sábado, 6 de agosto de 2016

Empate na estreia...

Benfica B 1 - 1 Cova da Piedade


Exibição agradável, com um resultado injusto. Os jovens estão 1 ano mais velhos, e notou-se algumas melhorias... mas ainda faltou alguma coisinha!!!

É impossível não recordar que o golo do empate do Cova da Piedade nasce de uma falta não assinalada... e no 2.º tempo ficou um penalty claro por marcar a favor do Benfica!!!

Inacreditável as cenas que ocorreram nas bancadas, com membros da Juve Leo 'inflitrados' a ameaçar todos (inclusive os jogadores e adeptos do Cova da Piedade) e a bater em muita gente, inclusive adeptos do Cova da Piedade!!!

O legado de Moniz Pereira

"Parece que neste Agosto, com excepção dos pokémons, nada tem mais procura que os centrais do Benfica. Segunda-feira sai o Lisandro, na terça-feira sai o Luisão, na quarta-feira sai o Jardel, na quinta-feira sai o Lindelof- Hoje, que é sexta-feira, espero que não tenha saído nenhum. O último jogo contra o Lyon foi um jogo-treino pouco amigável. Os franceses, que ainda não devem ter digerido o Euro, desataram ao pontapé e ao murro (literalmente). Entre várias vítimas de mazelas, foi André Almeida, que nem havia sido convocado para os 23 de Fernando Santos, aquele que pagou maior factura com várias fracturas. Agora é a sério. Embora a Supertaça não tenha histórico de grande prestígio, é oficial, e, por isso, em Aveiro estará um Benfica para ganhar. Era suposto que o adversário fosse treinado por este treinador, mas o emblema fosse outro, mas o Jamor ditou assim e assim será. O treinador adversário não é surpresa e espero que Benfica continue a rimar com títulos e não permita surpresas no domingo.
Na semana em que começam os Jogos Olímpicos fomos deixados por uma figura ímpar, Mário Moniz Pereira. Grande sportinguista, português de excepção, foi mais que um bom treinador, foi alguém que ensinou a minha geração que é possível vencer, ser melhor e triunfar. Foi alguém que mostrou que o caminho para lá chegar é o esforço, do trabalho e do sacrifício. Num desporto cheio de truques e artimanhas, num ano olímpico marcado pelo doping e a batotice, fica o legado (talvez fora de moda) de quem sempre escolheu o caminho certo para chegar mais rápido, mais alto e mais forte...
Pela expressão de alguns atletas, a aldeia olímpica parece uma favela. Pela análise de agência anti-dopagem, teria tanta droga como a Rocinha quando chegasse a delegação russa de atletismo. Esperemos que sejam uns jogos com verdade desportiva e que não envergonhem Coubertain."

Sílvio Cervan, in A Bola

Acção

"Após vários jogos de preparação, recheados de testes e de experiências, com distintos, mas pouco relevantes resultados, eis-nos chegados ao futebol a sério.
No domingo, em Aveiro, o Tri-Campeão apresenta-se forte e para ganhar.
A Supertaça Cândido de Oliveira tem sido uma competição maldita para as nossas cores, sendo a única prova futebolística nacional em que não somos a força dominante: em 37 edições apenas conquistámos 5 troféus, somando 18 derrotas nas 34 partidas disputadas. É altura de atenuar estes números, e começar a inverter a situação.
Durante alguns anos, talvez não tenhamos levado a Supertaça suficientemente a sério, enquanto outros acumulavam triunfos. A prova entretanto credibilizou-se, e estabilizou o seu lugar no calendário desportivo – sobretudo a partir do momento em que passou a ser disputada a uma só mão, e na abertura das temporadas. Não sendo a nossa maior prioridade, é o primeiro dos 5 objectivos para 2016-17.
O adversário que teremos pela frente surge muito motivado. Nunca venceu a prova. Quererá, igualmente, começar bem uma época para a qual parte com grandes aspirações. Numa final, não há favoritismos. E só com muita humildade, a mesma que nos levou ao Tri, conseguiremos erguer o troféu. O apoio dos benfiquistas é imprescindível. Com ele, vamos certamente entrar na temporada com o pé direito, e com mais uma taça nas mãos.

PS: Há Homens cuja respeitabilidade e relevo transcendem, em muito, os clubes que representam. O Professor Moniz Pereira era um deles. Fica a gratidão por tudo o que fez pelo desporto, e pela forma elevada como nele sempre soube estar."

Luís Fialho, in O Benfica

Os complexados

"Anthony Vizzacaro nada tem que ver com o Benfica ou com Portugal, mas tornou-se num protagonista fortuito do sucesso da selecção lusa no Europeu pelo gesto ternurento, captado em vídeo, de uma criança portuguesa que, ao vê-lo destroçado pela derrota da equipa francesa, o procurou confortar abraçando-o comoventemente.
No âmbito de uma acção de markting empreendida pelo Turismo de Portugal, o francês visitou Lisboa, como o Estádio da Luz e o Museu Benfica - Cosme Damião e fazerem parte do itinerário. Sendo um adepto de futebol, a opção foi óbvia.
Afinal, trata-se do melhor estádio português - o único capaz de albergar uma final da Liga dos Campeões - e do melhor museu de deporto no país, premiado diversas vezes.

Quase nem seria notícia, não fosse o 'Dragões Diário', um órgão oficial de comunicação do FC Porto, ter acusado o toque, revelando a inveja e a pequenez de quem persiste em ligar mal com a grandeza do Benfica. Felizmente!
É que, apesar do sucesso desportivo portista nas últimas décadas, tão inegável quanto duvidosos foram os métodos para atingi-lo, o clube portuense foi incapaz de se transformar num clube nacional, muito por força da adopção de um discurso regionalista que, se teve o condão de arregimentar parte das gentes dos subúrbios da cidade do Porto, se revelou, pelo contrário, contraproducente no resto do país.

O curioso é que nem eles, nem os outros, que só diferem na cor e direcção das listas das camisolas, são incapazes de compreender que os sucessivos ataques, directos, indirectos ou escamoteados, ao Benfica, pouca ou nada nos incomodam e, por revelarem um gritante complexo de inferioridade, até nos divertem..."

João Tomaz, in O Benfica

Coisas sérias

"É já no domingo que o SL Benfica se estreia oficialmente. A disputa da Supertaça com o SC Braga vai encher o município de Aveiro, um estádio que - tirando as visitas do Glorioso - está quase sempre abandonado e com um aspecto desolador. No fundo, é começar a época da mesma forma que terminou a anterior: um estádio com lotação esgotada.
Depois dos ensaios da pré-época e da tranquilidade que tem sido transmitida pela equipa, tudo parece encaminhado para que tenha de se encontrar mais um cantinho livre no Museu Benfica - Cosme Damião para o troféu. Mas calma, porque nestas coisas do futebol há sempre duas equipas em campo (três, se contarmos com a de arbitragem, tantas vezes fundamental para a decisão de jogos e de títulos...) e ganha quem marcar mais.
O Tricampeão está preparado, os adeptos estão prontos e ansiosos, que role a bola porque já temos saudades de jogos a sério.
E enquanto não se exageram as rivalidades clubísticas, coisa que começa a acontecer todos os anos por esta altura, aqui fica a homenagem devida a um senhor dentro e fora das pistas de atletismo:
Mário Moniz Pereira, 95 anos. Um desportista e um apaixonado pela música. Um dos bons do desporto nacional, sócio número 2 do Sporting Clube de Portugal e que não pode nem deve ser nunca confundido com quem dirige actualmente o seu clube do coração.
Nunca foi visto a rebaixar um adversário ou a garantir que tudo estava ganho com a corrida a meio. Ajudou a produzir talentos como Carlos Lopes ou Fernando Mamede e, como dirigente, defendeu os seus sem nunca sujar as mãos ou exporta-se ao ridículo publicamente. Tanto que poderiam aprender consigo, Professor... Obrigado!"

Ricardo Santos, in O Benfica

Olímpicos: o momento da verdade

"Começa amanhã no Rio de Janeiro mais uma edição dos Jogos Olímpicos (JO). A Missão de Portugal é construída por 92 atletas que vão competir em 16 modalidades. Deste grupo, 54 estreiam-se em JO. E apenas três foram medalhados em edições anteriores: Nélson Évora / medalha de ouro, Fernando Pimenta e Emanuel Silva, com a prata. Comparando com Londres 2012, a Missão tem mais atletas (74 para 92) e mais modalidades (13 vs 16).
A alteração mais significativa neste ciclo são os resultados internacionais dos portugueses. Temos diversos atletas com medalhas em campeonatos do Mundo e da Europa, resultados que não abundavam no ciclo de Londres 2012. Estes desempenhos justificam optimismo, contudo há que ressalvar o carácter único dos JO e a dificuldade na obtenção de medalhas no maior eventos multidesportivo planetário.
É bom que todos tenham a perfeita noção daquela que é a realidade da nossa participação olímpica e dos nossos resultados em um século de competição, sem nos deixarmos inebriar pelos resultados recentes. São apenas 23 medalhas em 100 anos de participação, nunca tendo conseguido conquistar mais do que três numa única edição. Apenas quatro atletas conseguiram repetir o pódio em edições diferentes de JO (Luís Mena e Silva, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro e Carlos Lopes). Qualquer análise deve ter por base este histórico. Venham as competições! Votos da melhor das sortes para os nossos atletas. Desfrutem e superem-se neste evento único que são os JO, encarando esta participação como a oportunidade única para mostrar a si próprios e ao Mundo o seu valor. Os resultados ficarão tatuados na pele, podem e devem motivar mais portugueses a praticar desporto, não devendo ser um mero momento de entretenimento. Sejam inspiração através do nosso exemplo!"

Mário Santos, in A Bola