quinta-feira, 28 de julho de 2016

Benfica continua a construir futuro

"Luís Filipe Vieira não tinha outra opção que não a recandidatura. Só isso faz sentido.

Luís Filipe Vieira: a recandidatura
1. No passado dia 3 de Julho, 7 anos depois da minha primeira eleição, como Vice-Presidente do Sport Lisboa e Benfica, tendo Luís Filipe como Presidente, escrevi isto:
'7 ANOS DEPOIS...
A 3 de Julho de 2009, fui eleito, pela primeira vez, Vice Presidente do Sport Lisboa e Benfica. Depois, haveria uma reeleição, em 2012, num mandato que acabará em Outubro deste ano. 7 anos com 4 Campeonatos, 1 Taça de Portugal e 6 Taças de Liga. E com 2 finais europeias, infelizmente perdidas. Compensadas com 3 Taças dos Campeões (1 no futsal e 2 no hóquei em patins).
Luís Filipe Vieira merece o sucesso que tem tido. E o Benfica merece que os próximos anos, com Luís Filipe Vieira, continuem na senda deste grande sucesso. Com tetra e 1 título europeu... porque... «Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce»!
À BENFICA!'
Ontem, no dia do lançamento oficial da sua candidatura para um novo mandato... apenas repeti o que, então, tinha escrito:
«Luís Filipe Vieira merece o sucesso que tem tido. E o Benfica merece que os próximos anos, com Luís Filipe Vieira, continuem na senda desse grande sucesso. Com Luís Filipe Vieira combati por aquilo em que acredito, por aquilo em que acredito, por aquilo que me ensinaram o que significa ser do Benfica. Defendi o que, na minha opinião, eram, em cada momento, os interesses do Sport Lisboa e Benfica.»
Com o mesmo fervor e com as mesmas paixão e garra que o fiz enquanto sócio.
Porque, acima de tudo, inclusivamente das minhas funções de Vice-Presidente, sou sócio e adepto. Fantástico (no que a palavra tem de paixão sem que se confunda com alienação). Não sei ser, nem viver o Benfica de outra forma.
Não consigo deixar de lado a minha personalidade e identidade benfiquistas. Porque, como diria Alex Ferguson, «É preciso que ela (personalidade) saia connosco do balneário, que entre no túnel e que suba ao relvado».
Ora, não podendo eu carregar essa personalidade do balneário, através do túnel, para o relvado... resta-me assumi-la e levá-la para todo o lado.
Tal como Luís Filipe Vieira, acredito, muito sinceramente, que o Benfica pode vir a ser o que sonhei. Porque, também como ele, só quero ganhar!
Somos, efectivamente, o que somos porque alguém, em nosso nome, no passado, ganhou muito mais do que os outros, como nós, honrando esse mesmo passado, muito recentemente, ganhámos muito mais do que os outros.
Temos de continuar a ganhar!
Fazendo uso, conforme os ventos e as condições, do que D. João II nos foi aconselhando («tempos de usar de coruja e tempos de voar como o falcão»), com a consciência de que o medo e qualquer tentativa de conciliação com quem tem como lema principal da sua existência inveja e o ódio ao Benfica, será sempre sinónimo de submissão, que só nos enfraquecerá.
Porque do outro lado - como se percebeu, nesta última época - os outros só entendem uma linguagem: a do olho por olho, dente por dente. Com a consciência, ainda, de que, como diria Ferran Soriano, o «difícil não é chegar ao topo; é manter-se lá!».
E Luís Filipe Vieira sabe disso.
Porque, também ele, quer fazer parte de um destino comum.
Sem medo!
Porque - como ele bem nos ensinou nesta última época - quem tem medo de perder não ganha.
É desses, dos que acreditam em nós e da vontade que, como eles, temos de vencer, que virá a nossa força.
Luís Filipe Vieira não tinha outra opção que não a recandidatura. Só isso faz sentido. Como afirmou António Simões, no seu discurso, aquando da oficialização da recandidatura: «são 13 anos nos quais foi devolvida ao clube a sua essência». Treze anos emque foi devolvida a credibilidade ao Benfica - talvez a sua maior vitória.
E, aí, em particular, o maior elogio é o maior agradecimento que podemos dar a Luís Filipe Vieira!
Além do meu total apoio, repetirei, aqui, apenas, aquilo que afirmei no dia do lançamento da sua candidatura para um novo mandato, onde fiz questão de estar presente, ainda que tivesse de interromper as férias: Luís Filipe Vieira merece o sucesso que tem tido.
E o Benfica merece que os próximos anos, com Luís Filipe Vieira, continuem na senda desse grande sucesso!
Com a certeza de que, no que ao futebol diz respeito, um desejo enorme a concretizar: o tetra já este ano, para, depois começarmos a pensar na conquista do tão desejado 3.º título de Campeão Europeu.
Juntos, e como diria o Presidente, unidos no essencial, ultrapassaremos, uma vez mais, todas as dificuldades, para que o caminho seja sempre o de vitória!
Pelo Benfica!

Artur Correia
2. Morreu Artur Correia. Tão benfiquista quanto eu - ou eu tanto quanto ele - que, um dia, como profissional, tomou uma decisão que eu não tomaria: jogar num rival, o único que contava naqueles tempos.
Ainda assim - como sempre ouvi, porque foi, de entre os ex-jogadores, um dos com quem mais falei, nestes últimos anos -, teve o cuidado (e talvez a necessidade) de explicar o porquê dessa opção... ainda que muitos continuassem a não a entender!
Das conversas que tive, ficarão na memória as histórias, que fascinavam ainda mais quem é deslumbrado com o mundo do futebol e a amizade com que sempre brindava quem o rodeava.
Na memória ficará, ainda, apesar de não ser um «frequentador assíduo» dos jogos da Selecção Nacional fora da Luz, um jogo a que assisti, no Estádio Nacional, onde o Ruço marcou o seu único golo por Portugal. Um golo monumental, daqueles que - marcados do meio da rua - ficam nas nossas retinas para toda a nossa vida.
Artur Correia, apesar de não ter sido sempre jogador do Benfica, foi sempre jogador do Benfica, foi sempre do Benfica! Porque, por mais anos que passassem, por outras aventuras que tenha tido, nunca deixou de ser do Benfica. E à Benfica!
Também ele será, agora, no 4.º anel, um dos mais altos representantes do Sport Lisboa e Benfica, que, a par de Eusébio e Coluna, intercederá por nós, rumo ao Tetra.
Paz à sua alma!

Museu Cosme Damião
3. Ontem, o Museu Cosme Damião comemorou 3 anos de existência! 3 anos a mostrar ao mundo a grandeza de um clube... maior que Portugal. Preservando e divulgando a memória - feita de grandes conquistas, alegrias e emoções, mas, também de algumas tristezas - da história do Sport Lisboa e Benfica!
Para que os que contribuíram ou presenciaram esses momentos de glória os possam recordar e os novos neles de possam inspirar, para os repetir!
Um Museu digno da História que alberga... uma História tão rica que merece um Museu assim!
À BENFICA!!!"

Rui Gomes da Silva, in A Bola

Batotas e fingimentos olímpicos

"Há muito se desvaneceu o espírito fundacional dos Jogos Olímpicos (JO). O dinheiro sem cor descaracterizou, por completo, as cinco cores dos anéis olímpicos. Mesmo assim, e enquanto competição de múltiplos desportos, as Olimpíadas ainda são um momento marcante na vida dos atletas.
Para mim, JO são, sobretudo, atletismo, o mais belo e nobre desporto associado historicamente a este evento quadrienal. Este ano com o aumento inadmissível de trânsfugas de nacionalidades a troco de dinheiro e outras prebendas, e sem a Rússia minada pela trafulhice do doping. Com este caso, podemos, de algum modo, perceber o que foi, durante décadas, a política criminosa de países do bloco soviético manipulando atletas e hegemonizando recordes através de uma política de doping de Estado. O caso da ex-RDA e da própria União Soviética foram o expoente dessa aldrabice forjada em nome de um ideologia. Outra situação que traí o espírito olímpico é a do futebol. Começou pelo artificialismo de, até à queda do muro de Berlim, terem ganho quase sempre as selecções amadoras do leste europeu (de 1950 a 1990: 9 medalhas de ouro em 10 possíveis. Depois: zero...). Com um estatuto híbrido e feito à medida, se forjam agora selecções falsas e feitas para enganar tudo e todos. Este ano, no Rio de Janeiro, talvez devesse ser uma boa oportunidade para o fim desta farsa do futebol olímpico. E, a esse propósito,coitado de Rui Jorge que se viu em palpos de aranha para construir uma representação com o mínimo de dignidade. Negas dos clubes, de jogadores, inacção federativa. Filhos e enteados, em linguagem popular..."

Bagão Félix, in A Bola

Estes joguinhos são uma treta

"Não sou, nunca foi, nem nunca serei treinador de futebol, mas sempre tive uma certa dificuldade em entender estas pré-épocas de equipas que raramente treinam como se jogassem futebol a sério. Às vezes, até parece que o objectivo é mesmo o de provar como não vai ser, de mostrar o contrário do que será, de fazer uma aposta no erro, para garantir que se está preparado para o não repetir.
Parafraseando Jorge Jesus, embora noutra temática, a verdade é que estes joguinhos de preparação são uma treta. Podem ter troféus para atribuir, podem ter honrarias para oferecer, não deixam de ser uma treta sem grande utilidade competitiva.
Admito que sejam importantes para os treinadores que, muito acima das capacidades técnicas do comum dos mortais, são sempre capazes de vislumbrar a agulha no palheiro. Só não sei para que lhes servirá a agulha. Mas eles certamente saberão.
Tenho acompanhado jogos dos candidatos ao título. Do Benfica, do Sporting, do FC Porto. Há sinais interessantes, tal como também há sintomas preocupantes. Há indicações entusiasmantes, tal como há verificações angustiantes. No fim, os treinadores aparecem sempre contentes, dizem que o processo de evolução está a decorrer conforme o previsto e todos ficam de consciência tranquila, porque só mesmo quando entra é que vão ter necessidade de justificar alguma coisa.
Talvez esteja ultrapassada a ideia de que um profissional deve treinar-se como joga. O mesmo rigor, a mesma intensidade, a mesma exigência. Se calhar, hoje, é um disparate..."

Vítor Serpa, in A Bola

Renato Sanches e os clones

"Substituir o fenómeno mais recente do futebol europeu será complicado, principalmente se permitirem que fique a assombrar a casa

Renato Sanches passou como um raio pela primeira equipa do Benfica. Entrou num momento de viragem, ajudou a resolver uma série de problemas a Rui Vitória e, com o caminhar do tempo, foi-se transformando de potencial futuro craque em indispensável até se tornar um epifenómeno à escala planetária. Assinar pelo Bayern Munique foi a maior das jogadas, dele e de quem o guiou nas horas certas. O Europeu de todas as cambalhotas, para o qual estaria fadado a ser alternativa e acabou como estrela, ajudou a compor o ramalhete de uma época que ultrapassou todos os sonhos a uma velocidade tão vertiginosa que arriscaria multa num qualquer dos novos radares das autoestradas portuguesas.
O sonho do menino vai prosseguir na Baviera e por esses campos da Europa, mas na Luz ficou um problema sério: convencer os adeptos de que ele foi mesmo embora e Renatos não caem das árvores nem se semeiam nas academias. Mas também será de lembrar que já havia futebol antes dele e continuará a haver depois de ele partir. Ontem, Rui Vitória viu-se compelido a falar do tema. No lugar que era do Renato não vai jogar um clone, mas sim outro jogador com características próprias a quem apenas poderão pedir aquilo que for capaz de fazer. Vitória diz que o Benfica não contratou cópias e tem razão, embora Cervi seja, para já, o que de mais parecido se podia imaginar como substituto de Gaitán.
Se Renato Sanches foi uma aparição, desafio valente será não deixar que se transforme em assombração."

Danilo

Foi oficializado hoje o 'empréstimo' de Danilo, por um ano... aparentemente com uma cláusula de opção a rondar os €15 milhões.

Apesar de ser um jogador do Jorge Mendes (o Braga só tem 10% do passe), fui surpreendido por esta aquisição!

Começo por confessar que a primeira impressão do Danilo foi má!!! Foi aquele jogo em Braga, apitado pelo Marco Ferreira, onde aos 15 minutos já devia estar na 'rua'!!!
Após um Mundial de sub-20, onde o Brasil fez exibições cinzentas... foi para o Valência. Em Espanha apanhou um Valência em convulsão constante, com 3 treinadores... muitos companheiros lesionados, muitas adaptações, mas mesmo assim, acabou por ser muitas vezes utilizado...

Como as primeiras impressões contam, fiquei com a ideia que seria sempre um '6', mas tanto na Selecção como no Valência foi quase sempre utilizado numa posição mais adiantada...
Não é um Rui Costa (óbvio), mas até é muito parecido com o Renato! Tem força, é bom nos duelos físicos, ofensivamente e defensivamente... é rápido, sabe driblar para a frente... portanto, pode ser uma excelente opção para '8'! Não é jogador de fazer grandes 'aberturas', mas o Renato também não fez...
No 442 que o Benfica usa, o '8' é uma das posições mais difíceis de preencher, porque é fácil 'exigir' um '10' que depois não defende... ou adaptar um '6' a '8', que depois só faz passes para trás e para o lado... parece-me que este Danilo, tem as características ideais para ser o '8' do Benfica!

Recordo que o Benfica nos melhores momentos da época anterior, jogámos com o Almeida e o Eliseu na defesa! Jogadores que 'sobem' pouco... Este ano, se tudo correr bem, vamos ter muitas vezes o Semedo e o Grimaldo em campo, provavelmente em simultâneo... neste cenário, para manter a equipa equilibrada, será necessário ter um meio-campo defensivo mais disciplinado tacticamente...

Uma nota final, tem que controlar os ímpetos agressivos, no Benfica será expulso facilmente!