantagem), falta sobre o Mitroglou (dá novamente bem a lei da vantagem)... mas quando o jogo parou esqueceu-se dos cartões!!!
Agora, o grande erro, foi o penalty sobre o Pizzi! Ao ler as analises de hoje nos pasquins, ainda fiquei mais 'parvo'!!! O Duarte Gomes, diz que o Goiano não teve intenção!!! Mas desde quando a intenção, é factor, numa rasteira?!!!!
O Goiano não toca na bola, coloca a perna entre as pernas do Pizzi, e derruba-o... dentro da área. Qual é a dúvida?!!!
E além disso, o Goiano no chão ainda joga a bola com o braço, intencionalmente:



Em relação ao 2.º golo, não existe dúvidas neste caso. Não existiu um ressalto, o que houve, foi um corte mal feito... A Lei do fora-de-jogo tem algumas áreas 'cinzentas', mas neste caso não existe dúvidas... excepto para o Coroado!!!
Por acaso, eu até não concordo com a Lei do fora-de-jogo... eu acho que mesmo existindo um ressalto neste caso, nunca poderia ser fora-de-jogo, já que o Mitroglou faz um passe para trás... em direcção de outro jogador...
Uma situação que me deixa muitas vezes irritado, é quando temos um cruzamento para a área, com os avançados em fora-de-jogo; com os Centrais a cortarem a bola, para evitar que os tais avançados em fora-de-jogo, joguem a bola; mas às vezes, o corte dos Centrais é mal efectuado, e a bola vai ter com outro avançado (que nunca esteve em fora-de-jogo)...!!!
Este tipo de situações, acontecem muitas vezes, e raramente o fora-de-jogo é assinalado.
A diferença, é o destinatário do passe... e a Lei deveria fazer essa distinção!

Anexos:

Benfica
1.ª-Tondela(f), V(0-2), Pinheiro, Nada a assinalar
2.ª-Setúbal(c), E(1-1), Oliveira, Prejudicados, (1-0), (-2 pontos)
3.ª-Nacional(f), V(1-3), Soares Dias, Nada a assinalar
4.ª-Arouca(f), V(1-2), Veríssimo, Prejudicados, (0-3), Sem influência no resultado
5.ª-Braga(c), V(3-1), Sousa, Prejudicados, (4-1), Sem influência no resultado

Sporting
1.ª-Marítimo(c), V(2-0), Nuno Pereira, Nada a assinalar
2.ª-Paços de Ferreira(f), V(0-1), Hugo Miguel, Beneficiados, Impossível contabilizar
3.ª-Corruptos(c), V(2-1), Martins, Beneficiados, (0-1), (+3 pontos)
4.ª-Moreirense(c), V(3-0), Almeida, Beneficiados, (2-0), Impossível contabilizar
5.ª-Rio Ave(f), D(3-1), Pinheiro, Nada a assinalar

Corruptos
1.ª-Rio Ave(f), V(1-3), Veríssimo, Nada a assinalar
2.ª-Estoril(c), V(1-0), Luís Ferreira, Prejudicados, Sem influência no resultado
3.ª-Sporting(f), D(2-1), Martins, Prejudicados, (0-1), (-3 pontos)
4.ª-Guimarães(c), V(3-0), Sousa, Nada a assinalar
5.ª-Tondela(f), E(0-0), Hugo Miguel, Beneficiados, (1-0), (+ 1 ponto)

Jornadas anteriores:
1.ª jornada
2.ª jornada
3.ª jornada
4.ª jornada

Épocas anteriores:
2015-2016

Irrecuperável

"Mais de dezena e meia de títulos internacionais foram assinados por treinadores portugueses nos últimos 55 anos, não constante da lista Jesus

José Maria Pedroto foi o primeiro treinador português a dar ao País um título internacional: em 8 de Abril de 1961, a Selecção de Juniores sagrou-se campeã da Europa, ao derrotar a Polónia (4-0), na final do torneio, com quatro golos de Serafim. Proeza que a FPF teve o cuidado de assinalar no ano do seu cinquentenário, com uma homenagem a jogadores, técnicos, elementos do staff e ao seleccionador David Sequerra no intervalo do jogo com a Noruega (apuramento para o Euro-2012), que se realizou no Estádio da Luz.
Três anos mais tarde, em 1964, Anselmo Fernandes conquistou outro título europeu, quando o Sporting venceu a Taça dos Vencedores das Taças na finalíssima de Antuérpia, frente ao MTK de Budapeste, por 1-0, através do um canto directo apontado por Morais que deu origem a uma música que depressa de celebrizou como O Cantinho de Morais. Além deste relevante feito, nessa mesma época, o Sporting humilhou o Manchester United, ao derrotá-lo, em Alvalade, por 5-0, e virando a eliminatória (o leão perdera em Old Trafford por 1-4)!
Em 1987, pela mão de Artur Jorge, o FC Porto ganhou a Taça dos Campeões Europeus na final de Viena (2-1 ao Bayern Munique).
Em 1989 e 1991, Carlos Queiroz estabeleceu um novo paradigma para o futebol luso, ao conseguir dois títulos mundiais no escalão de sub-20, na altura inimagináveis para o nosso ainda muito curto horizonte. Foi a partir deles que se desenhou a fronteira do futuro, podendo dizer-se que nada voltou a ser como antes, expressão justificada pela mudança profunda observada ao nível dos desempenhos da nossa Selecção principal, a qual desde 2000 não mais deixou de estar presente nas fases finais de Europeus e Mundiais.
Já este século, José Mourinho, treinador do FC Porto, surpreendeu ao conquistar a Taça UEFA (Sevilha, 20003) e a Liga dos Campeões (Gelsenkirchen, 2004). À parte a quantidade de outros troféus amealhados nos países por onda passa, Mourinho voltou a destacar-se internacionalmente ao vencer a sua segunda Liga dos Campeões Europeus, em 2010, então pelo Inter de Milão (2-1 ao Bayern, em Madrid).
André Vilas Boas, deu ao FC porto, em 2011, a vitória na Liga Europa (1-0, ao SC Braga), em Dublin, em final cem por cento portuguesa.
Noutro continente, Manuel José conquistou quatro Ligas dos Campeões Africanos (2001, 2005, 2006 e 2008) e duas Supertaças de África (2001 e 2006), sendo o treinador português com mais títulos internacionais no currículo.
Já neste ano de 2016, sob o comando técnico de Fernando Santos, Portugal chegou ao topo da hierarquia, ao ver a sua Selecção erguer em Paris o troféu correspondente ao título de campeão da Europa de nações.

Mais de dezena e meia de títulos internacionais foram assinados por treinadores portugueses nos últimos 55 anos, não constando dessa sublime lista o nome de Jorge Jesus, nem deverá constar algum dia, creio eu, ao contrário de outros mestres do mesmo ofício, mais jovens, mais cultos e mais bem preparados, os quais, espalhados um pouco por todos os continentes, vão granjeando respeito, essencialmente pela competência.
São em maior número do que se supõe, porque em Portugal as perspectivas de construir carreira enxergam-se mal. É preciso fazer pela vida em outros países, na Europa ou fora dela: Leonardo Jardim, Carlos Carvalhal, Paulo Fonseca, Paulo Sousa e Paulo Bento, só para citar os que preenchem a cabeça do pelotão.

Na arte de ganhar (muito) dinheiro, porém, Jesus tem-se revelado imbatível. É hábil a vender o produto e, nos últimos anos, em função da conjuntura favorável, o seu agente secreto ajudou-o a recolher importantes dividendos ao criar-lhe condições para se insinuar na má relação de vizinhança entre águias e leões. Se o que recebia antes era escandaloso, passou a ser ofensivo. Mas, lá está, se ganha o que ganha é porque arranja alguém que lhe paga...
No Benfica, durante os seis anos que lá esteve fez o que qualquer outro teria feito com as mesmas condições de trabalho e a mesma disponibilidade para satisfazer-lhe todas as vontades na aquisição de jogadores. Jesus ganhou três campeonatos que saíram caro aos encarnados.
Ao contratá-lo, o Sporting pensou ter adquirido um diamante ainda por lapidar e do qual poderia extrair riqueza e poder. Até agora tem sido só promessas e... pacotes de reforços a entrar rumo ao objectivo supremo, que é o título nacional. O limite, porque Jorge Jesus é um bom treinador... para consumo interno, como já se deve ter percebido.
Jesus só destaca os seus méritos, ocultando as suas limitações. Quais pesam mais, não sei. Até chegar à Luz, com 20 anos de carreira, títulos nem um, era igual a zero. Melhor, a zero vírgula qualquer coisa, pois tinha apurado para a UEFA através da Intertoto quando treinava o Braga.
O Benfica deu-lhe notoriedade, gerou um monstro e não conseguiu dominá-lo, porque, tendo gás, é incontrolável, no que diz e no que faz. Pior, como assumiu por estes dias, é irrecuperável: não muda. Ele está certo, o mundo é que está errado..."

Fernando Guerra, in A Bola

Gil Dias para o futuro, e um Benfica líder no seu momento mais difícil

"Gil Dias. A história da quinta jornada da Liga escreveu-se com um miúdo de 19 anos como grande protagonista. O outro foi Mitroglou, que regressou à competição com um bis que muito ajudou à liderança isolada do Benfica, mas a verdade é que o internacional grego está mais habituado às parangonas.
Um muito bom Rio Ave impressionou não só a forma como aproveitou os erros de transição defensiva do Sporting, colocando-se em posição muito confortável no marcador, mas também como até ao golo de Bas Dost manteve um perfeito controlo do encontro, mérito óbvio de Nuno Capucho. A proposta de jogo do Rio Ave continua a ser das mais interessantes do campeonato.
O jovem avançado português do emblema vila-condense começou por fazer a cabeça em água a Bruno César, novamente lateral depois de boas exibições por terrenos mais centrais, sobretudo perante adversários de exigência máxima, como FC Porto e Real Madrid. Alto, forte fisicamente, mas ao mesmo tempo com excelente técnica e capacidade de drible em progressão, sustentada por um bom pé esquerdo, Gil Dias destroçou depois a defesa do Sporting com a sua inteligência, a partir da criação de desequilíbrios para os companheiros aproveitarem e da sua movimentação, que lhe valeu também um golo, o terceiro.
Emprestado pelo Monaco, iniciou a temporada em grande estilo e merece um olhar muito atento nos próximos meses.
É o exemplo dos bons jogadores que Portugal continua a fazer sair do forno, mesmo que o caminho não seja muitas vezes uma linha reta e, por vezes, haja que trilhar caminhos alternativos. Gil Dias não vingou no Sporting, mas cresceu na Sanjoanense e no Sp. Braga, onde se sagrou campeão nacional de juniores, antes de seguir para França. Que continue a crescer!

O Benfica é líder isolado. À quinta jornada, não vale muito e não permite grandes conclusões. Para Rui Vitória a boa notícia é que o primeiro lugar chegou com meia-equipa na enfermaria: Jardel, Jonas, Raúl Giménez, Rafa e Samaris são apenas os exemplos mais recentes do trabalho anormal que o departamento médico tem tido.
A equipa tem muito por onde crescer, se olharmos para a influência que esses jogadores apresentam, e terá obrigatoriamente de o fazer.
Os encarnados demonstram dificuldades no controlo dos jogos, com bola ou sem ela, sendo que nesta última situação sempre se sentiram antes um pouco mais à vontade. Os encontros são mais partidos, mais divididos, e mesmo assim o Benfica tem somado todos os pontos, excepção feito ao empate caseiro com o Vitória Setúbal. Se é o melhor ataque, também sofreu golos desde o triunfo em Tondela na primeira jornada. Ou seja, sofre sempre há cinco jogos, incluindo o Besiktas, e quatro foram de bola (só o do Arouca nasceu de jogada corrida).
Fejsa e Grimaldo têm sido dos jogadores em maior destaque no conjunto de Rui Vitória, sustentado ainda por defesas importantes de Júlio César e intercaladas também com bons momentos de Pizzi, André Horta, Salvio, Gonçalo Guedes e, agora, Mitroglou. Longe ainda do seu melhor, algo resultadista a espaços até, nem que seja pelo esforço despendido em várias frentes, o campeão chega ao primeiro posto.

O sexto lugar de Desportivo de Chaves e Feirense com nove pontos poderá ser boa sustentação para o projecto de manutenção dos recém-promovidos. Com filosofias diferentes, já que o primeiro emblema assentou mais na mudança enquanto o segundo apostou numa perspetiva de continuidade, têm mostrado argumentos para chegar ao fim em festa. Mais equilibrado parece, para já, o conjunto orientado por Jorge Simão, que ainda não perdeu, com duas vitórias e três empates, antes de agora receber o líder Benfica, enquanto o clube da Feira tem três triunfos e dois desaires, um em casa perante o Moreirense do seu ex-treinador.

Lá por fora, num fim de semana sem Cristiano Ronaldo, voltaram a brilhar Messi e Griezmann. O Manchester City de Guardiola e o surpreendente Everton mantêm o excelente arranque em Inglaterra – que assistiu à primeira manifestação da grande qualidade de Islan Slimani –, tal como o Monaco de Leonardo Jardim por terras francesas. João Mário contribuiu ainda para a vitória do Inter frente à poderosa Juventus, entregando a liderança ao Nápoles do empolgante Milik. Na Alemanha, o Borussia Dortmund entusiasma, mas a liderança é repartida por Bayern e Hertha."

O «Ruivo» - três dias depois do Natal

"Jogou sete anos nos grandes rivais do Benfica, mas nunca escondeu a preferência pela cor vermelha. Duas vezes campeão nacional na Luz, era um jogador de ir-a-todas-a-dar-e-levar e fez imagem desse seu futebol guerreiro e combativo.

No dia 28 de Dezembro de 1975, o Benfica recebeu o Sporting para a 14.ª jornada do Campeonato Nacional. Nessa altura não havia cá «suspenses» à filme policial. O Benfica ganhava campeonatos atrás de campeonatos, haveria ganhar esse e também o do ano seguinte, os dois que nos interessam para este caso particular que envolve uma figura bem conhecida e um bom amigo, Romeu Fernando Fernandes Silva, o Romeu, que acabou por ser mais visto com a camisola do FC Porto e do Sporting do que com a de águia ao peito. Pouco importa. Romeu esteve duas épocas no Benfica, não jogou muito, é verdade, mas foi duas vezes campeão, primeiro com Mário Wilson, que o treinara em Guimarães, em seguida com John Mortimore, um caso raro de técnico prático e funcional.
Voltemos a Dezembro de 1975, três dias após o Natal, sim, que nesse tempo não se usava a desculpa das festividades para parar o futebol durante semanas a fio, como se faz hoje em dia num critério que ainda está para ser entendido por entes menos espertos.
O Boavista comandava o Campeonato com assinalável surpresa, treinador por José Maria Pedroto, que como se sabe dedicava um ódio muito intenso a Mário Wilson, chegando mesmo ao exagero de insultos racistas ao «Velho Capitão» quando este dirigia a Selecção Nacional. Romeu não tardaria a trabalhar com Pedroto no FC Porto, mas nessa tarde de Inverno estava na Luz vestido de encarnado.

Estreia sem golos mas contra o Sporting
Não se pode dizer que o jogo tenha sido entusiasmante - Da Costa falhou um «penalty» a favor do Sporting à meia-hora, mas foi certamente excitante para o jovem Romeu, nascido em Vila Praia de Âncora, no dia 4 de Março de 1954, tendo depois emigrado para Moçambique com a família, de onde só regressou em 1972. Aos 69 minutos, Mário Wilson lançou-o no jogo; substituindo Vítor Martins, o popular «Garoupa», juntando-o no meio-campo a Toni e Shéu, gente do maior máximo respeito. À frente deles jogaram Moinhos, Jordão e Nené.
Nessa época o Benfica marcou 94 golos no Nacional, mas nenhum ao Sporting na Luz. Por outro lado, em Alvalade marcou três,na segunda volta - dois de Nené e um de Jordão. Só que Romeu não assinou o ponto na equipa.
O «Ruivo» era um homem de raça, de antes quebrar que torcer, capaz de ir-a-todas-a-dar-e-levar como costumava dizer o Carlos Pinhão, mas demasiado novo para um Benfica cheio de craques, embora já sem Eusébio.
Na segunda época de encarnado vestido jogou um pouco mais, mas não o suficiente para se manter no plantel dos bicampeões nacionais (que ele também foi), regressando a Guimarães e ao Vitória, antes de quatro anos no FC Porto e mais três no Sporting, terminando a carreira no Salgueiros e no Amora.
Internacional por 11 vezes, Romeu é uma das figuras queridas do futebol português, estimado em todos os clubes pelos quais passou, arrastando consigo uma imagem de combatente e profissional de mão-cheia. Ainda passou pela prospecção do Benfica e foi várias vezes visto a comentar na Benfica TV, ele que nunca escondeu o seu benfiquismo a despeito de sete anos passados com as camisolas dos grandes rivais.
Volta e meia sentimos necessidade de relembrar alguém, de falar de um companheiro de muitos anos de futebol, cada qual no seu posto. É o que acontece comigo, nestas páginas que dedico à vossa infinita paciência. É como um abraço... Fica dado, que o Romeu merece."

Afonso de Melo, in O Benfica

Futebol artístico na Campanha Pró-Estádio

"Artistas do cinema e da rádio deram espectáculo num desafio de futebol no Campo Grande.

Ao longo de 1953, foram muitas as campanhas de angariação de fundos para a construção do Estádio do Sport Lisboa e Benfica. Entre as várias iniciativas, realizou-se, a 21 de Março de 1953, um jogo de futebol entre artistas do cinema e da rádio.
O Campo Grande estava repleto, que até parecia 'que se ia jogar ali alguma partida de Campeonato'. Sob uma enorme ovação, as duas equipas entraram em campo equipadas 'à Benfica', uma com o equipamento principal e a outra com o alternativo branco. De um lado, a equipa do cinema, que tinha como capitão o antigo jogador benfiquista o actor Eugénio Salvador; do outro, a equipa da rádio, que era liderada pelo tenor Luís Piçarra, que viria, nesse mesmo ano, a imortalizar a canção 'Ser Benfiquista'.
O pontapé de saída foi dado pela belissima atriz Helga Liné e fê-lo com tanta energia, que o sapato saltou e foi parar mais longe do que a bola! Um momento bastante animado, que fazia prever um desafio igualmente divertido.
A assistência tinha agora a oportunidade de ver ao vivo grandes nomes do espectáculo a mostrar os seus dotes futebolísticos. E foi uma bela partida... e bem 'pregada, a quem não esperava que os seus ídolos fossem ignorantes da arte de bem chutar!'. O encontro decorreu animado, com 'Humberto Madeira (que), apesar do peso da barriga, se apoderava do esférico e «galgava ligeiro» um metro de terreno driblando a própria sombra', enquanto o 'Tony de Matos punha admiradoras de olhos em alvo, seduzidos pela elegância com que pontapeava'.
A equipa dos artistas de cinema venceu por 3-1, com dois golos de António Gonçalves e um de José Teixeira, que 'decidiram levar a coisa a sério em frente da baliza... e vá de atirar a bola de maneira que o Almeida Mendes foi «falar ao micro» lá para o fundo da baliza'. Os artistas da rádio só não ficaram a zeros porque 'Tony de Matos se enganou a certa altura e deu um chuto que valeu um golo'. Ainda tiveram oportunidade de reduzir a diferença no marcador através de uma grande penalidade sobre Luís Piçarra, que sofreu uma rasteira, mas o guarda-redes Tomás Macedo 'não foi em cantigas' e defendeu.
As artistas femininas não quiseram ficar de fora e também contribuíram para o êxito do evento, vendendo selos, vinhetas e postais durante o desafio. Foi mais uma iniciativa de sucesso a favor do Estádio da Luz, que pode ser recordado na área 17. Chão sagrado do Museu Benfica - Cosme Damião."

Ana Filipa Simões, in O Benfica

Vermelhão: Líderes...

Benfica 3 - 1 Braga


Não foi uma exibição perfeita, o resultado até foi lisonjeiro, o 3-0 era exagerado, mas a vitória foi justa. O Braga teve oportunidades, o Júlio foi decisivo, mas o Benfica foi quem criou mais perigo, durante os 90 minutos...
Cometemos alguns erros infantis, principalmente na 1.ª parte: Lisandro e Fejsa... passes errados em zonas proibidas e idas à queima parvas, foras de tempo... mas felizmente, o bola não entrou na baliza do Imperador!!!
O regresso do Mitroglou foi decisivo... mas mesmo assim ainda falta o Jonas, o Jiménez, o Rafa, o Danilo, o Samaris e o Jardel!!!! Aliás, quando as bancadas começaram a desesperar pelas substituições, foi notório que as opções que estavam no banco, eram 'curtas'!!!!
Com os meus parceiros de bancada, antecipei que o único jogador que podia acrescentar alguma coisa ao jogo do Benfica era o Carrillo... e acertei!!! Não só por aquilo que o Carrillo trouxe ao jogo, mas também por ter permitido o regresso à sua posição do Pizzi... que cresceu enormidades na Direita!!! Aqueles primeiros momentos da 2.ª parte foram complicados, porque o 1-0 era curto, e o Benfica não estava a conseguir ter a bola... e atacar, com a entrada do Carrillo tudo mudou...
O jogo com mais trabalho do Júlio César, e esteve sempre bem... inclusive nas saídas... algo que não vinha a fazer! Não sei o que se passa com os pontapés de baliza do Imperador, parece que não quer chutar com força, para evitar uma lesão muscular...!!! Mas a bola tem que chegar mais longe...!!!
O Lisandro teve uma 1.ª parte desastrosa, a defender, com várias entradas à queima, suícidas... e depois na 1.ª fase de construção com vários passes errados... melhorou muito na 2.ª parte.
O Lindelof continua a cumprir na Esquerda, mas nota-se que não está à vontade...
O Semedo ofensivo da última época, está de volta... defensivamente, ainda vai cometendo alguns erros, principalmente nas disputas corpo a corpo... precisa de algumas lições de matreirice!!!
O Grimaldo é neste momento o melhor defesa esquerdo em Portugal, e muito sinceramente não me recordo do Benfica ter nas últimas décadas, um jogador tão bom, naquela posição (para mim, já é melhor do que alguma vez foi o Coentrão no Benfica)!!! Hoje, por exemplo, esteve sempre bem a defender..  e se cometeu alguns erros, foi na parte final, no processo ofensivo, já com a fadiga a atrapalhar a decisão!
Fejsa, voltou a varrer todo aquele meio-campo... praticamente sozinho na pressão e recuperação de bola! Nos últimos jogos tem arriscado alguns passes longos de belo efeito, com bastante sucesso... Hoje, cometeu dois erros de passe... mas a ele, perdoou-lhe!!!
O Horta ofensivamente continua a dar boas indicações, ou variando o flanco, ou entrando nos 'bicos' da área com a bola controlada... mas defensivamente continua a dar pouco à equipa... E hoje, o adversário jogou somente com dois médios-centro (ao contrário do habitual trio), mas mesmo assim tivemos muitos problemas...
O Salvio fez um dos piores jogos da época, muita luta, mas pouco discernimento... Sendo que o Toto contra adversários muito pressionantes, tem sempre muitas dificuldades, porque não tem a capacidade de fazer passes médios ou longos... decide quase sempre pelo jogada individual, e acaba por perder muitas bolas.
O Pizzi fez um dos melhores jogos da época: hoje, razoável na Esquerda, mas quando passou para a Direita 'explodiu'!!!
O Guedes voltou a não marcar, voltou a correr muito, voltou a decidir mal em várias ocasiões! Arrisco, afirmando que o Guedes nunca será o menino bonito do 3.º anel...!
O Mitrglou regressou e marcou... simples!
Excelente entrada do Carrillo... deu capacidade de posse de bola à equipa, mudou de flanco, fintou... é verdade que tem pouca intensidade defensiva, mas neste momento acredito que o Rui Vitória está a pensar na dupla Pizzi/Carrillo para Chaves!!!
O puto Zé estreou-se na Catedral e esteve quase a marcar... a Luz vinha 'abaixo'!!!
O outro regressado da noite foi o André Almeida, mesmo 'mascarado' regressou... desta vez para o meio-campo... e arrisco: para Nápoles, o André poderá ser opção para a Lateral Direita!!!
O golo do Braga marcado no final, com o Benfica em descompressão, não é novidade... o ano passado, aconteceu várias vezes (Benfica-Arouca por exemplo...), pontualmente não tem influência, mas é sempre um bom princípio manter a concentração até ao fim...

O 2.º golo do Benfica, vai dar polémica. Não vi programas televisivos esta noite, mas se os próprios adeptos do Benfica na Luz, estavam com dúvidas!!!!
Não existe qualquer irregularidade, não existe fora-de-jogo. Existe um corte defeituoso feito pelo jogador do Braga, que colocou a bola no Pizzi, ponto final!
Se o Mitrolgou tivesse tentado um passe para o Pizzi, a história seria diferente, mas assim, é clarinho.. Golo limpo!
Já agora, inacreditável penalty não assinalado sobre o Pizzi...

Quem diria, depois de tantas lesões, exibições cinzentas, pessimismos (eu, por exemplo...), o Benfica é líder à 5.ª jornada!!! Como afirmou o nosso treinador, ninguém é Campeão à 5.ª jornada, e ninguém perde o Campeonato à 5.ª jornada...
Vamos ter Champions, Selecções e Taça de Portugal nas próximas semanas, tudo com algumas jornadas pelo meio... Independentemente do nome dos adversários, temos que levar todos os jogos a sério... e com o regresso de alguns dos lesionados (espero ter o Jonas em Chaves...), até podemos aspirar a ter jogos 'sossegados'!!!!